Cidadão de Corrida
A par dos deveres de cidadania, o intenso gosto pelo desporto pedestre. Sou um gajo que tem a mania do desporto e que desde os tempos do PREC pratica a Corrida, tendo feito uma incursão pelo Triatlo e que tem preferência pelas longas distâncias. Não corro nada de jeito, mas gosto disto, pronto... ...Ah, e escrevo de acordo com a grafia correCta.
A minha Lista de blogues
terça-feira, 19 de outubro de 2021
Maratona de Lisboa 2021
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Corrida do Centenário de Federação Portuguesa de Atletismo -
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Com Álvaro Pinto |
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Aos 9Km |
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Com o Luis Duarte Clara e Rui Vieira |
1ª Prova de 2021
10 Km a marcarem o regresso às lides depois de uma longa pausa causada pela pandemia e ... pela preguiça. É que não havendo provas para estimularem os treinos, entra-se numa pasmaceira de onde é difícil sair. É preciso vislumbrar algo para nos encorajarmos. E foi o anúncio da Maratona do Porto que me fez voltar a calçar as sapatilhas e ir testando a condição física. Fraquita. Muito fraquita. Com um andamento mais perto dos dos 6,30 que dos 6,00'/km. Por momentos pensei que a minha "carreira" de corredor estava a dar as últimas. Com um passo lento e penoso (porque se fosse lento e aprazível, nada a dizer) não conseguia retirar satisfação na prática da corrida. Um mês e meio depois, já consigo fazer 10 km abaixo dos 5,30. Acho que isto "está a ir ao sítio", embora sem a ilusão de querer melhorar. Se melhorar há-de ser naturalmente, sem que esse seja o foco da minha preparação.
Eis que a Federação Portuguesa de Atletismo teve a amabilidade de me endereçar um convite para participar na prova de 10 Km, comemorativa do seu centenário, com partida e chegado ao Estádio do Jamor. Olha (!), vem mesmo a calhar. E apareci lá.
Saudades das amenas cavaqueiras que antecedem as partidas.
Incluída no programa estava uma prova para crianças, em volta da pista. Muito bom de ver e aplaudir tanto o que corria com entusiasmo, como aquele que, a passo, com ar sério, cara escondida na pala do boné e contrariado, lá ia caminhando puxado pelo pai. Gostei muito.
Ao chegar às 10,00H o pessoal encaminha~se para a linha da partida. Eram, talvez, umas cinco ou seis centenas. Cumpriu-se um minuto de silêncio por Jorge Sampaio e é dado o tiro de partida. Meia volta ao estádio, saímos em direcção à Marginal, Caxias -retorno, Algés-retorno e novamente Estádio Nacional.
Demorei perto do 56m e boas sensações. Ver se a coisa não arrefece.
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
O Triplo de Ouro em Tóquio
O Homem que não sabia sorrir
Sei pouco de ti, Pedro. Sei que nasceste em Cuba e que, por qualquer razão, há meia dúzia de anos, escolheste Portugal para viver. E que dominavas (e continuas a dominar – e de que maneira!) a especialidade do Triplo Salto, que já tinha, por cá, um Menino de Ouro, o nosso querido Nelson Évora.
Também sei que, em matéria de convivência com o Nelson, as coisas não correram bem e a verdade é que não sei de que lado estaria a razão. O que sei é que um sorria e outro não. E até nesta madrugada, em que também tu chegaste ao Ouro, não te vi sorrir. Estavas seguro e confiante, mas não sorrias. Faltou-te um “danoninho” para atingires os tão desejados 18m! Deixaste o 2º classificado quase a meio metro e não te vi sorrir. Exibiste, vitorioso, a nossa Bandeira e puseste-nos, a todos, orgulhosos porque estávamos contigo e tu connosco. E ganhaste. E não sorriste. Enquanto isso, o teu conterrâneo saiu de cena sem exibir a a bandeira cujo significado te ensinaram nos teus tempos de escola. Não sei se isso te terá dividido os sentimentos e te levou a não sorrir. Isso consigo compreender.
Acabei de te ver na cerimónia protocolar. Conduziste-nos aos deuses lá do Olimpo e puseste-nos os olhos embaciados de emoção. Sorriste levemente.
Oh Pedro, tu não és assim! Como é que tu consegues passar para nós emoções tão grandes e que não expressas?
A verdade é que tu és enorme e tens Portugal a teus pés. E está-te muito grato. Vá lá, sorri, que é tão mais fácil que saltar 18m e assim nós não pensamos que estás chateado connosco.
