Falhei. Não fiz o sorteio
Que estivera anunciado
E algo com que me chateio,
É que um que andou lá p´lo meio
Não pôde ser contemplado.
Desolado, o “campeão”
-Que era grande a fé que tinha-
Falou em “desilusão”
E à Meia de S.João
Já nunca mais ele vinha.
“-Dão duas folhas de louro!
É grande o descaramento
E p’ra quem deu grande estouro,
Nem uma medalha de ouro
Por tão grande sofrimento!
-Já não me apanham lá mais.
Paguei caro p’ra sofrer
E entrar em festivais
De organizações das tais
Que querem é “aparecer”.
Nem que todos tenham taça,
P’ra mim as Lampas jamé
Pois eu, corredor de raça
Não admito que alguém faça
Pouco desta minha “fé”!”
Enfim… com tal comentário
P’ra que ninguém se borrifa
Continuo o meu “calvário”
E em sorteio imaginário
Sai-me este gajo na rifa.
6 comentários:
Oi Fernando, só hoje tive tempo para espiolhar o seu blog, já tinha lido na revista de atletismo e achei duma tremenda injustiça aquilo que lá puseram relacionado com a meia maratona de S. João. Nunca fiz a meia, por sentir que é das uma mais dificeis do país, mas todos somos adultos e só corre quem quer, ou quem pode e haverá muitos neste país á beira mar plantado, que dariam até fortunas para a poder correr, "Ingratos".
Se essas pessoas fossem fazer a meia do Douro Vinhateiro, o que não diriam?
Mas Fernando não é por morrer uma andorinha que acaba a Primavera, e faço votos para que a meia de S. João tenha cada vês mais atletas porque Sintra merece uma prova assim.
Um abraço
Mário Lameirão
Amigo Mário
Obrigado pelas suas palavras, mas acredite que não são "bocas" como aquelas que nos fazem desanimar. E não se assuste com o que dizem sobre a dureza da Prova. Muitos são os que vêm a contar que seja um "papão" e afinal, constatam que, com um bom doseamento do esforço, a fazem sem problemas. Para o ano, espero que se "atreva" a fazer a Meia. Seria um prazer.
Grande abraço e, mais uma vez, obrigado pelo gesto solidário.
FA
Uma boa tarde a todos, e em especial ao amigo Fernando.
Pois é!... Tenho acompanhado com interesse as reacções (unânimes) dos amigos da Meia Maratona de S. João das Lampas... e já cheguei a uma conclusão:
- se o objectivo daquele "campeão", que correu com muito sacrifício, com a mente fixa no objectivo único - O SORTEIO (talvez de uma biciclete) - era dissuadir as pessoas a participar nesta prova, pois digo-lhe, "a mim convenceu-me do contrário!" Nunca corri essa meia maratona, mas agora, caso recupere da lesão que me traz afastado da estrada, estou curiosíssimo em conhecê-la! Mesmo sem sorteio!...
Parabéns à organização, porque mesmo quem está de fora consegue ver o carinho que esta granjeou junto do público, ao longo dos anos!
Olá, Amigo Carlos
Agradeço-lhe a atenção dispensada ao "folhetim" e espero que a sua lesão não demore a debelar e lhe permita dar largas ao gosto pela corrida.
Creia que teria o maior prazer em tê-lo aqui na Meia de S.J.Lampas na 35ª edição, que muito gostaria de transformar numa enorme festa do desporto pedestre.
Grande abraço.
FA
Fernando;
É desta maneira, que se mostram os louros de uma prova desportiva, com este tipo de desportivismo poético, que muito admiro no Fernando.
Já agora d6em lá um prémio ao homem, que afinal não é anónimo, tem rosto e nome.
Dê-lhe o prémio da incorrecção e do anti-desportista, nisso ele fcou em primeiro lugar....seus aldrabões hein!!!
Nestemomento a comer um esparguete à bolognhesa, feita por mim e a beber dois copinhos de tinto caseiro da região de Torres Vedras, porque amanhã temos uma prova de 10 km!!
Um grande abraço amigo dos
Xavier's
Obrigado Xavier.
Olhe que me meteu "inveja" esse esparguete com tinto de região de Torres Vedras, saboreado lá para os lados de Amsterdan. Vive-se mais intendamente Portugal, quando se está fora dele. Por cá, os motivos de orgulho luso limitam-se à força da História, pois no presente, vamos tendo muito pouco para nos orgulharmos.
Vai mais um "golinho". À nossa.
Grande abraço
FA
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