Peço desculpa pelo trocadilho do título, se calhar, de mau gosto, mas vou mesmo falar da Meia Maratona do Douro Vinhateiro, pois o tema, embora largamente discutido, não se encontra esgotado. E quando digo que não se encontra esgotado não é que não seja claro que o que se passou foi uma falha gravíssima da organização. Há unanimidade nessa análise e toda a indignação sentida é plenamente justificada, se bem que a utilização de certas expressões pudessem ter sido evitadas, pois extravazam o nosso habitual vocabulário pacífico. Mas também essas acabam por se aceitar quando proferidas a quente, numa situação de debilidade física e emocional causada precisamente por um desequilíbrio hídrico da exclusiva responsabilidade da organização.
Quem lá esteve e sentiu na pele o problema terá muita dificuldade em compreender esta negligência grosseira – que só por sorte não teve consequências graves - por mais desculpas que a Organização apresente, por mais reembolsos que a Organização faça, por mais benesses que a Organização conceda. Sentirem-se enganados e tratados levianamente numa prova tão intensamente promovida, apela pouco ao espírito de benevolência de cada um dos milhares de participantes.
Como é que foi possível acontecer uma coisa destas?
Passemos, agora, para o lado da organização.
“Quanto maior a nau, maior a tormenta” e, pessoalmente, pareceu-me que o crescimento “explosivo” desta Meia Maratona exigiria um “traquejo” organizacional na mesma proporção. Houve uma dinâmica promocional a merecer nota de excelente, e, talvez, algum deslumbramento pelo sucesso alcançado nessa área, que retirou as atenções dos aspectos técnicos básicos. A parte difícil da organização foi conseguida; a parte fácil, mas determinante, não! E isso é o que custa mais a “engolir”.
E agora?
Houve, concerteza, organizadores de provas que vestiram a pele de atletas e estiveram no Douro, como é o caso do Jorge Teixeira, que esteve lá e fez um interessante comentário no “Correr por Prazer” e onde muitos outros participantes também desabafaram. Por norma, os organizadores são cautelosos nas críticas, pois sabem que uma prova depende de muitos sectores e de muitas cabeças e se uma falha, por mais simples que seja a tarefa, pode marcar o insucesso de um trabalho em que houve grande empenho e dedicação. E todos os organizadores estão sujeitos a que “entre areia na engrenagem”, a menos que deixem de se meter nestas coisas.
Todas as provas que vão criando historial, têm edições que correm bem, outras menos bem. Algumas mesmo mal.
A Meia Maratona do Douro Vinhateiro sofreu um revés. Seria uma pena que não se conjugassem esforços visando a sua reabilitação. Será à organização que competirá dar os primeiros passos e recuperar a confiança dos que gostam de correr, proporcionando-lhes um prazer acrescido, correndo numa região tão bonita.
Como na selecção de futebol, também aqui tenho um “feeling”que a 6ª Edição da MMDV irá colmatar as falhas cometidas e surpreender, pela positiva, os que lhe derem uma segunda oportunidade. É tão fácil corrigir o que falhou!
Quem lá esteve e sentiu na pele o problema terá muita dificuldade em compreender esta negligência grosseira – que só por sorte não teve consequências graves - por mais desculpas que a Organização apresente, por mais reembolsos que a Organização faça, por mais benesses que a Organização conceda. Sentirem-se enganados e tratados levianamente numa prova tão intensamente promovida, apela pouco ao espírito de benevolência de cada um dos milhares de participantes.
Como é que foi possível acontecer uma coisa destas?
Passemos, agora, para o lado da organização.
“Quanto maior a nau, maior a tormenta” e, pessoalmente, pareceu-me que o crescimento “explosivo” desta Meia Maratona exigiria um “traquejo” organizacional na mesma proporção. Houve uma dinâmica promocional a merecer nota de excelente, e, talvez, algum deslumbramento pelo sucesso alcançado nessa área, que retirou as atenções dos aspectos técnicos básicos. A parte difícil da organização foi conseguida; a parte fácil, mas determinante, não! E isso é o que custa mais a “engolir”.
E agora?
