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quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Ocaso







Em 1 de Abril de 2008, coloquei aqui no blogue, um texto nostálgico a que chamei "A Agonia do Velho Moinho".


A propósito das celebrações do Dia dos Moinhos, ocorrida há dias, lembrei-me dele, desarquivei-o e achei que se o tornasse público no Jornal de Sintra, seria uma boa forma de prestar homenagem ao Vitor Hugo, o moleiro resistente, velho amigo, a quem a idade e a saúde, lhe tinham colocado um ponto final no ofício de muitos anos.


A falta de espaço, atrasou a sua publicação para outra edição do semanário, conforme me informaram. Quase ao mesmo tempo, informaram-me também que o Vitor Hugo, que eu não via há alguns meses, estava a ser sepultado!


Descansa em paz amigo. E que as velas do moinho "apanhadas" por ti, possam, em tua memória, voltar a segurar o vento, girando ao som dos búzios do cordame. Assim surjam mãos sábias como as tuas.


terça-feira, 27 de abril de 2010

XXXIII Maraton Popular de Madrid


Sinais dos tempos

Gosto de fazer a Maratona de Madrid e a prova disso é que, desde 2002, esta foi a minha 6ª participação nesta Grande Prova.

Fazendo uma apreciação muito pessoal do evento, acho que as coisas boas que teve, já estiveram melhores. E as más, são questões de pormenor, mas que devem merecer mais atenção. Sinais dos tempos.

Com a introdução de uma Prova de 10 mil metros, foi notória a necessidade de impressionar os patrocinadores com uma “ boa fotografia” pois seria importante ter xis atletas em prova. Ora, sabemos que existem várias provas que já nasceram com este “figurino”. Mas esta, ao cabo de 33 edições em que a tal “boa fotografia” era , orgulhosamente, obtida à conta de maratonistas, em minha opinião ficou desfavorecida com esta solução. É maior a quantidade de atletas, mas menor a quantidade de maratonistas.

O kit de corredor também me pareceu mais fraquito. Davam-nos um saco que haveria de ficar completo com a t-shirt da prova. Para surpresa, esse saco continha um compressor para encher as rodas das bicicletas ! (É verdade que na maratona , às vezes nos falta o ar, mas não era caso para tanto,eheheh). A t-shirt, que até é gira, é enorme e não havia outro tamanho.

Os balões marca-passo para os diferentes andamentos, estavam todos juntos na linha da frente. Exceptuando um (das 3,15) que escapou antes do tempo e subiu(!) todos os outros “desapareceram” na frente da corrida. Nem o das 4h consegui ver mais.

A animação ao longo do percurso, principalmente na 1ª parte, não se notou e na 2ª, lá vimos umas gaitas de foles, uma camioneta da coca-cola com músicos e pouco mais. Já foi muito melhor conforme se pode ler em comentários que fiz nas edições anteriores.

Os abastecimentos foram suficientes. Água em cada 2,5km; água e isotónico em cada 5km. Não lhe ficaria mal que, na 2ª metade, houvesse, pelo menos um abastecimento de sólidos, pois muitos atletas contam com isso. Porém, nesta maratona tal abastecimento não tem sido habitual.

Percurso : aí, ano após ano, temos verificado algumas alterações mas, seja ele qual for, a orografia da cidade obriga a prolongadas subidas – que, de uma forma geral, são suaves, mas que “ganham inclinação” na razão directa do cansaço. Mas há também as descidas...

Mas o que é isto ???! só estou a pôr defeitos !?

Nada disso ! Muito bom ambiente, bom trato por parte dos organizadores, muito público em pontos-chave do percurso, uma boa zona de chegada num dos lugares mais aprazíveis da cidade, uma bonita medalha, muita água, sumos e fruta . Talvez não me tenha provocado o “deslumbramento” que já lhe conheci, mas aí posso ser eu que estou a tornar-me “exigente” para me “deslumbrar”.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

XXXIII Maraton Popular de Madrid

Linda!!!

