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terça-feira, 13 de maio de 2008

Depois admiram-se …





O Verão está quase a chegar e começa a notar-se algum “frenesim” acerca da melhor forma de evitar o flagelo dos fogos. Tudo muito certo, mas as medidas “milagrosas” é que deixam muito a desejar. Ora, reparem:

Uma pessoa que entenda que o seu terreno está transformado num matagal e que tendo consciência do perigo que isso pode representar para a comunidade, ache por bem proceder à limpeza e queima dos resíduos, num louvável gesto de cidadania, vai ter de cumprir uma série de requisitos, que são os seguintes:

-Com duas semanas de antecedência, vai ter de ir à Câmara Municipal requerer a licença para fazer uma queimada;
-Levar a caderneta do terreno (com menos de um ano); ou
-Registo na Conservatória (com menos de 6 meses;)
-Preencher requerimento;
-Pagar 5,50€ por dia.
-Apresentar documento comprovativo de que possui capacidade para efectuar a queima, ou declaração dos bombeiros comprovando que estarão presentes.
-Pode também optar por não queimar os resíduos, só que, então, e desde que não ocupem mais do que 3 metros cúbicos, deverá transportá-los para a via pública, onde haja espaço, para que o camião da HP-EM os possa recolher.

É entendimento do Município, que esta será a forma mais adequada de incentivar os proprietários e/ou utilizadores dos terrenos a limparem-nos, acautelando-se, assim, a deflagração dos fogos que, este ano, até no Inverno, ocorreram.

Mas a grande verdade é que o fogo (que uma qualquer beata pode iniciar) não se preocupa com taxas nem certidões. Por isso, o que está a acontecer é penalizar-se quem demonstra alguma preocupação em evitá-lo.

Aqueles que não ligam ao assunto, não têm qualquer tipo de aborrecimento. Se arder, ardeu. Alguém há-de apagar e … pagar.

E assistiremos, depois, aos responsáveis políticos a lamentar muito a situação.

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