Falava-se muito numa Corrida de
S. Silvestre, disputada mesmo no dia de S. Silvestre! Corrida já quarentona,
catalogada por muito boa gente, como exemplar e que se disputava aqui bem perto
de casa, na Amadora. Uma 44ª Edição confere a uma organização um respeitável
estatuto que eu, injustamente e ao longo dos mesmos 44 anos que ando por aí a
correr, teimava em não testemunhar.
Na véspera, porém, na S.
Silvestre dos Olivais, vários factores se conjugaram : há um dorsal de um amigo
que estava lesionado (obrigado David Cavalheiro) e há uma boleia de outro,
quando eu estava sem carro (obrigado Ricardinho). –“Vais gostar e vais gostar!”
. Está bem, pronto, convenceram-me, pois também achava que era tempo de acabar com
este encolher de ombros a que tinha habituado os meus amigos, sempre que se
falava na célebre S. Silvestre da Amadora. Bora lá!
Deixámos o carro longe. Faltava
meia hora para a Partida e era preciso ir buscar o dorsal. As ruas estavam
apinhadas de gente. Admirei-me, mas também achava exagerado que fosse já por
causa da Corrida. Afinal, era corrida sim, mas de carros e motos de colecção,
eheh, muitos deles fazendo mais fumaça e barulho que movimento.
Dorsal ao peito, lá fomos para o
local da partida e lá nos juntamos a alguns amigos, mesmo lá para o final das
grades. Procuro informação sobre o perfil do percurso e o que ouvi foi pouco
animador. Diziam-me que era capaz de ser mais difícil que os Olivais! Mau, mau!
Mas como o espírito era visitar a Corrida e beber um pouco daquele ambiente,
nada havia a temer. Por outro lado, correr com dorsal de outra pessoa, só mesmo
fora da competição. Tinha perfeita consciência que não iria atrapalhar qualquer
atleta premiado, pois até corri com dorsal de um jovem sénior. Bem, eu também
já sou “sénior” mas é de outro ponto de vista, eheh.
Para não me alongar muito, o tal
perfil difícil de que me falaram era mesmo difícil, com duas subidas que deram
muito nas vistas, por volta dos 2 km e dos 7km. Gosto das provas em que nos
cruzamos com os da frente e nesta, que me recorde, isso aconteceu por duas
vezes. Gostei muito dos pontos de animação quer com música de fanfarra, quer
com um simples bombo, quer com cornetas e reco-recos. Mas havia algo que mexia
ainda mais connosco : o numeroso público, que ao longo de vários quilómetros
interagia com os atletas, aplaudindo-os e desejando-lhes BOM ANO e a miudagem
que estendia a mão para ser tocada pela dos atletas que passavam.
À chegada, o cronómetro
marcava 52,46 e o chip 51,35, na posição
869 entre 1597 chegados.
Os resultados completos estão
aqui (David Cavalheiro, ao seu dispôr).
4 comentários:
Fernando ,finalmente a São Silvestre da minha cidade.
Finalmente rendeste-te aos tão elogios que fui fazendo ao longo do tempo que te conheco( os poucos três anos)
Que vou terem cedido um dorsal, que bom arranjares boleia.
Ainda que eu “corrinhe” vibro com o ambiente, com toda a sua envolventes.
Pelo sexto ano que a faço e todos os anos tenho trazido alguns amigos para a conhecerem.
Espero que voltes!
E podes esperar com toda a certeza que todo este calor humano, repetir-se-à a 31 Dezembro 2019
Beijinho Ana Teresa Seabra
Olá, Ana Teresa
Muito obrigado pelo amável comentário. De facto, gostei muito da prova. Corresponde ao que dela me diziam. Voltarei, claro. Beijinho.
Não conte a ninguém mestre mas nunca fiz a S. Silvestre da Amadora!. Bom ano.
E eu a pensar que era o único da velha guarda que nunca a tinha feito!!! Fique descansado que isto fica apenas entre nós. Grande abraço e Bom Ano.
Enviar um comentário