Foto: omundodacorrida.com
A cidadã belga radicada há vários anos em Portugal, Chantal Xervelle, ganhou, em Abril de 2007, a Gold Marathon organizada pela Fundação Carlos Lopes, na cidade de Lisboa.
Foi ao controlo anti-doping, esteve no pódio e tudo e foi até fotografada com um gigantesco cheque na mão, em sinal da quantia que viria a receber como prémio. Mentira!
Soube, há dias, que não lhe deram nada dizendo que o regulamento previa que tal prémio seria só para quem tivesse nacionalidade portuguesa.
Fica no ar a pergunta : -“que prémios teria ganho Carlos Lopes no estrangeiro, se as organizações das provas tivessem tido semelhante procedimento ?”
Uma organização tem toda a legitimidade para – e só a ela compete - elaborar os regulamentos dos eventos que promove.
Nunca este direito foi posto em causa.
Mas, mesmo para quem não entende nada de leis como é o meu caso, sabe que os regulamentos não podem ferir as leis que, hierarquicamente, lhes são superiores.
Sem invocar essas leis - que desconheço, mas que presumo existirem (é só procurar) - parece-me que um regulamento que pretenda defender os atletas portugueses não pode contrariar os compromissos do nosso país com o resto da Europa. Um português na Bélgica tem os mesmos direitos de um belga em Portugal. E se um qualquer regulamento vier dizer o contrário e tiver força legal, então, meus amigos, se já percebia pouco disto, passei a não perceber mesmo nada .
Lembremos o destino da Chantal
Que, decidida, ousou vencer a Prova.
Ao pódim vai, em gesto triunfal,
Recebe aplausos e a força se renova.
Eis senão quando, ordens do maioral,
Sem argumento algum que o demova,
Lhe é dito da forma mais descarada :
“- Ganhaste, mas não tens direito a nada!”
Foi ao controlo anti-doping, esteve no pódio e tudo e foi até fotografada com um gigantesco cheque na mão, em sinal da quantia que viria a receber como prémio. Mentira!
Soube, há dias, que não lhe deram nada dizendo que o regulamento previa que tal prémio seria só para quem tivesse nacionalidade portuguesa.
Fica no ar a pergunta : -“que prémios teria ganho Carlos Lopes no estrangeiro, se as organizações das provas tivessem tido semelhante procedimento ?”
Uma organização tem toda a legitimidade para – e só a ela compete - elaborar os regulamentos dos eventos que promove.
Nunca este direito foi posto em causa.
Mas, mesmo para quem não entende nada de leis como é o meu caso, sabe que os regulamentos não podem ferir as leis que, hierarquicamente, lhes são superiores.
Sem invocar essas leis - que desconheço, mas que presumo existirem (é só procurar) - parece-me que um regulamento que pretenda defender os atletas portugueses não pode contrariar os compromissos do nosso país com o resto da Europa. Um português na Bélgica tem os mesmos direitos de um belga em Portugal. E se um qualquer regulamento vier dizer o contrário e tiver força legal, então, meus amigos, se já percebia pouco disto, passei a não perceber mesmo nada .
Lembremos o destino da Chantal
Que, decidida, ousou vencer a Prova.
Ao pódim vai, em gesto triunfal,
Recebe aplausos e a força se renova.
Eis senão quando, ordens do maioral,
Sem argumento algum que o demova,
Lhe é dito da forma mais descarada :
“- Ganhaste, mas não tens direito a nada!”
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