Com o meu amigo Rodrigo Silva (foto da sua esposa)
-nesta altura ainda havia por ali algum espaço-



A minha Prova


Cedo, muito cedo mesmo, fui-me aproximando do local. O dia estava bonito, sem vento, nem frio, nem chuva, pelo que saí do hotel (cerca das 7,45) já equipado, sem necessidade de qualquer agasalho descartável. Já muita gente se ia movimentando por ali, mas o espaço na zona da partida era muito e dava para “deitarmos” a vista à distância, procurando detectar caras conhecidas, o que não demorou a acontecer. O meu colega da ACB, Pedro Burguette, foi o primeiro que encontrei, mas como ele ainda tinha de ir ao “guarda-roupa”, não voltei a vê-lo, se bem que me tenha mantido na zona próxima da linha de partida. Só que aquilo vai enchendo e, sem darmos por isso, vamos ficando “cercados”. Estava também ali o meu amigo Rodrigo Silva, do blogue “Fugindo ao Cão” (que tantas saudades nos deixou) e foi com ele que passei aquela meia hora que antecedeu a partida. Os paraquedistas, vindos lá de cima, aterravam milimetricamente no ponto estabelecido ante os aplausos dos corredores.
Como novidade, foi introduzida uma corrida de 10 mil metros, com partida no mesmo local da maratona, se bem que em corredor diferente. Tinha como atracção o grande “Gabre”, que, como era de esperar, correu só, tendo como companhia uma mota da polícia. Inscritos, ouvi dizer que estavam 4000 nesta e 9000 na Maratona.
Ao som de uma música fortemente moralizadora, foi dada a partida. Começámos imediatamente a correr, tendo demorado menos de 30 segundos a passar pela linha de partida. Nunca mais vi o Rodrigo.
Partir rápido não é bom, mas procurei o meu ritmo de cerca de 5’/km, o que não consegui logo. Nos primeiros 2 ou 3 km passo pelo pessoal do Porto Runners, comandados pelos experientes Luis Pires e Vitor Dias, que entenderam seguir mais devagar, pois tinham acordado seguir em grupo, onde havia um estreante. À Meia Maratona, levava 1,45h conforme tinha previsto, mas tinha a sensação de estar em quebra, o que é terrível para a força anímica que sabemos ter de manter até ao fim.
Ouço um cumprimento vindo de trás. Era o João Hébil, que andava a “treinar” para a sua próxima aventura em Junho. Logo a seguir, passa o pessoal do Porto. Estava, mesmo numa fase má. À entrada na Casa de Campo, cerca dos 23km, disse para o João seguir no seu passo (que era bem mais forte que o meu) que eu já o apanhava...se pudesse. Tomo um gel, que me fez – penso eu que foi isso - reanimar, encontrando uma passada agradável, confiante, fazendo-me novamente acreditar. 30Km: agarro numa garrafa de powerade, decidido a levá-la comigo até a esvaziar completamente, o que só aconteceu aos 40. 32Km : uma subida “tramada”, o público bem que incentivava os corredores, mas eram muitos os que se punham a passo, complicando até a vida aos que corriam, pois a passagem era estreita e, como não dava para zigue-zaguear, lá se via um ou outro encontrão. Sentia-me bem. 34km: mais um gel. Dois ou 3 km que ele demorasse a fazer efeito, mais dois ou 3 km que esse efeito durasse, mais uma hidratação adequada (até porque o calor nos “lembrava” dessa necessidade)... parecia-me que tudo estava controlado. 39Km : Recolletos (local da partida) passo pelo Vitor Dias que continuava na sua função de “agrupar” os elementos da equipa (Já o Luis Pires, um pouco antes, vinha dando ânimo a um colega) que me disse para seguir. Agora só faltava a demolidora subida de Alcalá, até entrar no Parque do Retiro onde se faria o último Km (um abraço, Jorge Branco). Mas estes 2 penúltimos eram penosos. Ouvia-se alguém do público gritar : “-Campeones, esta es la fuerza de Alcalá!” Os mais determinados cerravam os dentes e deixavam que essa força se juntasse à pouca que ainda tinham e “cresciam” por ali acima. Os mais resignados pensavam : “-tá bem, tá. A passo também lá chego!!!...” . Muito público nesta zona, que até complicava um pouco a passagem dos corredores. Entrada no Parque. Agora era a descer. Lá está a curva ligeira, uma enorme zona vedada, a sequência de pórticos e, finalmente, o que tinha o relógio: 3,40,34. Era hora de desligar também o meu :3,40,08.
Depois, dão-nos a medalha, um resguardo que, dada a temperatura, até nem fazia muita falta, água, cerveja, sumos, powerade, frutas,etc. Etc.
Regresso ao hotel e, depois de uma banhoca revigorante, apanho o Metro e ala para o Aeroporto.

domingo, 25 de abril de 2010

XXXIII Maraton Popular de Madrid

Na Feira,no stand promocional da 7ª Maratona do Porto, com Jorge Teixeira e os amigos Faisca e Miguel




"No es un maratón más, es Madrid!"



