Eh subida do catano !!! |
O certificado oficial |
Com o meu amigo "conjurado" Nuno Marques |
Esta é daquelas Provas que considero
imperdíveis. Tudo nela é belo porque nos mostra muito do melhor que Sintra tem.
A partida é dada no coração de Sintra, na Volta do Duche e o tempo de espera passa rápido, pois enquanto se conversa com amigos, rodeia-nos um ambiente encantador em que de um lado temos a serra a espreitar por cima dos muros de suporte e do outro um enorme vale que nos deixa a descoberto o imponente Paço Real à frente do qual passamos assim que fizermos os primeiros 300 metros da Corrida. O João Caravaca, do ginásio Splad, como vem sendo hábito, trata de pôr os atletas a fazerem o aquecimento e fá-lo de uma forma bastante entusiástica, que põe a malta a mexer.
Às 10 horas é dada a partida para
o primeiro grupo. Um quarto de hora de pois, sairia o segundo, com cerca de
3000 a preencherem o asfalto, Rampa da Pena acima e depois, pela crista da
Serra até à Peninha, descendo-se os últimos 6Km até ao Cabo da Roca.
Estava um bocadinho de frio, mas
pouco depois de iniciada a corrida, a coisa compôs-se. O importante era ir
controlando a respiração para que houvesse algum conforto na subida. Nunca
olhei para o relógio, nem mesmo quando passava pelas placas dos Km. Aguentei-me
sempre em passo de corrida, mesmo que em momentos (a temível subida da Peninha,
aos 10 Km) esse passo de corrida progredisse tanto como o de marcha. Na descida
também não me deixei entusiasmar muito, pois estava pouco confiante. Cheguei
com 1,32,43 (tempo de chip) e vim a saber que os sexagenários estão a andar
muito, pois chegaram 16 à minha frente!
Todos os resultados aqui.
Quanto à Organização, esteve
perfeita, não tendo falhado em nada do que se comprometeu garantir, mas ainda
assim, atrevo-me a fazer algumas observações, que gostaria fossem vistas unicamente
com fins construtivos:
1- Duas Partidas. Será necessário mesmo
duas partidas? Se é por causa do “volume” de atletas, tudo se resolveria se se
fizessem “caixas de tempos” e se, ainda assim, fosse insuficiente, seria
importante impedir o estacionamento (que retira metade da largura da via) entre
o Largo da Vila e o Largo do Vitor.
Além disso,
parte-se do princípio que os candidatos a vencedores saem na 1ª partida, mas
acontece que, se alguém que saia na segunda fizer melhor tempo que algum dos melhores
três da primeira, fica arredado do pódio, como aconteceu na geral feminina.
2- Premiação. Compreende-se que seja muito
mais rápida a cerimónia protocolar com entrega dos prémios apenas aos 3
primeiros da geral M e F, mas uma vez que são considerados escalões etários,
não seria justo premiá-los também?
3- Medalha. Se há provas que justificam uma
medalha, esta não pode ficar-lhes atrás. Então, quem chega ao ponto mais
ocidental do continente europeu, não merecerá essa recordação, certificando o
feito?
Independentemente destas 3
observações, a Organização está de Parabéns. Apesar dos pontos que referi, “dificilmente
haverá Prova mais bonita”. Quem a faz, não visita, apenas, Sintra. Visita e corre
em Sintra, num cenário belo e inspirador que rapidamente deixa saudade e
vontade de voltar.
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