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sábado, 23 de junho de 2012

Lá vem...UMA





Já começa a sentir-se a adrenalina,

A bela inquietação e ansiedade
Que a alma aventureira determina
Fazer da sã loucura realidade.
Venha mais UMA, que nos desatina
Mas que “enche as medidas” de verdade.
Temos, p´la frente só um mês de espera
E eis a Prova que tanto se venera.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Fascínio da Freita


Decidi-me. A Freita não vai ser ainda para este ano. No entanto, não fico indiferente a esta extraordinária prova que vai realizar-se a 30 de Junho e relembro a minha participação em 2010. Com nostalgia, pois claro.




Era a Serra da Freita, o Éden do Sálvio

Que um dia o chamou num desafio atlético

Correndo e caminhando por catorze léguas.



Às quatro da manhã com centos de noctívagos

Saíu do Merujal a multidão com lâmpadas

P’ra iluminar, no escuro, os caminhos graníticos

Que encantam os passantes com seu brilho mágico.



Saltou ou tropeçou em passo pouco rápido,

E subiu as encostas quase sem ter fôlego

Desceu na vertical como se fosse ébrio.



Molhou-se nos riachos e bebeu da água

Descalçou os ténis e com os pés húmidos

Retemperou seu corpo, respirou de alívio

E prosseguiu a rota cumprindo o calvário.



Atravessou aldeias que hoje são desérticas

E que já floresceram graças ao volfrâmio

E terras que são belas mas também inóspitas.



Parou lá num planalto agradecendo a dádiva

De ter no horizonte paisagens idílicas

E o tempo que passou não era o do relógio.



Apercebeu-se então que o seu exercício

Já durava há nove horas, mais que o tempo máximo

Que alguma vez pensou durar a resistência

E na Póvoa das Leiras declarou o términos.



Voltou ao Merujal na carrinha da Câmara

Atalhando o caminho que ficou incógnito

P’ra ver os seus amigos em esforço titânico

Subir a Mizarela p’ra chegar ao pórtico.



Viu sorrisos nos lábios como justos prémios

E prometeu voltar numa promessa válida

Quando ele tiver feito o seu trabalho físico.



Viu rochas parideiras dando à luz seus óvulos…



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Marginal à Noite - 2012


Nunca tinha participado nesta Prova, pois a distância de 8Km no meio de uma multidão, por muito bonito que seja o cenário e atractivo o ambiente, foi coisa que nunca me seduziu muito. Tenho optado pela Corrida do S. João, no Porto, que tem sido sempre no fim de semana da Marginal à Noite.


E a verdade é que nem inscrito estava! Mas na véspera, em conversa com os meus amigos da ACB, lá me convenci a aparecer, nem que fosse só para ver como era. Tinha ido cedo para Stº Amaro de Oeiras, mas a dificuldade em estacionar, obrigou-me a deixar o carro num sítio qualquer que, não só era longe, como incerto. Sabia que ia gastar mais tempo a encontrar o carro, do que na Corrida. Mas o tempo urgia e eu tinha de me pôr em acção. Quando cheguei, já o pessoal da equipa tinha tirado a habitual foto de família, mas ainda me arranjaram o dorsal 2018, e lá participei sob “pseudónimo”.

Estive, talvez 1,30m para passar a linha da partida e, mesmo depois, tornava-se muito complicado correr, pois eram muitos os caminheiros que, erradamente se posicionam na frente só porque chegaram cedo. Mas isto não é nada a que, infelizmente, não estejamos habituados. A partir dos 3km já dava para correr. Até mais do que aquilo de que eu era capaz.

Gosto de me cruzar com quem já vem do retorno ou quem ainda vai para lá e são mais as saudações quanto o número de atletas presentes (basta que cada um cumprimente dois) e sentimos que, no meio daquela multidão compacta, estamos rodeados de gente amiga.

Como não tinha visto o “candeeiro” dos 7 Km, pensava, pensava que a seguir ao próximo, só havia mais um para correr. Afinal não. Lá estava o pórtico. A prova acabava ali. 36,20, era o tempo que indicava o cronómetro. Não foi mau.

Quem parte na frente consegue gerir bem o andamento, mas quem vem lá de trás…

Mas trata-se de uma prova muito bem organizada. Porém, tratando-se de uma distância tão curta, todos ganhariam mais se fossem destinadas zonas (já nem digo de tempos) destinadas a quem vai correr e a quem vai caminhar. De certeza que haveria menos atropelos e toda a gente correria em segurança e mais de acordo com as capacidades de cada um.

Açoreana Clube Banif - Uma equipa de amigos




Decorreu no passado dia 15, no Café Império, na Alameda D. Afonso Henriques, o jantar anual da grande equipa da Açoreana Clube Banif, a que muito me honro pertencer.

Não se pode dizer que seja uma equipa de atletismo, mas uma enorme família de amigos em que o espírito competitivo daqueles que têm mais condições para isso, se conjuga na perfeição com aqueles que, correndo por prazer, consideram a Corrida como uma saudável forma de estar na vida.

