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segunda-feira, 1 de julho de 2024

43ª Corrida das Fogueiras

 




No último Sábado de Junho, manda a tradição, que dê uma saltada a Peniche para participar na clássica nocturna Corrida das Fogueiras que, de tão desejada ser, "rebentaria pelas costuras" se a Organização não tivesse tido o bom senso de limitar o número de inscrições. Aliás, já teve de fazer alguma engenharia nas últimas edições para evitar atropelos entre os corredores quer dos 15 km quer dos 5 km. É que Peniche fica apinhada de gente que não se cansa de aplaudir e incentivar os atletas à sua passagem, o que dá um ambiente fantástico a esta Corrida.

Gosto de chegar cedo. Porquê? Porque é mais fácil estacionar, há menos complicação no levantamento do dorsal e há tempo para dar uma voltinha pela cidade, enquanto vamos encontrando um amigo e outro e mais outro. Sabia que o meu amigo e colega de equipa Francisco Pereira deveria andar por ali, mas infelizmente não o encontrei para tirarmos a foto que se impunha. Um cafezinho na esplanada com os amigos Pedro Vicente e José Amaro, enquanto uma gaivota, pousada no toldo, não se cansava de "conversar" connosco. Aventuras do Pedro? Ui! Este homem, que só corre desde 2016, teria, apenas em 8 anos, aventuras que, como diria o Poeta " Daria matéria a nunca ouvido canto". Histórias cativantes, de aventuras no deserto, em ultramaratonas e maratonas em cidades de vários continentes. Mas isso são coisas que eu quero convencê-lo a escrever. 


  Passou rápido o tempo e estão a ser horas. 

21;10H. Desta vez, escolhi a box amarela quando me inscrevi, o que me obrigava a correr abaixo de 5´/Km! Sabia que não iria conseguir fazer isso, mas não precisei de mentir e o comprovativo que enviei dava mais qualquer coisa, pelo que estava preparado para ser recambiado para a box verde. Mas passou e fui armar-me em bom. Um bocadinho na conversa com o Luís Nunes e com o Álvaro Pinto e chegou a hora:

21,30H. Partida.Só demorei cerca de 40 segundo a passar pela linha. Depois...bem, depois foi só ir gerindo o esforço, sem grandes pressas, principalmente até aos 10 km. E assim foi. 

 

Durante a volta ao Cabo Carvoeiro, mesmo indo à cautela, reparei que ia ganhando bastantes lugares e a verdade é que me senti sempre bem, sem ter sentido necessidade de abrandar. Último Km. O ambiente mágico desta Prova tinha aqui o seu ponto alto no que ao público diz respeito. Obrigado meu Povo, pelos vossos aplausos, ânimo e calor humano. Entrada no porto de Peniche e os últimos 100 metros no empedrado que procurávamos. A última curva e... voilà, o "Arco do Triunfo" onde o cronómetro indicava 1,17,07 (o que representa um tempo líquido de 1,16,15). Era hora de LIGAR o meu relógio. (Disse bem:"ligar", pois à partida escapou-me um clique e, como não havia luz suficiente, não conseguia ver se ficou ou não a funcionar. Não ficou!) 

Logo atrás de mim, quem é que vinha? A Isa, que me disse que eu lhe servi de lebre, eheh. Eu, lebre? Fiquei com o dia ganho. Mas, se o meu ritmo de passada serviu de bitola para alguém, fico contente.  Ainda por cima, trazia vestida uma camisola que me diz muito. Obrigado Isa.

Logo a seguir, chega o Luís Nunes.


 

Seguiu-se o habitual convívio da sardinhada e entrega dos prémios. Dispensei a sardinhada, pois tinha de me levantar cedo e também dispensei os prémios, pois certamente não eram para mim, eheh.

 


Parabéns à Organização por mais este enorme sucesso em que apenas coloco uma pequena observação. É que quando nos habituam a certos requintes, quando isso falta estranhamos. Logo após a prova era costume enviarem.-nos um SMS a dar os parabéns e indicar a classificação obtida. Desta vez, não só não houve SMS, como o site não era claro na apresentação dos resultados. Ou seja, os resultados que nos apareciam eram os de 2023. Os de 2024 estavam "escondidos" na listagem de inscritos, coisa que demorei a descobrir. Também há a hipótese de ter sido eu o aselha  e aí, retiro já tudo o que disse e com que não quero beliscar minimamente a enorme competência demonstrada por esta gigantesca Organização ao longo de 43 anos, ao longo dos quais, seguramente,  me "apanharam" por lá mais de 35.

Venha a 44ª e haja saúde, que lá estarei novamente.