O Momento dos " Conjurados"
O belo e a devastação
Está quase...
Já está!
O tempo chegou a pôr em causa a segurança e a realização
desta 23ª Edição do Grande Prémio Fim da Europa. Felizmente o pior não se
confirmou e, embora o dia tenha amanhecido “manhoso”, lá nos concentrámos na
Volta do Duche para, às 10h, treparmos a Serra e descê-la depois a ocidente,
rumo ao Cabo da Roca.
Quando ia para levantar o dorsal, sou surpreendido com a
informação que o meu dorsal seria entregue mais tarde, juntamente com mais
alguns!
Então não é que a Organização decidiu que os dorsais de um a
dez, fossem entregues ao “Grupo dos
Conjurados”, ou seja à malta que, face à notícia do cancelamento da edição de
2012, tudo fez para que, com ou sem prémios, com ou sem classificações, com ou
sem tempos, fosse permitido àqueles que gostam da Serra de Sintra e da Corrida,
que a Prova se fizesse oficialmente. E fez-se oficialmente, embora sob a forma
de Treino que teve uma participação muito acima do esperado e provou que não
seriam necessários grandes meios para
que ela se mantivesse no calendário. Mas, sobre este assunto, já foi falado o
suficiente em Janeiro de 2012. Voltei a falar nisso para enquadrar o facto de
termos sido chamados ao palco para recebermos da mão do Sr. Vice-Presidente da
Câmara Municipal de Sintra, os dorsais com os primeiros números. Sem sentirmos que tivéssemos feito
algo de especial que merecesse tal reconhecimento, este gesto deixou em nós uma
pontinha de vaidade principalmente por termos demonstrado que esta Prova é
grande e não precisa de faustosos aparatos. E só não foi mais participada,
porque, compreensivelmente, foi limitado
a mil o número de inscrições.
Quanto ao desenrolar da Corrida, apenas posso falar de como
a vi e de como a fiz: subir com alguma prudência os primeiros quilómetros,
descontrair na “crista da serra” para ter alguma força na temível subida dos
10Km e depois, descer alargando o passo até à Azoia e aguentar como pudesse, os
últimos 3Km. 1h,26,40 -304ºclassificado e 10º do escalão. Foi este o meu
resultado. É-nos entregue um crachá, passamos pela tenda da Gold Nutrition,
onde o grande Vitor Gamito não tinha mãos a medir para dar a todos um copo daquela deliciosa e retemperadora
bebida; depois havia o chazinho quente e fruta. O que é que era preciso mais?
Ir buscar o saco com roupa seca e apanhar um dos autocarros. O cerimonial da
entrega dos prémios, o momento da consagração dos vencedores, foi rápido mas, compreensivelmente, teve pouca
assistência.
Apenas um reparo: a entrega dos sacos dos atletas é que
precisa de uma pequena” afinadela”. É que, por sorte, não estava muito vento
nem chovia, pois ter dois voluntários em cada uma das 3 camionetas com 400
sacos para distribuir, parece-me insuficiente. Não tenho dúvidas que fizeram o
seu melhor e quero até louvar o esforço e a paciência destes jovens para com a
enorme pressão e comentários indelicados que por vezes ouviram.
Os autocarros para o regresso funcionaram na perfeição.
Posto isto, quero felicitar a Câmara Municipal de Sintra e
todos os seus colaboradores envolvidos na Organização pelo excelente resultado
obtido, e mostrar o meu sincero agrado por
ver que o Grande Prémio Fim da Europa continua firme e recomenda-se,
pois dificilmente haverá corrida mais bela.
10 comentários:
Justo momento dos conjurados, Fernando
Um abraço
Obrigado João. Foi um reconhecimento com que não contávamos e aliás, o que fizemos foi apenas aquilo de que gostávamos :correr e fazer correr. Se, para além disso, valeu mais alguma coisa, ficamos ainda mais satisfeitos. Grande abraço.
Foi uma homenagem mais do que merecida. Abraço,
João Afonso
Muito obrigado, Alfredo.
Convidar amigos para correr e eles aparecerem, foi o que fizemos. Abraço.
Foi realmente uma manhã muito especial.
Obrigado pela partilha do que foi uma manhã diferente das outras Fernando
Abraço
Porreiro, pá! Foi merecido o gesto da autarquia, já que provavelmente sem o vosso empenho e luta, a prova cairia no esquecimento e seria mais uma a juntar ao enorme rol de corridas que também fizeram história e foram arrumadas. Umas por uma questão financeira, outras por limitações impostas pelos burocratas que nos governam. Outras simplesmente porque deixaram de ter os apoios minimos.
A festa foi bonita, pá! Ter mais de mil a cortar a meta no Cabo da Roca sem mágoas contra a meteorologia, contra a organização, e com muitas razões para conviver e sorrir, valeu a pena lutar, e valeu pelo exemplo de ambas as partes. Uma a querer correr e participar, outra com vontade de organizar. E ainda uma outra com uma enorme vontade de apoiar. Não só as marcas e empresas, mas também os técnicos da autarquia, e os voluntários que deixaram o conforto do lar para contribuir para mais um sucesso da prova!
Antes de mais felicito, e saúdo vibrantemente, o regresso do Cidadão!
Essa homenagem aos conjurados foi mais que justo pois acredito que foi a grande mobilização do ano passado que deu forças e alento para que a organização volta-se a montar a prova este ano mesmo com menos “mordomias” e sem medo de cortar nas ditas.
Pelo que li tudo foi perfeito e ficou mais que provado, se já não o estava, que este formato mais económico resulta na perfeição.
A minha não participação na prova teve a ver com vários problemas no “esqueleto” fruto do PDI acelerado!
Faço muito poucas provas por ano mas é uma daquelas em que gosto mesmo de estar presente mas seria de todo imprudente fazer a prova este ano e poderia complicar muito mais os meus problemas e ser obrigado a uma longa paragem em virtude disso.
Forte abraço cidadão conjurado!
Grande Nuno Marques, eu é que agradeço ter tido a oportunidade de me poder divertir no seio de um excelente grupo.
Amigo Ventura
Agradeço o teu comentário simpático mas...a Festa foi mesmo bonita, pá! Subscrevo inteiramente as tuas palavras e envio um forte abraço a todos os que se empenharam para esta Prova de referência. Ah...e gostei de te ver regressar às lides "microfónicas", que as atléticas já sabia que, em boa hora, tinham acontecido. Abração.
Grande Jorge Branco
Muito obrigado pelas palavras, foi uma pena não poder ter estado presente, como tenho a certeza que gostaria. Faço votos para que esse esqueleto deixe de pregar partidas e possa, de novo, envolver-se nas nossas corridas.
Grande abraço.
Olá Fernando,
Afinal houve reconhecimento merecido para a continuidade dessa prova (que não conheço) e que deve ser excelente. Sei que os voluntários nunca fazem nada para receber algo em troca, a não ser a satisfação do dever cumprido. Mas como tal serem reconhecidos esses vosso esforços é muito importante e motivador. Estou certo que a prova correu de bom agrado, ao veres ao teu redor, todos satisfeitos serra acima.
Um abração do Xavier
Podes crer, amigo Xavier. Ver toda aquela gente a correr pela serra, é qualquer coisa de indescritível. Obrigado e um grande abraço.
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