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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A Reacção

Eu já sabia que, com o texto que antecede, iria imiscuir-me num mundo demasiado “enevoado” para os olhos do cidadão comum, mas fi-lo, dando a cara e consciente de que passaria a ser uma persona non grata por tê-lo tornado público comprometendo, de certa forma, todos os que tenham algo a ver com a situação criada. Deveria ter “comido e calado”!?

Não se fez esperar a reacção do Senhor Comendador que me telefonou (quanta honra!) para, do seu jeito, me perguntar se eu era de S. João das Lampas !? No seu entendimento, se eu fosse desta terra, nunca iria pôr em causa a ampliação de uma fábrica que dava trabalho a quatrocentas pessoas e onde o meu pai também tinha trabalhado durante tantos anos (afinal conhecia-me!). E continuou, perguntando-me pelo projecto da minha casa (convencido de que não estava licenciada) e afirmando que eu “não tinha dimensão” para falar naquelas coisas! Que eu estaria a ser “mandarete da Junta de Freguesia” ! E ainda que eu andava a “promover-me com o dinheiro dos outros”, nas organizações de corridas, com “galucho para cá, galucho para lá” e afinal era com estes “disparates” que estava a ser amigo da terra! Falou, também – não sei a que propósito – se eu achava bem que a bomba de gasolina tivesse sido aprovada no local onde foi instalada!?

Fui respondendo conforme podia (pois já se sabe que num diálogo com quem está num patamar “tão acima” é difícil arranjar uma “brecha” onde possamos dizer da nossa justiça). Umas coisas disse, outras ficaram por dizer, mas não me “encolhi” perante a intimidação do Senhor Comendador que, já se sabe, possuirá “plenos poderes” para atingir os fins a que se propõe .

Com o máximo de calma possível, apenas lhe respondi que, se ele leu bem o que eu tinha escrito, começava por sublinhar a importância da fábrica e por concordar com a sua ampliação, mas não daquela forma. Que, se à frente da sua casa lhe fosse feita uma parede com 8 ou 10 metros de altura, retirando-lhe, por completo, o sol, também, ele se iria indignar; a minha casa estava devidamente licenciada e respeitava os afastamentos necessários, o que não acontecia neste caso; que sabia não ter “dimensão” para falar destes assuntos, principalmente perante quem só sabe apreciar as pessoas pelo único valor que conhece que é o do dinheiro; que a posição que assumi foi enquanto morador que se sente lesado e não a mando de ninguém, pois ninguém ne retira o direito de pensar pela minha própria cabeça; ironizei que tinha “ganho rios de dinheiro” com a organização de provas de atletismo (Não disse do destaque publicitário dado à empresa, proporcionalmente bastante superior ao seu contributo, mesmo nos anos em que ele não se verifica).

Tratou-se de um diálogo “interessante” sobretudo porque foi regido por duas lógicas e, como tal, não nos levaria a lado nenhum: Ele a entender que fui eu que fiz a asneira e eu a entender que foi ele.

Este “jogo” ainda vai na primeira parte, mas o “resultado” até agora é o seguinte: Poder económico : UM – Poder Político : ZERO, mas a “equipa” que lidera o marcador deu sinais de “inquietação” face às “assobiadelas do público”.

3 comentários:

Vitalino Cara D'Anjo disse...

Afinal a coisa sempre "esquentou"
Um Abraço
V.C.A.

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

Parabéns pelo blog Fernando!

Agora, dê-me um tempinho, já tem tanta coisa para ler!

Até muito breve

Ana Pereira

Fernando Andrade. disse...

Olá Vitalino
Olá Ana

Graças a ambos já tenho um "painel" de comentadores das minhas divagações "secantes" como diria um puto que eu conheço.
Por enquanto ainda não me pus a falar de corridas para aguentar melhor a quarentena a que estou submetido por tempo indeterminado.
Tenho, agora, de ver como é que se coloca a listagem dos blogs da malta amiga.
Abraço.
FA