Em 22 de Fevereiro do corrente, neste mesmo espaço, tornei público o meu descontentamento face à continuidade de obras de ampliação da Galucho em termos que me pareciam “anormais”. Sabendo eu que tais obras tinham sido embargadas há quase um mês, permiti-me lançar para o ar uma série de “hipóteses” – meramente hipóteses - que pudessem sustentar a sua continuidade. É óbvio que não esperaria cair na simpatia do visado com tão “desbocado” apontamento que, acima de tudo, invocava o princípio de igualdade dos cidadãos perante a Lei.
A verdade é que as obras pararam nesse mesmo dia, o que seria despropositado e até injusto acontecer, se as regras estivessem a ser respeitadas.
Num “esclarecimento” assinado pelo Senhor Presidente da Galucho e publicado no último número do Jornal de Sintra foram rebatidos alguns pontos do meu texto considerados “desprimorosos” e em que, “sem jamais invocar as bases em que suportava as minhas queixas” terei assumido “a temerária posição de patrocinador de interesses difusos”! Diz, depois que, “pelo respeito que lhe merece S. João das Lampas e a sua gente, deixa o esclarecimento”. Fala das medidas do pavilhão e evoca o respeito pelo artigo 59º do Regulamento Geral das Edificações Urbanas e que “as habitações existentes são de construção posterior à instalação da fábrica”; que a “obra é de fundamental importância para a manutenção dos postos de trabalho”; “que na Rua da Barroca só moro eu e meus familiares” e que, “por ser relevante” já entregou o projecto na Câmara e ainda que, “por não ser irrelevante meu pai trabalhou e familiares meus continuam a trabalhar na empresa”.
Sei que não será elegante utilizar este Jornal como um “ping-pong”, até porque paira no ar a ameaça da “sede própria”. Por isso não irei contestar ponto a ponto, mas não resisto a deixar mais umas perguntas, só para reflectir :
-Se a obra em causa, obedece a tudo quanto tem que obedecer terá sido por eu me ter manifestado contra, que ela parou?
-O mal está em quem aponta o erro ou em quem o comete?
-Para “invocar as bases que sustentam as minhas queixas”, não será bastante a foto ou aquilo que salta à vista de quem passa?
-Faz sentido falar de “a temerária posição de patrocinador de interesses difusos” quando fui claro naquilo que disse?
-Se fosse só eu e os meus familiares que morassem na Rua (o que é falso) não haveria o direito de reclamar?
-O ser considerada “ obra de fundamental importância para a manutenção de postos de trabalho” não pode ser apenas um pretexto?
-Porque é que “não é irrelevante” que o meu pai tenha trabalhado na empresa e familiares meus continuem a trabalhar? (Desta, eu julgo saber a resposta!).
Não irei imiscuir-me em aspectos técnicos da obra nem comentar as medidas do pavilhão, tiradas em pormenor (!?), e que foram apresentadas no aludido “esclarecimento”. Mas, se se pretendia falar verdade nunca deveria ter sido dito que o “pavilhão que se pretende ampliar existe há seis décadas”(!) tentando fazer crer que as habitações da Rua da Barroca são posteriores. Confirma-se que a Galucho já estava em funcionamento quando surgiram as primeiras casas da rua, (exceptuando a centenária onde morava o Ti Joaquim Teles, à qual se pretende “encostar” a tal estrutura) mas, conforme o seu Presidente sabe melhor que ninguém, o que a fábrica é hoje, em termos de área coberta, resultou de sucessivas ampliações que se registaram ao longo da sua existência. Na Rua da Barroca foi isso que aconteceu e nunca ninguém pôs em causa essas novas construções.
Compreendo que poderá haver um certo mal estar, por parte de quem não está habituado a ser contrariado, mas entendo – e esse é apenas o meu entendimento - que melhor seria reconhecer a falha do que, com o recurso a uma admirável “alquimia”, querer transformá-la em virtude.
A verdade é que as obras pararam nesse mesmo dia, o que seria despropositado e até injusto acontecer, se as regras estivessem a ser respeitadas.
Num “esclarecimento” assinado pelo Senhor Presidente da Galucho e publicado no último número do Jornal de Sintra foram rebatidos alguns pontos do meu texto considerados “desprimorosos” e em que, “sem jamais invocar as bases em que suportava as minhas queixas” terei assumido “a temerária posição de patrocinador de interesses difusos”! Diz, depois que, “pelo respeito que lhe merece S. João das Lampas e a sua gente, deixa o esclarecimento”. Fala das medidas do pavilhão e evoca o respeito pelo artigo 59º do Regulamento Geral das Edificações Urbanas e que “as habitações existentes são de construção posterior à instalação da fábrica”; que a “obra é de fundamental importância para a manutenção dos postos de trabalho”; “que na Rua da Barroca só moro eu e meus familiares” e que, “por ser relevante” já entregou o projecto na Câmara e ainda que, “por não ser irrelevante meu pai trabalhou e familiares meus continuam a trabalhar na empresa”.
Sei que não será elegante utilizar este Jornal como um “ping-pong”, até porque paira no ar a ameaça da “sede própria”. Por isso não irei contestar ponto a ponto, mas não resisto a deixar mais umas perguntas, só para reflectir :
-Se a obra em causa, obedece a tudo quanto tem que obedecer terá sido por eu me ter manifestado contra, que ela parou?
-O mal está em quem aponta o erro ou em quem o comete?
-Para “invocar as bases que sustentam as minhas queixas”, não será bastante a foto ou aquilo que salta à vista de quem passa?
-Faz sentido falar de “a temerária posição de patrocinador de interesses difusos” quando fui claro naquilo que disse?
-Se fosse só eu e os meus familiares que morassem na Rua (o que é falso) não haveria o direito de reclamar?
-O ser considerada “ obra de fundamental importância para a manutenção de postos de trabalho” não pode ser apenas um pretexto?
-Porque é que “não é irrelevante” que o meu pai tenha trabalhado na empresa e familiares meus continuem a trabalhar? (Desta, eu julgo saber a resposta!).
Não irei imiscuir-me em aspectos técnicos da obra nem comentar as medidas do pavilhão, tiradas em pormenor (!?), e que foram apresentadas no aludido “esclarecimento”. Mas, se se pretendia falar verdade nunca deveria ter sido dito que o “pavilhão que se pretende ampliar existe há seis décadas”(!) tentando fazer crer que as habitações da Rua da Barroca são posteriores. Confirma-se que a Galucho já estava em funcionamento quando surgiram as primeiras casas da rua, (exceptuando a centenária onde morava o Ti Joaquim Teles, à qual se pretende “encostar” a tal estrutura) mas, conforme o seu Presidente sabe melhor que ninguém, o que a fábrica é hoje, em termos de área coberta, resultou de sucessivas ampliações que se registaram ao longo da sua existência. Na Rua da Barroca foi isso que aconteceu e nunca ninguém pôs em causa essas novas construções.
Compreendo que poderá haver um certo mal estar, por parte de quem não está habituado a ser contrariado, mas entendo – e esse é apenas o meu entendimento - que melhor seria reconhecer a falha do que, com o recurso a uma admirável “alquimia”, querer transformá-la em virtude.
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