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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Senhor Presidente




Das coisas que é mais comum ouvir-se nos dias que correm -sim, os dias também “correm”, não somos só nós - é que “isto está mau”, “ninguém põe mão nisto”, ” é tudo a sacar”, “fomos enganados”, “o mais pequeno é que está sempre lixado”, etc,etc,etc. São expressões indignas e muito pouco abonatórias, ique se dizem no nosso Portugal democrático.


Não quero meter-me nestas questões, num espaço que é, sobretudo, destinado à Corrida mas que também não pretende esquecer a Cidadania.

O que é facto é que “ninguém” se sente responsável pela situação a que chegámos, nem mesmo aqueles que foram pagos a preço de ouro, para usar das suas “conhecidas competências”, para dirigir os nossos destinos e não nos deixar “resvalar para a valeta”.

Não conseguiram e ainda dizem que sem eles isto estaria bem pior.

A nós, míseros cidadãos deste cantinho, apenas compete legitimar –ou não – os poderes dos nossos comandantes. Com o Voto.

Temos seis à escolha. Uns com experiência –muita experiência(!) - no comando e que dizem que devemos confiar neles. Outros sem experiência, mas com propostas, que também dizem que podemos confiar neles.

O voto é mesmo uma questão de fé. Acreditamos neste ou naquele candidato. Cabe-nos avaliar o que cada um conseguirá fazer por nós.

Devemos votar, por muita que seja a descrença. É a vez de sermos nós a falar neste “contrato” que temos com a democracia. Como nos casamentos, é o momento de se fazer a pergunta :

-“Se há aqui alguém que não quer o candidato X em Belém, que fale agora ou que se cale para sempre”.

7 comentários:

joaquim adelino disse...

A questão Fernando é que alguém elegerá o seu candidato e ficará satisfeito porque "acertou", o problema é depois ficar agarrado e em silêncio quando essa aposta falhou ou falhará dentro de pouco tempo, mesmo aí não poderá nem deverá ficar calado para sempre depois de se sentir frustrado pela sua escolha. Este "filme" já vai passando há dezenas de anos pela nossa Democracia, só espero que essa frustração e por vezes o sentimento de alguma cumplicidade traga algum descernimanto para que no próximo Domingo contribua para que se altere este estado de sentimentos, por vezes bastante contraditórios.
Um abraço.

MPaiva disse...

Amigo Fernando,

Pessoalmente sou dos que defendem que a natureza do nosso regime deveria resguardar a figura do mais alto magistrado da nação de outra forma, reservando essa missão para alguém que fosse devidamente preparado para tal e que elevasse, acima de tudo, aquilo que nos une a todos como nação, nomeadamente os valores, a nossa cultura e a nossa identidade portuguesa.
Não sendo assim, teremos de viver de acordo com o regime que temos, dando o nosso contributo, que é votando.
Nesta ocasião temos 6 alternativas à escolha e, salvo o devido respeito por opinião contrária, creio ser das vezes em que é mais fácil de escolher.

abraço e boas corridas
MPaiva

Fernando Andrade. disse...

Olá, Adelino
Quando disse "-que fale agora ou que se cale para sempre" -referia-me, obviamente, aos que não votam e depois falam. Quem vota e se engana...isso já é outra conversa, pois todos estarão sujeitos a isso.
Abraço.

Amigo Paiva

O nosso regime, de facto precisa de uma volta. Diz-se que o PR é o mais alto magistrado da Nação, mas a sua autoridade é permanentemente questionada.
Como é que se pode admitir que "quem manda mais" fale e depois, quem lhe está a seguir, venha dizer para ele se meter nas suas "competências" e o deixe em paz.
Uns dizem :-é!
Ele diz:- não é!
Voltam à carga: -é sim senhor!
Ele: - Pronto..Está bem.Ganhaste!
Que raio de autoridade é esta?
Venha de lá o mais pintado, que com um regime destes, sem se ferir a Constituição, ninguém consegue fazer nada disto.
36 anos de experiências ainda não terão sido o suficiente para se ver que isto não funciona? A "repartição de poderes" é uma coisa muito bonita mas dizermos que todos mandam é quase a mesma coisa que dizermos que não manda ninguém.
É claro que isto sou eu a falar, ou melhor, é "a ignorância do macaco."
Abraço.

Unknown disse...

Comungo da sua opinião, amigo Fernando... Descrentes ou não, a verdade é que daqui por uns tempos, depois do sufrágio, vai continuar a haver descrentes... e contentes; votar é participar e conquistar o direito à opinião!
Neste corrida, que ganhe - não o que tiver mais pernas, mas o que tiver mais coração!

amsf disse...

As elites nacionais vão receber o meu cartão vermelho da mão do candidato José Manuel COELHO!

Ainda acredito numa 2ª volta que depende dos portugueses e não das empresas de sondagens...

Anónimo disse...

Tem toda a razão o Fernando quando diz: "-que fale agora ou que se cale para sempre"…

E não são tão poucos quanto isso! Nas últimas eleições para Presidência da República foram nada mais, nada menos que 3.495.207 portugueses, 38.47 %!

Bastava que votassem em branco e eu queria ver como é o candidato mais votado – Cavaco Silva (ou outro) com 2.773.421 votos – reagiria… Será que tinha coragem de assumir o cargo contra maioria?...

Não votam, mas acham que têm o direito de alguém lhes resolver os problemas…

Há quem ache um ridículo votar no Coelho. Eu não acho. Ridículo (apesar de ser um direito) é não votar!

Votem! Exerçam a vossa cidadania! Se nenhum dos candidatos vos agrada ou dá confiança, votem em branco!!!

Um Abraço

Orlando Duarte

Unknown disse...

Fernando;

Bom artigo de "cidadão". Afinal temos em Portugal, muita gente que fala, mas quando chega à hora de votar, fica em casa.
E com toda a razão dizes, que se calem, pois não serve de nada falarem quando chega à hora de participarem e não o fazem.

A democracia é assim mesmo, quem vota faz sentir a sua voz, e quem não vota não conta.
Então nos Portugueses emigrantes existem uma abstenção exagerada e depois andam todos aí pelos cantos a miar!!, Conheço muito deste tipo de falta de participação cívica.

Vamos todos votar. É importante, agora e sempre.

Um abraço amigo
dos Xavier's