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domingo, 8 de abril de 2012

E nós, Constância?

Querida Constância. Espero que estejas bem, embora afectada pela magreza das vacas que são tratadas pelos três miseráveis “pastores” que se instalaram entre nós e não se importam nada que elas emagreçam e vão definhando por desnutrição.


Hoje foi o teu dia e não nos convidaste! E tu sabes quanto gostamos de estar contigo. Talvez por não nos poderes receber como nos outros anos, não nos quiseste aí. Mas connosco, também sabes bem, não precisavas de fazer cerimónia. Bastaria que permitisses a nossa visita. Correríamos na margem do teu rio, visitaríamos as tuas ruas lindíssimas e as belas fatiotas que vestiram para esta ocasião, mataríamos as saudades, invocaríamos a História, confraternizaríamos à volta da mesa de um qualquer restaurante dos teus e regressaríamos contentes por te ter sentido.

O teu merecimento é o mesmo. Não tens que ter vergonha dos tempos.

Oh Constância… porque nos abandonaste ?


4 comentários:

JoaoLima disse...

Excelente texto!

Lembrámo-nos os dois de escrever sobre a Vila Poema...

Um abraço, amigo Fernando

Nuno Sentieiro Marques disse...

Caro Amigo...como te percebo.
Sou Ribatejano (Riachos-Torres Novas) e como tal as festas de Contância foram e sempre serão...as festas de Constância.
Depois da experiência única que foi a de fazer parte dos "realizados de Serra", contigo, não podia deixar de ter alguma ideia para colmatar esta decisão da CMC.
Por ser um local mais distante e não haver capacidade para grande gestão orgazinativa, com a devida segurança incluída, nos R4F decidimos prestar a devida homenagem ao Grande Prémio da Vila, mas "apenas" com elementos do Grupo, não tinhamos capacidade para numa semana fazer mais...e a segurança era fundamental, pois estamos a falar de uma estrada com algum movimento e com muitas curvas.
Assim sendo, com saída marcada para a hora da prova, arrancámos de Constância a correr, pelo trajecto da prova, seguimos depois até ao Castelo do Bode onde cruzámos o Rio e na margem contrária, esperávam-nos canoas, pagaias e coletes e a respectiva equipa de orientadores(segurança, segurança, segurança ).
Lá deslizámos rio abaixo, de volta a Constância.
Terminámos com um mega piquenique e a homenagem a tão antiga e especial prova ficou feita.
Ao todo, entre corredores, navegadores e acompanhantes, juntámos quase 70 pessoas...foi uma bela festa num dia muito especial.
Pró ano...se não hover grande prémio...alguma coisa se arranjará.

Grande Abraço, amigo inconformado, de outro inconformado como Tu :).

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

Esperemos que para o ano se realize...

Constância é de facto especial.

Por outro lado, Constância está sempre lá para nos receber, porque quem "faz as corridas" são as pessoas, somos nós. E a provar isso está aí esse grupo de amigos que se juntou e foi lá correr.

Beijinho Fernando

Jorge Branco disse...

As provas tem que se adaptar aos tempos que correm e não terem vergonha! O ano passado recebi um medalha em Contânica por uma caminhada.
Não seria melhor poupar na "lata" e manter a prova?
Mas se não há dinheiro para a "lata" mão se pode ter vergonha de fazer a prova mesmo mais "pobre".
Que se ponha os olhos no treino do Fim da Europa que é a prova que a "malta" alinha mesmo sem trazer "tralha" para casa".
Nota: até gosto das medalhas, das camisolas etc (até talvez porque quando comecei a fazer provas ainda não havia nada disso!) mas gosto muito mais é de correr por isso nunca vou escolher uma prova em função dos brindes nem me vou ofender se uma organização tiver de reduzir o orçamento, drasticamente.