Dá última vez que lá estive, há 2 anos, a coisa não me correu lá muito bem, mas, vendo à distância não foi mau de todo. Fiz um registo dessa participação, que aqui relembro:
30ª Maratona de Madrid
Desfrutar do contacto próximo com uma organização 5 estrelas, estar entre milhares de pessoas com a mesma “pancada”, ouvir um público que sabe apoiar com entusiasmo o gesto simples da corrida, foi o que me levou a Madrid, mesmo sabendo que não estava suficientemente preparado para correr, pela 4ª vez, esta Maratona.
O Sábado foi “stressante”. E começou logo às 4 da matina, mas às 9h ainda estava a 30 Km de casa! A pé teria demorado menos. É que uma avaria quando estavam percorridos 200 Km, obrigou-nos a regressar (de táxi,claro) e fazer um “restart” da viagem. Chegámos, assim, com 4 horas de atraso a Madrid. Éramos 4 : Eu, o Carlos Neto, o Luis Miguel e a Yolanda, sua mulher.Chegados a Madrid, parecia que tudo estava “enguiçado” : Primeiro não atinávamos com a Casa de Campo onde decorria a entrega dos dorsais, a Feira e a Pasta Party; depois, como entrámos naquele enorme parque, por um sítio diferente do habitual, fartámo-nos de andar até dar com aquilo; depois de levantarmos os dorsais, fomos rapidamente para a Pasta, pois devia estar a fechar. E estava. Vieram logo ao nosso encontro a gesticular e a “espanholar” como que a dizer que já não podíamos entrar. Mas entrámos, pois vimos muito bem que ainda havia por ali muita massa e nós, depois do que passámos, só queríamos “um pratinho de comida”, quais sem-abrigo à porta da “Sopa do Sidónio”. Mas lá comemos – e bem- e também bebemos uma agradável cervejinha, enquanto ouvíamos uma bem disposta e movimentada banda fardada de verde vivo que tocava umas músicas alegres, conforme nós estávamos a precisar para que o nosso moral subisse um bocadinho. Entre a meia dúzia de pessoas que por ali estavam, avisto e cumprimento o José Valentim (C. Ferroviário) e o Mayer Raposo (Lebres do Sado). Estes são dos que vão mesmo a todas (tinham estado na Maratona do Lopes e já estavam prontos para outra)!Com mais calma, fomos visitar a Feira. Uma feira que, apesar da hora tardia, ainda estava a funcionar quase a 100%, com bastantes stands promocionais, de marcas e de eventos. Toca o telefone. Era o Jorge Teixeira, que já tinha abandonado o local (onde tinha estado a promover a Maratona do Porto) e, logo a seguir, o João Hébil. Era preciso combinarmos o local do encontro para o jantar, à semelhança do que fizemos em 2006. Encaminhámo-nos para o Hotel, o que teria sido rápido se o trânsito fluisse, mas, ao invés, estava mesmo engarrafadinho de todo! Chegámos ao Hotel, mas estacionamento… é mentira! Demos voltas e mais voltas até conseguirmos entrar no parque. Carrinho arrumado (… e não mexe mais!...) e lá fomos fazer o check in, pois o pessoal já estava à espera para irmos até ao restaurante preferido do João Hébil, que ainda ficava um bocadinho longe dali.
Foi um jantar muito agradável que teve um único senão :- tinha que ser rápido, pois era preciso dormir bem e levantar cedinho. Combinámos, então um local para nos juntarmos na partida da Prova .
O Dia da Prova (22 de Abril) amanheceu com boa cara. Pensámos, até, que iria fazer um bocadinho de calor.Tomado o “desajuno” no Hotel ( desta vez estava “à defesa”...) fomo-nos encaminhado para o local da partida. Mais uma vez, o desencontro total com os nossos companheiros, no local designado (ponto a rever em futuras edições). Pior ainda : éramos 3 (mais a “claque” – olá, Yolanda! ) e passámos a ser 2, pois o Carlos Neto que foi a um WC, “desapareceu “.Os paraquedistas lá vinham caindo dos céus, para dar início ao espectáculo, como, aliás, tem acontecido em anos anteriores . E, já agora, porque é que acham que em S. João das Lampas também houve paraquedistas ?Enquanto esperávamos pela hora, fomos observando o que nos rodeava : a crescente “compactação” dos atletas ; o “aldrabão” que, por sua iniciativa fez uma placa que dizia “sub 4,30” e gozava com a uma primeira “triagem” que tinha proporcionado, pois os balões verdadeiros só apareceram depois e eram todos azuis. O das 3,30, ainda antes do tiro da partida, “escapou” e houve risos porque ninguém foi capaz de o seguir, pois o “danado” subia depressa demais. Mas havia mais dois para a mesma marca.