Este foi o momento em que, num agradável convívio, se estabeleceram contactos mais estreitos com os colegas e amigos, em que o grupo coordenador passou o testemunho e se fez um balanço da época. Vários foram os parâmetros avaliados pelo incansável António Guedes, que contabilizou em vários rankings, a participação de todos, no extenso calendário de provas existente: Mais provas, mais Km, melhor tempo nas diferentes distâncias. Um trabalho digno, que prestigia a equipa e, seguramente, satisfaz a estrutura empresarial que lhe dá suporte a Açoreana Seguros e o BANIF, que merecem uma palavra de reconhecimento e de felicitações por assegurarem a continuidade deste numeroso grupo de corredores e corredoras no meio do pelotão português.


Corrida de S. João 2012 | Runporto

Corrida de S. João 2012 | Runporto

Com muita pena minha, este ano não me foi possível participar na Corrida do S. João, uma das mais emblemáticas corridas da Invicta. Folgo em saber que, mais uma vez,  foi um enorme sucesso. Com a chancela RunPorto, evidentemente. PARABÉNS a todos.

domingo, 10 de junho de 2012

2ª Corrida de Santo António

Antes da partida com a Henriqueta Solipa e Carla André


Entrada no último Km

A chegada vista pelo José Carlos Sousa

Gostei desta 2ª Edição da Corrida de Santo António. Parti na zona dos 50minutos (onde finalmente, tive o prazer de conhecer a Henriqueta Solipa e a Carla André, e, com a conversa, rapidamente passou o tempo de espera). Foram 10Km feitos de trás para a frente até aos 6Km. A partir daí… foi ir gerindo o esforço o que ainda deu para passar alguns companheiros que iam em pior estado que eu. Concluí com o tempo de 45,35 (44,50).

Uma excelente Organização da HMSports, que nos vai habituando a uma qualidade acima da média nas Provas que organiza, todas elas com grande participação . Parabéns.

E lá vai uma "marcha":

Soa o tiro da partida no Rossio
Lisboa põe-se a correr
São dois mil que vão na direcção do Rio
E à direita volver
Os tambores marcam o ritmo das passadas
Desta gente da Corrida.
E nas ruas da cidade
Ao correr-se em liberdade
Lisboa ganha mais vida.

Lá vai Lisboa com tanta gente a passar
Quem pode vai a correr e quem não pode, a caminhar
Lá vai Lisboa, vai aos ombros do pelotão
Já que cada corredor a leva no coração.

(...e agora a má língua...)

Todos q’riam o cheirinho a manjerico
E era grande a ansiedade
P’ra mudar o intenso cheiro de penico
Nalguns pontos da cidade.
Lá diz o velho ditado
Onde mija um português
Mijam logo dois ou três
E dá neste resultado.

Lá vai Lisboa ...la-la-ra-la-la-ra-lai...




sábado, 2 de junho de 2012

Corrida pela Selecção



Foto do FB

Foto do João H. Faustino
Apesar de alguma animosidade em torno do tema, desde a primeira hora que aderi à ideia da “Corrida pela Selecção”. Bem sei que, para uns, se tratou de um aproveitamento do crescente impacto que, felizmente, a Corrida vem tendo, em apoio a um pequeno grupo de “habilidosos” que são pagos a preço de ouro para representar Portugal .


Mas, para outros, tratou-se de uma iniciativa para, através da Corrida, se unir o País e “dizer” aos futebóis, que temos algum peso que mereceria um tratamento mais a condizer.

Tenho a certeza que, dos 12500 que dizem que estiveram em Oeiras, não haveria um que concordasse com o que a FPF se propôs gastar com a Selecção. E no entanto estiveram lá. E correram ou andaram.

Pode parecer “brega” ( ou “foleiro”, que sempre é mais europeu) mas gostei de envergar a camisola da única equipa que esteve em Prova, a de Portugal. Já chamaram a isto “patrioteirismo”, mas eu quero lá saber.

Como ficou claro no jogo com a Turquia, esse enorme apoio das corridas de hoje, não se reflectiu no resultado, o que quer dizer que o seu valor foi zero. Mas a Corrida foi boa. Foi a parte positiva da coisa. E essa já ninguém nos tira.

Deixei o carro no Jamor e fui com os meus amigos e companheiros da ACB, a correr até Oeiras, numa agradável corridinha calma.

Lá chegados aguardámos pelo tiro da partida, num enorme mar de gente, com dois ecrans gigantes que passavam imagens alusivas ao evento, o que ajudava a passar o tempo. Partimos lá muito de trás, pois não havia a menor intenção de obter uma grande marca.

Cantámos o Hino Nacional e, ao tiro da partida dado pelo capitão da Selecção, pusemo-nos em marcha, rumo ao Nascente.

Sem história, quando demos por isso, estávamos no Estádio Nacional. Demorei 40,10m (42,18).

Tratou-se de uma Prova muito bem organizada pela HMSports, com uma logística muito complexa, mas que esteve muito bem em tudo e a quem dou os meus Parabéns.