É um caso de amor, o do Lorvão,
Que, por promessa feita à sua amada
(De alimentar os laços da união),
Não fariam corridas separadas.
Com a Júlia na Mini, a solidão
Que ele na Meia, tinha declarada,
Horas difíceis já se avizinhavam
P’ra mais de trinta mil que se apinhavam.
Mas fez-se luz, surgiu a solução
P’ra que estivessem juntos na partida:
É que sem tê-la ao lado, mão com mão
Podia, ao menos tê-la convertida
Num pedaço de plástico em botão
(Com a sua identidade definida)
Unido ao pé por um atacador
Mantendo, assim, a par, o seu amor.
Só que à chegada, estava alguém atento
Que o filme viu por vezes repetidas.
Ele chegou, por sinal, pouco lento
Mas dela ninguém viu as investidas.
Levanta-se a questão e o lamento
De se verem meninas destituídas
Do prémio justo, pois por caricato,
Estava a Júlia escondida num sapato.
“-É crime!” diz a malta com razão.
Onde está a verdade desportiva ?
Ao terrível exemplo do Lorvão
Haja quem tenha nele voz activa.
Estabeleça-se então uma sansão
Que de tais fraudes seja correctiva.
Não digo o vírus destas novas gripes
Que é castigo bastante um... par de chips.
4 comentários:
assim escrevi o amor
Muito bom. Mesmo. Parabens Fernando. O Lorvão bastava correr com a sua amanda junto ao coração :-)
Amigo Fernando,
Gostei dessa do "par de chips", é o mínimo que se pode dar ao Lorvão.
Bem utilizada, neste caso, a poesia ao dispôr da crítica.
Abraço
José Alberto
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Obrigado e desculpa mais uma vez.
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