Ouvimos um estoiro (Boa Prova, Luis) e toda aquela mancha humana começou a movimentar-se Passeo de la Castellana acima. A subida parecia-me suave mas, como sabia que a preparação para esta maratona tinha sido fracota, achei que os 5 minutos/Km era o andamento mais acertado. E isso dar-me-ia uma marca na casa das 3,30 . Era só “estar a pau” com o balão. Só que, o desfazamento entre o tempo do tiro e a minha passagem pela linha de partida, deu uma tal vantagem ao balão que eu, a correr a 4,45 só o via ... lá longe... e não notava aproximação. Pensei : Ná... isto tem que ser recuperado em 40 km e não em 4 ou 5. Aos 13 Km apanho um, mas esse era o das 3,45!O outro só me aproximei aos 19Km e foi por pouco tempo. Tive de o deixar ir (para a frente, bem entendido!) .
Meia Maratona : 1,44 ! Era mais ou menos o que estava nos planos mas vi logo que a condição não estava como noutras situações idênticas . Vai um power gel ! Passados 3 ou 4 km achei que aquilo fez algum efeito, pois senti-me recuperado. Nos abastecimentos, ia-me sempre hidratando ( e os abastecimentos eram abundantes, com apenas 2,5 km de intervalo ). Mas aquele terrível sobe-e-desce levou-me, novamente, abaixo . Os incentivos do público, que tão importantes se revelavam, eram insuficientes para suprir a minha falta de preparação. A partir dos 30Km deixei de olhar para o relógio, não para deixar de sentir a pressão do tempo previsto, mas para não me confrontar com o andamento “triste” que estava a fazer. Já só pensava chegar ao fim . Aos 40km parei no abastecimento. Andei durante uns 30 metros mas tive de voltar a correr senão ficava “pregado”.
Passa o balão das 3,45 ! Apetecia-me chamar-lhe nomes, mas era sobre mim que esses nomes iriam cair! Lá entrei no Jardim do Retiro onde estava instalada a meta e faço os últimos metros, procurando uma pose o menos sofrida possível, pois sabia que as máquinas fotográficas procuravam expressões felizes.
3,44 (tempo real) o meu 2º pior tempo das 27 Maratonas que fiz . É bem feito! Não porque lá fui, mas porque não me preparei convenientemente.Depois vêm os apetecidos momentos de descontracção: -a cervejinha (experimentei, soube-me bem mas dei-me mal : “gregório”) as coca-colas e os aquários, as águas, mas... para mim, o melhor de tudo eram aquelas fatias de suculentas melancias : mmmmmmaraviha ! E vai outra ... e outra.... e outra.... Ahhhhh.Apesar da marca, gostei muito desta prova, que, este ano, apresentou um traçado ainda mais difícil, a dar indicações claras que é preciso prepará-la com alguns cuidados.É o que eu vou fazer para o ano. A análise desta prova resume-se a duas ou três expressões : A Maior Maratona Ibérica, durinha, mas com uma Organização excelente e por isso RECOMENDADA !Vão por mim .
4 comentários:
Pois é amigo, espero que as anomalias detectadas o Ano passado já estejam corrigidas. Só falta uma semana, aproveita bem estes últimos dias para uma boa recuperação, mas correndo.
Depois para descomprimir acompanha-me na Meia Maratona das Areias no dia 24 de Maio seguinte.
Abraço.
Ola Fernando
desejo uma boa prova, este fim de semana estou no metro. abraços.
Amigo Fernando,
Como vou de avião, que sai do Porto às 6h 35m da manhã, conto estar em Madrid logo bem cedo, pelo que possívelmente irei levantar o dorsal antes do almoço.
Passarei pelo stand da Run Porto e vamos a ver se será possível encontrarmo-nos por lá.
A que horas tenciona passar por lá?
De manhã ou de tarde?
Um abraço
José Alberto
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