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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Meia Maratona dos Descobrimentos


 A Meia dos Descobrimentos no Dia da Restauração.

Uma manhã amena, sem frio nem vento, meio encoberta, mesmo a jeito de correr a minha última Meia Maratona enquanto sexagenário.

Gosto muito desta Prova, esplendidamente patrocinada pela Generali -Tranquilidade, cujas cores tenho o gosto de vestir.  Acho eu que só falhei uma das 11 edições realizadas desde 2013.

Com a malta do costume (Nuno,Franco Bruno, Fernando, Álvaro)

 

Saí da box das 2 horas e demorei quase 3 minutos a chegar à linha de partida, à frente do CCB, onde foi instalado um pórtico, estranhamente baixo. Ligo o relógio (aleluia! desta vez ficou a funcionar!) e lá vai ele, para uma corrida calma e controlada. Sapatilhas "especiais", daquelas com placa de carbono e assim, que trouxe da Maratona do Porto. Tinha feito uns quatro treinos com elas, para adaptação e pareceu-me uma boa compra e esta era a prova certa para as experimentar.

Sem pressa, fui esperando que a "densidade" de atletas diminuísse para ir passando mas, como ia com um ritmo próximo de 5,30/Km e me sentia bem, achava que não era preciso muito mais, só que, lá mais para os 10 Km já ia a 5,00/Km ! Na verdade, assustei-me, mas não dei conta de que tinha subido o ritmo daquela maneira. 

Desta vez não fomos ao Rossio. "Esticou-se" o percurso para lá de Santa Apolónia e fez-se o retorno por baixo do viaduto lá para os lados de Xabregas por volta dos 12 Km e depois, sempre a direito até ao Museu da Marinha. 

Gosto do nome da Prova. Acho-o feliz, pois evoca  uma época em que fomos grandes e desenrola-se ali, à beirinha do Tejo, de onde partiram as naus. O certo é que, durante a Corrida, vamos imaginando coisas de uma época que não vivemos, ligada à grande epopeia da nossa História: 

Já no largo Oceano navegavam

As inquietas ondas apartando, 

Os ventos brandamente respiravam

Das naus as velas côncavas inchando;

De branca escuma os mares se mostravam

Cobertos, onde as proas vão cortando

As marítimas águas consagradas

Que do gado de Proteu são cortadas.

(Lusíadas Canto I -19)

Não sei se foi por vir distraído, a verdade é que não tinha sinais de cansaço e o ritmo não abrandava, o que me surpreendeu. Fiz vários km abaixo de 5 minutos. "Tás bruto"- dizia cá para comigo. -"Vamos ver se te aguentas". E o rapaz aguentou-se : 1,47,31 (tempo de chip) 1.50.15 (t. oficial). Resultados completos

"... Os bofes bravamente respiravam


 / As pernas lá se iam aguentando...)

"E quando os sons da meta se escutavam"

"A passada, por fim, vai-se apressando"

"E eis que a última curva vai ser dada"

"Para ter esta medalha pendurada."

Há mais de 6 anos que não fazia um tempo destes. Treino? Humm, acho que não; Esforcei-me mais? Humm, não sou menino para sair da zona de conforto; Sapatilhas especiais? Queres ver que sim!?!?

E pronto, para 2024 só faltam as S. Silvestres. Acho que só posso ir a duas. 


2 comentários:

Nuno Cabeça disse...

Grande performance! Parabéns Fernando!

Anónimo disse...

Obrigado Nuno. Abraço.