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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

11ª Prova do ano : 42ª Meia Maratona da Nazaré





Depois de uma semana a Voltaren
(Sequelas da invicta maratona)
Não podia faltar àquela a quem
Mais deve quem mais meias colecciona:
- Nazaré, a primeira , ainda tem
Uma envolvência tal que me emociona:
A terra, o mar, a gente, a nostalgia…
E sinto as emoções que antes sentia.

Dizem que já não é o que era. Já não atrai milhares; já não gasta milhares;já não tem vedetas. Mas Nazaré está lá, com a mesma beleza turística, com a mesma simpatia de gente, com o mesmo espírito organizativo, a dar a mesma atenção aos visitantes corredores. O "mal" não estará na Nazaré.
Nos tempos que correm, assiste-se a uma "pulverização" de provas no território português, em datas coincidentes, proporcionando uma oferta muito variada a quem quiser ir fazer a sua corridita de fim-de-semana. Para uma grande parte da gente que corre, as opções baseiam-se em tudo menos em história. Escolhem uma prova e está feito. Vão correr.
Mas para aqueles que estão mais ligados às origens da Corrida para Todos nunca conseguirão esquecer a Nazaré, como a grande Prova Portuguesa, a única que arrastava multidões e aquela que enchia páginas de jornais. Quem esteve nessas edições, não consegue desligar-se do verdadeiro significado desta Meia Maratona. Eu, pelo menos, não consigo. Devo-lhe, por isso, um grande respeito e, só se não puder mesmo, é que falto. Tenho tido sorte e, das 42 edições realizadas, terei falhado, talvez, meia dúzia de vezes. Eu sei que é mau sinal (estou a ficar demasiado cota), mas pelo menos os cotas como eu, entenderão o que pretendo dizer.
Quero dar os parabéns à organização por continuarem com total entrega a este projecto quarentão, sem se deixar desanimar pela redução do número de atletas. Gostei particularmente do momento em que foi homenageado o Senhor da Pastelaria Batel, que desde a 1ª hora esteve ligado à Meia da Nazaré, oferecendo as saborosíssimas broas de mel que nos oferecem à chegada.
Continuas a ser a "Mãe", Nazaré. Há valores (de lealdade e reconhecimento) que nunca se deviam perder.
Quanto à minha prova, não foi má de todo: 1,55. 427º classificado. Por curiosidade fui ver a marca que tinha feito quando lá fui a 1ª vez, na 4ª edição, em 1978: 1,23,31 - 426º classificado. A piada disto é que, entre uma e outra, só perdi um lugar.

5 comentários:

Alexandre Duarte disse...

Entendo-te tão bem Companheiro e por isso serei "cota"!
A Nazaré foi o local onde há 30 anos me estreei e desde há uns anos é a única prova de estrada que faço, uma vez que aderi por completo à corrida nos Trilhos.
Por isso tive tanta pena de não poder participar este ano, por lesão.
Sinto minhas as palavras e os sentimentos que descreveste tão bem. Por isso gosto de lá chegar cedo, para dar um passeio calmo na marginal, ainda deserta de gentes. A Nazaré é e será sempre única para mim. É e será sempre a Mãe das minhas corridinhas, a lembrar a minha Mãe, a da vida real e que me acompanhou algumas vezes,que deixam tanta saudade!
Obrigado por escreveres isto e fazeres-me lembrar um pouco aquilo que perdi este ano.
Com sorte pode ser que nos encontremos lá na 43a. Seria muito bom.
Abraço

JoaoLima disse...

Concordo em absoluto contigo sobre o que é a Nazaré.
Também eu tento nunca faltar a esta prova mítica e responsável das corridas serem o que são. No entanto, este ano não estive presente pois as minhas capacidades não são iguais ao Cidadão de Corrida e não conseguiria fazer uma Meia apenas uma semana após uma Maratona.
Assim, para grande pena minha, tive que faltar este ano.
Quanto aos calendários com cada vez mais opções, é uma verdade. Mas também a Nazaré está a ser anunciada muito tarde (este ano e o anterior só anunciaram a data um mês antes) e a publicidade tem sido nula. Ora para os conhecedores da história da corrida, isso não é relevante, mas para grande massa do pelotão, sem publicidade e uma data tão em cima da hora, é o suficiente para não os puxar. E a prova é que nestes dois anos cuja data foi anunciada apenas um mês antes, foi quando se deu a grande quebra de participantes. As duas edições menos participadas com excepção das 2 primeiras (1975 e 1976)
Um abraço e longa vida à Mãe!

Joaquim Costa disse...

PARABÉNS por mais uma participação na mãe de todas as meias maratonas.Concordo com tudo o que escreve , também é uma prova que a mim me diz muito pois foi lá que fiz a minha estreia ...muito mais tarde que o meu amigo , em 2005 .Tenho pena de não participar tantas vezes como queria , este ano decidi ir á maratona e as pernas não aguentavam outro empeno em tão pouco tempo.
Grande abraço e tudo de bom para si.

Unknown disse...

Muito obrigado por gostarem tanto de nós e participarem na nossa ,vossa festa porque afinal se não houver atletas não ha festa ! Grande abraço.

Anónimo disse...

Grande mestre, sempre em forma.
Tenho como uma das melhores das muitas recordações da Nazaré aquela meta que cortámos com a Vitória.
Também eu adoro a Nazaré mas de momento ando um pouco afastado das provas pelo que mais uma vez faltei à "mãe".

Continuação dessa forma.
António