Este foi o slogan escolhido para promover a Prova. Concordo com ele.

Mas por agora, apenas vos deixo o meu resultado, que, não me tendo deixado aos saltos de contente, me deixou satisfeito: 3,40,08 (tempo real).
Em breve farei um relatozinho desta Grande Maratona e de como a vivi por dentro.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

33ª Maratona de Madrid

Pois é, meus amigos...
Amanhã parto para Madrid, para participar, mais uma vez, na maior maratona ibérica.
Falarei dela e de como me portei nela, logo que possa.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Spiridon




Pouco depois de postar esta "viagem no tempo", tive o privilégio de receber do Prof. Mário Machado, uma agradável mensagem sobre o tema e que constitui um testemunho fidedigno de quem viveu por dentro, as dificuldades das primeiras organizações de corridas no País. Com a sua permissão, partilho-a convosco :


Como é bom ver essa foto das primeiras T-shirts... Estávamos em 1983 e havia que lançar tudo pois o terreno estava virgem.

As letras em relevo aveludado foram feitas pelo sistema de flocagem e foi feito em França. Comprei tudo em França com a flocagem inclusive e depois as 400 T-shirts foram transportadas para Lisboa num TIR de um atleta amigo. As inscrições nessas épocas eram gratuítas e tive de chorar o preço com os franceses que francamente não compreendiam como é que se realizavam provas de estrada em Portugal sem inscrições pagas.

Obrigado pela recordação. No meu "arquivo" guardo uma T-shirt igual mas sem mangas (estilo singlet de competição) que usei em algumas provas no estrangeiro pois as letras Portugal chamavam sempre muitos emigrantes a incentivar-me nas Maratonas que fiz lá fora.

Outro detalhe que gostaria de partilhar. A tua primeira Maratona foi aquela que "deu" melhor tempo... Pois é as estatísticas dizem que isto é uma grande verdade para 31% dos Maratonistas mesmo que depois façam muitas maiS Maratonas. A razão não está tanto directamente relacionada com a preparação mas com a determinação e sobretudo o MEDO que regra geral os corredores têm ao fazer a primeira Maratona. Depois nas seguintes sentem-se mais confiantes e ou treinam menos ou aplicam andamentos que nada têm a ver com o seu nível atlético... Será este o teu caso?

Vai aquele abraço
Ciao,

Mário



Relativamente à minha prestação na maratona, concordo em absoluto com o que diz o Prof. Mário Machado : o medo da 1ª, obriga-nos a encarar a prova com um enorme respeito e preparamo-nos mais a sério. Depois de conhecermos a distância "abandalhamos" mais a preparação - pois já sabemos que aguentamos - e depois vê-se o "resultado". Mas continuo a dizer que, para mim, a satisfação de chegar, supera em muito a da marca obtida.
Quero agradecer ao Prof. que se tenha pronunciado sobre a questão e considero uma honra, que o seu testemunho possa figurar aqui no "cidadão".

A Primeira

Posted by Picasa


Vesti-a poucas vezes, pois sabia que quanto mais a usasse, mais lavagens ela sofreria, menor seria a sua duração. Reservava-a para os momentos mais significativos. Orgulhosamente. Investi nela, muito afecto mas acabei por guardá-la numa gaveta, onde guardo outras que, nem de longe, se aproximam do valor que esta tem.
Naquele tempo, ao contrário dos dias que correm, poucas eram as provas que ofereciam t-shirts.
Estávamos em Dezembro de 1983 e eu tinha acabado de fazer a minha 1ª maratona. Era a Maratona Spiridon, realizada no Autódromo do Estoril (oito voltas e meia). Apostei forte nesta aventura de entrar no “mundo louco das grandes distâncias”, treinando com afinco, o que não me livrou do “estoiro” monumental que dei na 2ª parte. Depois de passar à meia na casa da 1,24 (!) (com as promissoras 2,48) tudo veio a descambar e até a reconfortante marca das 3h, em que acreditei nos últimos km, se “esfumou”. Mas daquela sensação final, indescritível, nunca mais me esqueci. Não sei a classificação que obtive, mas sei que fiz o tempo de 3,03,15, marca que nunca viria a superar, em trinta e tal vezes que repeti a distância.
Esta t-shirt castanha, com letras em relevo a branco, constitui o grande troféu da minha “carreira de maratonista” ou de “corredor de maratona”, se quiser ser mais modesto. E vai resistir às “limpezas” que, como todos os corredores, vou tendo que fazer ao “stock” acumulado.



domingo, 18 de abril de 2010

Nem Corrida do Metro, Nem Corrida do Benfica, nem Corrida do Moinho da Maré.

