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quinta-feira, 3 de março de 2011

Demissão ou...sinal do tempo?

No final da última Assembleia Geral , em Lamego, em Nov.2010, com Artur Domingos e Fernando Mota
Não escondo alguma desilusão com esta saída surpreendente do Prof. Fernando Mota, do leme da FPA, após 18 anos de liderança e depois de tantos sucessos alcançados pela modalidade.

Estou solidário com ele, pois acho-o uma pessoa competente, simpática e empenhado no cargo que ocupava.

Conforme veio a público, esta renúncia ao cargo terá sido justificada por um erro cometido pela Federação, relativamente à inscrição da Sara Moreira nos Europeus de Pista Coberta que este fim de semana terão lugar em Paris.

Como responsável máximo pela FPA, chamou a si o erro e demitiu-se, numa atitude de grande dignidade mas que me permito considerar desproporcionada. É verdade que assim sai por vontade própria e não pela disposição legal que lhe limita o número de mandatos.

Mas… acaso terá sido esta a única vez que a FPA falhou ? certamente que não e não há história de que alguém se tenha demitido, a não ser por divergências e não propriamente por erros.

No sentido de ser feita uma análise desta situação, foi hoje convocada uma Assembleia Geral Extraordinária para o próximo dia 19 de Março.

É grande a expectativa .

1 comentário:

Unknown disse...

Olá amigo Fernando!
Penso que tocou no cerne da questão: uma carreira de 18 anos dedicada ao atletismo valem muito mais que um erro crasso de alguém, daí a desproporcionalidade.
Então porquê a demissão do professor? Por essa mesma dignidade! O erro é grave, embora as suas consequências até possam não vir a ser relevantes (se fosse Obikwelu na maratona, seria o mesmo erro mas com consequências agravadas). Como tal, a sua dignidade fê-lo assumir esse erro, o que lhe permite apaziguar as mentes "vampirescas" de muitos, sempre à espera que rolem cabeças.
O que seria se não houvesse uma atitude drástica por parte da Federação e se a participação da Sara fosse um rotundo desastre?...
Penso que esta demissão permitirá aos portugueses reconhecer todo o trabalho desses 18 anos ao professor Fernando Mota... e achar que foi realmente desproporcional a sua demissão.
Agora, resta desejar boa sorte à Sara. Quem sabe, descobre novas potencialidades...