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segunda-feira, 7 de maio de 2018

9ª Prova do Ano: Eco Maratona de Lisboa (Meia)



À chegada ao local (foto do meu amigo Nelson Barreiros)

Com o grande João Paulo Félix, acabado de chegar da aventura Tróia-Sagres a correr (foto de Nelson Barreiros)


Lisbon Ecomarathon !  Tratando-se de um conceito que ultrapassa fronteiras, até aceito, a designação apesar do “formigueiro” que me causam estes rótulos em território -por enquanto- português.
Embora inscrito inicialmente na Maratona, comecei a ver que o melhor era virar a agulha para a Meia, para não me armar em parvo e acabar –se acabasse – de gatas.
Estava um dia de Verão, com o céu limpo e uma temperatura elevada, propícia a um bom escaldão, não fosse a refrescante sombrinha do arvoredo de Monsanto.
No topo Norte do Parque Eduardo VII, a Maratona saíu às 8;30H com cerca de uma centena de atletas. A Meia, onde alinhei, uma hora depois, com mais do dobro.
É uma prova difícil disputada maioritariamente em terreno de terra batida e com desníveis por vezes acentuados, o que obriga a que os tempos registados, sejam bastante superiores à media dos tempos das provas em estrada com idêntica distância.
As marcações estavam feitas com placas amarelas bem visíveis e colocadas estrategicamente. Não obstante, e infelizmente, os primeiros atletas da maratona foram induzidos em erro não pelas placas, mas por indicação errada de voluntários, o que os obrigou a fazer mais meia dúzia de Km, o que leva a acautelar, de futuro, a idoneidade dos colaboradores, pois é sempre a Organização que responde por estas situações que se lamentam. Numa tentativa de remediar o mal, os atletas prejudicados foram compensados com um bónus de tempo equivalente aos km em excesso. Mas é claro que uma coisa é fazer-se os esperados 42 Km, outra é o fazer-se 50Km com a carga de desânimo que isso implica. (Ia eu ao Km 7, quando passa por mim o João Faustino, que era um dos candidatos à vitória na Maratona, lamentando-se de ter sido enganado no percurso).  Foi pena esta mancha, numa organização que considero de grande qualidade, mas com um subaproveitamento das estruturas e condições colocadas à disposição dos atletas. Nesse aspecto, estava ao nível do melhor que se tem visto por aí. Gostei de ver um grupo de umas dezenas de franceses, de Mèdoc, da tal maratona especial de Setembro, disputada no meio dos vinhedos. Contagiante a sua boa disposição; o Marathon Man, que, durante o percurso, ao longo de vários Km ia à minha frente, fazendo a reportagem, comentando, filmando e entrevistando os atletas que estavam próximos. Destaque para os abastecimentos, feitos por uma quantidade enorme de voluntários, que revelaram  um cuidado extremo na recolha das embalagens usados pelos atletas.
Há, no entanto, que reflectir sobre os motivos que não atraíram os atletas para um evento deste gabarito.
Cá para mim, se tivesse alguma voz na Organização, faria dois reparos, que valem o que valem:
- Que tal uma taxa de inscrição mais convidativa ?  É que se não se pretende mexer na data –o que é cada vez mais difícil – há que oferecer melhores condições que a concorrência e a taxa de inscrição é o “cartão de visita” de qualquer prova. Pode até a qualidade do serviço justificar uma inscrição elevada, mas não é esse o principal factor que é procurado por quem só gosta de correr.
- A existência de uma Meia Maratona retira atletas da prova principal (contra mim falo, que optei pelos 21). Quando muito, associado à Maratona, poderia haver uma prova curta de 10 ou 15km. A visibilidade, não devemos esquecer, está na prova principal, que não deve ser secundarizada pelas provas acessórias.
Tudo o resto, enche as medidas dos mais exigentes, com nota máxima: delimitação do espaço da zona de partida, forças de socorro e segurança, massagem, sanitários, som ambiente e serviço de speaker de qualidade, zona de descontracção com mesas, bancos corridos à sombra de enormes chapéus de sol, onde nos refrescávamos com 1,2,3 ou 4 (como no meu caso) imperiais Superbocks fresquinhas. Até pipocas havia por ali. Quem não esteve lá é que perdeu. Pronto, falei (como agora se ouve).
Quanto à minha prova, foi assim:106º da Geral (entre 255) e 6º do escalão (em 7), o que quer dizer que os velhos andam a correr muito. Mas está tudo aqui.


3 comentários:

Nuno Cabeça disse...

Parabéns pelas observações e conselhos de quem sabe.

Parabéns pela Prova!

Anónimo disse...

Mestre

pois é isso mesmo, a taxa de inscrição era bastante puxada, talvez com o nome em inglês os atletas alvo sejam os turistas, mas se era isso parece que também não resultou.
Abraço,
António Almeida

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

Parece um percurso convidativo. Já o engano de 42 para 50 km...não lembra a ninguém.
Parabéns pela meta cortada.
Bom descanso e até sábado.