Hoje “Corri para Caminhar”.

Depois da iniciativa do Limpar Portugal, decorrida no dia 20 de Março, o grupo em que eu tive o prazer de me integrar, propôs a realização de caminhadas, ao longo de trilhos que nos podem proporcionar paisagens bonitas, mas que só são acessíveis, para quem se dispõe a deixar longe os carros e se meta campos a dentro, percorrendo trilhos, subindo montes, descendo vales, cruzando riachos. E a 1ª dessas caminhadas estava agendada para hoje.

O dia amanheceu com cara de poucos amigos mas, combinado é combinado e, às nove da manhã, lá estava eu, junto à Praia da Samarra (local de chegada) com a carrinha da Junta de Freguesia de S. João das Lampas, que tinha aderido à iniciativa, para transportar os caminhantes à Praia do Magoito (local de partida). Deixei aí o pessoal e trouxe a carrinha para o Arneiro dos Marinheiros.Fui então correndo, ao encontro do grupo, usando um trajecto, o mais perpendicular possível, ao traçado dos caminheiros. Seriam cerca de 5,5 Km, o total do percurso ao longo das arribas. Quando me juntei a eles, já tinham passado a enseado do Giribete (Gilbeto, para alguns) e, com muito agrado, pus-me a passo, partilhando de um tipo de experiências que a corrida não dá tempo de sentir.

Eram 12 os participantes que, passo a passo, “redesenharam” o perfil da costa rochosa basáltica, que caracteriza o litoral sintrense. Pouco haverá para dizer sobre este excelente passeio, pois nada do que se diga retrata o que cada um sentiu durante as quase duas horas que ele durou.

Direi apenas que, nesta altura da Primavera, com a temperatura amena, (mesmo com a ameaça de chuva) com os campos verdes e salpicados pelo colorido das flores, quando a água ainda vai correndo nas ribeiras, é a altura ideal para este tipo de iniciativas. Chegados à Praia da Samarra, perspectivámos o próximo passeio e regressei a correr, até ao Arneiro. Foi assim esta manhã de Domingo, que me deixou fã destas coisas.

Ficam algumas fotos para tentar "convencer" mais gente a aderir ao próximo passeio pela zona, que decorrerá no início de Maio.






Prontos para a partida...




Ei-los que partem




O "contorno" perfeito (não é o que parece)






Apreciando as "virtudes" do pepino selvagem



descendo...




subindo...




escorregando...

"Pavimento escorregadio - e não sinalizado"
25% dos caminheiros "testaram-no" :1º Teresa;2º Júlio;3º António






E pronto. Objectivo à vista. Só falta descer



No regresso (já vinha só) , o campo florido...


...e a cascata

segunda-feira, 12 de abril de 2010

28 Corrida dos Sinos - uma curiosidade

Assim era o meu "carrilhão" em 2008

Ao visitar o site oficial da 28ª Corrida dos Sinos, na História da Prova, encontrei lá uma foto que me era familiar. Então não é que lá estava “o meu carrilhão”, que publiquei aqui no “cidadão” na edição do ano passado da Corrida dos Sinos?
Tinha, então, pegado na minha “colecção” e pu-la em cima do muro do quintal, para ver se os conseguia juntar numa única imagem. Saiu assim. Mas fico feliz por ter merecido o reparo da Organização. Quanto ao muro por pintar… olhem…não liguem ; (é mesmo relaxaria de quem se vai pôr a correr nos tempos livres que arranja e deixa as coisas de casa por fazer), mas, ao mesmo tempo, sempre dá um ar mais “Séc.XVIII” ao assunto, eheheh.
E se os sinos "deixaram" de ter som, que tenham, ao menos, côr.

28ª Corrida dos Sinos - Mafra




2010, o Ano do “Sino Amarelo”