Houve, concerteza, organizadores de provas que vestiram a pele de atletas e estiveram no Douro, como é o caso do Jorge Teixeira, que esteve lá e fez um interessante comentário no “Correr por Prazer” e onde muitos outros participantes também desabafaram. Por norma, os organizadores são cautelosos nas críticas, pois sabem que uma prova depende de muitos sectores e de muitas cabeças e se uma falha, por mais simples que seja a tarefa, pode marcar o insucesso de um trabalho em que houve grande empenho e dedicação. E todos os organizadores estão sujeitos a que “entre areia na engrenagem”, a menos que deixem de se meter nestas coisas.
Todas as provas que vão criando historial, têm edições que correm bem, outras menos bem. Algumas mesmo mal.
A Meia Maratona do Douro Vinhateiro sofreu um revés. Seria uma pena que não se conjugassem esforços visando a sua reabilitação. Será à organização que competirá dar os primeiros passos e recuperar a confiança dos que gostam de correr, proporcionando-lhes um prazer acrescido, correndo numa região tão bonita.
Como na selecção de futebol, também aqui tenho um “feeling”que a 6ª Edição da MMDV irá colmatar as falhas cometidas e surpreender, pela positiva, os que lhe derem uma segunda oportunidade. É tão fácil corrigir o que falhou!
5 comentários:
Parabéns pelo raciocínio e pela reflexão muito bem ponderada que apresenta, contudo o primeiro passo terá de ser da organização e esse também seria tão simples como um "desculpem" sentido, ao invés de umas justificações ao estilo -politicamente correcto. Como sabe a honra não se resume ao facto de nunca se ter caído, mas sim em sermos capazes de levantarmo-nos novamente!
Abraço
Duarte Silva/Os Flechinhas
Caro Fernando, é sempre de apreciar a opinião ponderada deste blog (ao contrário do que se passa noutros locais da blogolândia, como por exemplo nos leoesdekantaoui); de qualquer das formas, é difícil aceitar as graves falhas , em coisas tão simples de efectuar, principalmente em se tratando de uma 5ª edição. De facto fizeram o mais difícil (mas menos importante) e falharam no mais fácil (e mais importante). A 6ª será melhor? Claro, esta foi tão má que uma pequena melhoria já parecerá um grande passo.
Só acredito numa adesão em massa - desculpa lá o tema amigo Orlando:) - se mudar a organização.
Um abraço,
JP
Caro Duarte
Aqui para nós, eu penso que a organização já foi suficientemente punida pela falha, com uma crítica severa por parte dos atletas. E imagino o que isso deve "doer" a quem viu tornar-se inglório o resultado de um trabalho de excelência, não fosse o malfadado descuido. Partilho da sua opinião que um pedido de desculpas deve ser sentido e humilde, em vez de formal, mas isso pode ser apenas uma questão de estilo. Sei, pois já tive oportunidade de contactar com o director da Prova, da mágoa por ele sentida, do reconhecimento da culpa e na aceitação até de ofensas em vez de críticas.
O que vai lá por dentro, "arrumaria" qualquer um que não tivesse espírito forte e objectividade nos seus princípios.
Sei que existe vontade de "renascer", pelo que é hora de se "enterrarem os machados de guerra" e juntarmos as forças que possam permitir-nos correr a gosto nas margens do Douro.
Abraço.
FA
Meu caro Meixedo
Muito obrigado pelas suas sempre amáveis palavras, mas olhe que os leões de kantaowi é mesmo daqueles blogues que eu não perco um apontamento, pois, para além da abordagem reflectida dos temas, tem o condão de trazer alegria ao espírito e isso é daquilo que mais precisamos. Mas, oh João, deixe-me que lhe diga que o que foi feito de mau, está feito - e bem pesa nos responsáveis - mas eu tenho a certeza que merecem uma 2ª oportunidade se concentrarmos as atenções no restante trabalho, que foi de grande valor. Corrigir o que falhou estará ao alcance de qualquer um, mas em tudo o resto já são poucos os que o conseguem.
Quanto ao mudar a organização, não me parece trazer mais valia, pois esta sabe o que é preciso e tratar-se-ia de desperdiçar um know how acumulado de grande mérito.
Grande abraço.
FA
Julgo que sim, devemos dar essa segunda oportunidade.
Mas isso é fácil para mim que não estive lá sofrer.
Entendo que para quem fez a prova seja mais muito mais complicado lá voltar.
Mas toda a gente tem direito a reabilitar-se dos seus erros.
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