Um grande abraço Pedro e muito obrigado pela excelência do teu feito.
terça-feira, 9 de março de 2021
"Lançamento do Triplo Ouro"
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
O fácil balanço triste de 2020
Já vem de longe o hábito de, no final de cada ano, fazer o meu balanço desportivo do ano que termina, quase sempre com a sensação de ser bem mais fraco que o desejado. Mas, agora, quem me dera ter alcançado o pior dos resultados anteriores.
Em poucas linhas, foi isto:
26.JAN. - 30ª Corrida Fim da Europa – 1.33.05
09.FEV. -4ª Montepio Meia Maratona de Cascais – 1.56.19
16.FEV. -4º Terrugem Trail (25Km)– 3,15,16
21.JUN – A ÙNICA (Maratona entre o Rio da Mula-Sintra e Lisboa) Com 18 amigos
19.SET - Meia Maratona S.J.Lampas “O Tanas é que não Corro”
27.SET - 10Km Be Active, no Jamor
Quanto a treinos… foi proporcional. Acho que, desde que corro, nunca houve um ano em que tivesse corrido tão pouco e, para acabar a “Festa”, ao invés do frenesim das S. Silvestres, fiz um Dezembro com ZERO Km, ou seja, fiz tantos Km em treinos, como em provas. E o que me chateia é não me apetecer correr. Será isto o prelúdio do arrumar das sapatilhas? Vamos pôr essa “responsabilidade” para cima de 2021, que eu cá estarei para cumprir o que ele determinar.
Um Bom Ano para todos é o que vos desejo, desejando que os meus desejos sejam ordens.
domingo, 6 de dezembro de 2020
O desafio dos contrastes
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Samarra "boa" |
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Samarra "má" |
A estória que eu vou contar
Passou-se há uma semana
Num dia que fui treinar,
Mesmo muito devagar
Para além de Catribana…
Estava feito para “desmentir” a legenda da foto da Praia da Samarra de há 7
anos, que publiquei, em que, num arremedo, quiçá, desrespeitoso do Luís Vaz,
dizia:
“O mar cobriu o chão de areia fina
Que já coberto foi de pedra dura…”
O que eu queria dizer, agora, era:
“O mar mostrou o chão de pedra dura,
Que já coberto foi de areia fina…”
Mas para isso queria uma foto “fresquinha” e não de arquivo.
O que se passou a seguir, abona muito pouco em meu favor, mas como na vida, não
devemos apenas contar aquilo que nos envaidece, aí vai.
E arranquei, até à Samarra, nas calmas, percorrendo os caminhos velhos do
Trilho das Lampas, pisando poças, escorregando na lama, saboreando essa viagem
até que chego à Praia, à foz da Ribeira de Bolelas. Entro no leito
da ribeira, transformado num empedrado irregular com água corrente. Fui
caminhando, na direcção do mar, lavando os ténis e fazendo umas paragens para
fotografar a praia, documentando a frase que estava preparada. Quando dei por
mim, estava na linha onde a água da ribeira se juntava à do mar. Era tempo de
voltar para trás. Mas, já agora, vai uma selfie, com o mar como cenário. Aponto
o telemóvel, escolho o enquadramento e vejo-me no visor:” – fantástico… e até
lá vem uma onda e tudo… parece que vou a surfar!:..” clico no botão e pronto.
Estava feito o trabalho. Era só retornar pelo mesmo caminho. De repente, o mar
”deu-me” nos tornozelos e fez-me desequilibrar, mas aguentei-me. Uma segunda
vaga, que me deu pelos joelhos, fez-me cair, mas tentando elevar ao máximo a
mão que segurava o telemóvel, esticando o braço (qual Camões a salvar os
Lusíadas) , mas vem uma terceira, que me embrulhou todo e me fez andar aos
trambolhões, submerso, devolvendo-me aonde achava que era a distância que eu
deveria ter guardado. Lá me levanto e, cambaleando, orgulho ferido, saio dali.
Cheio de sangue no joelho e perna direitos e cotovelo direito. Telemóvel firme
na mão, mas como era de prever, aquela banhoca não foi nada amiga das
tecnologias e … lá se foram as fotos e lá se foi a utilidade do aparelho. Havia
dois casais na praia, para os quais olhei, quando me levantei. Vi que não se
aperceberam de nada. Apenas acharam estranho o meu estado, completamente
encharcado e ensanguentado e eu, quando passei por eles, antes que me dissessem
alguma coisa, disse eu, meio a sério e meio a brincar : “-É assim é que elas
acontecem!”.
E é.
Quanto à “foto fresquinha”, eu é que fiquei fresquinho e a foto teve
mesmo de ser de arquivo.