A Corrida dos Sinos, é uma das clássicas em que marquei presença mais vezes. Faz parte do meu “histórico” de corredor de pelotão, pois é uma corrida bonita, bem organizada, tendo o seu ponto alto no 1º retorno junto à fachada principal do Convento (agora Palácio) de Mafra, que nos “transporta” ao Século XVIII. Uma obra do Magnânimo, relíquia do nosso património, que até faz esquecer que muitos passaram muito para a pôr de pé.
Mas deixemo-nos de “lamúrias” e falemos da Corrida.
Desta vez, até porque tenho feito “umas coisitas”, pensei em seguir um ritmo um bocadito mais forçado, para testar a minha condição, apontando para uma marca na casa de 1,10.
O “tiro” da partida que se ouviu foi o som de uma sineta, dando sentido ao nome da Prova que, por razões a que não tive acesso, deixou de ter os carrilhões do vetusto convento, repicando à passagem dos atletas, como dantes acontecia. Talvez uma “caturrice” de quem acha que o “sagrado” do som dos sinos não deva contribuir para o “profano” de um evento desportivo. Hei-de, um dia, procurar esclarecer este caso.
Depois de um aquecimento de cerca de 15’ em que tive o prazer de me reencontrar com muitos amigos, posicionei-me próximo da linha da frente, pois sabia que, partindo de trás, a parte inicial da corrida seria muito compacta e de difícil progressão. Rapidamente comecei a correr e cedo deu para ver que muitos, vindos de trás, levavam uma passada que até me fazia confusão.
Sabia que após o retorno dos 8 km, o percurso seria a subir, pelo que tinha de dosear bem o esforço para não claudicar. Tempo de passagem aos 5Km 22,30. Era bom, mas sabia que não iria ser possível aguentar muito tempo, pelo que refreei um pouco. 10Km: 45,50! Afinal o “pouco” foi “muito”, pois 10”/km nota-se bastante. Comecei a fazer contas : ora…se fizer a 5’/km, são mais 25’! 25+46 = 1,11. Vou ter de me pôr a pau e…reagir. Km a Km olhava para o relógio e parecia-me que estava a conseguir, tendo, inclusive, aumentado o ritmo nos 3 últimos km. Terminei com 1,09,38 (1,09,30 t.real).
Gostei da minha prestação, que me fez crer que posso andar um bocadinho mais depressa. Mas é só se treinar, bem entendido.

P.S - O meu tempo foi de 1,09 ( e não 1,39. Foi o Miguel que me chamou a atenção. Esse era o tempo que eu gostava de fazer à Meia,eheheh)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

23º Grande Prémio de Constância


Faltavam vários, pois estava na hora da partida (foto de António Melro)





Subindo rio "abaixo" (foto de Isabel Almeida)

Constância é sedução. Desde a 1ª hora, que o seu fascínio me atrai. É irresistível o seu encanto, a sua história e tradição, o afã da sua gente para celebrar as festas da Páscoa e da Nª Srª da Boa Viagem. Constância, a “Vila Poema”, vale a pena.
E se eu já andava “de beicinho” por esta terra e pela sua corrida de 10Km, num percurso de ir e voltar, de rara beleza, na margem esquerda do Zêzere, passei a ter uma outra razão forte para não deixar de lá estar presente. Uma presença também simbólica, em solidariedade com a nossa amiga Ana Paula Pinto, do Blog Além Virtual, em homenagem à jovem Margarett, sua linda filha que, também ela, “ a fortuna não deixou durar muito”. Uma palavra de grande admiração pelo exemplo da Paula, para quem vai um grande beijinho.

Tinha pouca esperança de poder estar em Constância no passado Sábado, para participar no 23º Grande Prémio da Páscoa. Daí não me ter inscrito, pois não quis abusar do facilitismo que é dado pela Organização, proporcionando inscrições gratuitas, mesmo a quem não tem a certeza de estar presente.
Fui de boleia com o João Hébil e, lá chegado, enquanto conversava com um amigo, o João arranjou-me um dorsal, pelo que corri sob pseudónimo, sendo logo “avisado” que se tratava de um nome de um atleta de grandes marcas. Seu nome: “José Perfeito” do CALMA!
Claro que, com um nome destes (e ainda por cima os dorsais eram personalizados) me sentia um “figurão” numa Corrida que merecia mais respeito (mas não foi por mal) e dei comigo a “aparvalhar” :

Que “Perfeito” figurão
Em Constância correria
Se não fez a inscrição
Cada vez mais se sentia
Mais longe da “perfeição”. Ehehehe

Acabei com 45 minutos e 4 segundos e, como chovia, viemos directamente para o carro e, à “francesa”, viemos logo embora.
Deixo aqui um pedido de desculpas ao pessoal amigo com quem gostaria de ter confraternizado mais algum tempo, mas, desta vez não deu.
Quanto à organização da Prova, está de Parabéns. Não vi uma única falha (OK, não detectaram que o “Perfeito” era outro! ehehe) pelo que merece a nota máxima em todos os parâmetros e o “carimbo” de “PROVA RECOMENDADA”.