A propósito de irregularidades ocorridas na última Meia de Lisboa e que o Linda-a-Pastora S.Clube denunciou no último número da Revista Atletismo, surgiu um interessante debate no Forum do Mundo da Corrida. Lá fui “meter a minha colherada”:
De certeza que ninguém se sente feliz por ver na praça pública uma atitude indigna por parte de um “companheiro da nossa estrada” (expressão feliz, que é título do livro do José Man). Mas mais condenável que trazer o caso a público é que ele tenha ocorrido.
Não deve ser o mensageiro o “mau da fita”.
É verdade que há telhados de vidro e quem os tem, deverá ter o discernimento suficiente para não andar à pedrada.
Ver o erro e não o denunciar, como tem sido repetidamente dito, só serve para que continue a errar-se.
A atitude antidesportiva é tanto mais grave quanto mais prejuizo causar a terceiros e os terceiros terão todo o direito de denunciar as irregularidades da forma que entenderem, como forma dissuasora. Foi o que aconteceu neste caso. Pode não ter sido a solução ideal, mas com ela, o Linda-a-Pastora prestou um importante serviço à nossa comunidade. Sempre me causou uma certa impressão que as imagens dos media protejam a identidade de pessoas com comportamento anti-social. Dizem que é por causa dos direitos humanos. Direitos aplicados ao infractor mas que se esquecem a propósito da vítima.
Custa-me a “encaixar” porque haveria de proteger-se a identidade do prevaricador?
Quanto ao “castigo”, penso que já é bem pesado aquele que o atleta tem de enfrentar ao ser alvo do olhar dos companheiros, lembrando ao do lado : “- aquele é que é o gajo que correu com dois chips” : a vergonha pública.
O Pedro Lorvão terá todo o direito de se defender, pois nós só “ouvimos” ainda uma das partes. Se forem infundadas estas acusações, o mesmo espaço que as publicou terá o dever de as negar. Se forem verdadeiras, que ninguém saia “crucificado” por ter tido um comportamento errado, mas humildemente, ele deverá formular um pedido de desculpas público.
A família do atletismo, precisa de todos e tem uma grande capacidade de perdoar e dir-lhe-á :
-Vai, Pedro! E não voltes a pecar.
3 comentários:
Há coisas que são feitas mesmo com má fé e com o intuito de prejudicar terceiros, este caso é um deles. É louvável a atitude de perdoar, mas tenho dúvidas que gente desta algum dia possa reconhecer os seus erros. Se assim for dou a mão à palmatória e então louvo a iniciativa que visa sanar e corrigir este caminho que foi trilhado por linhas tortas.
Abraço.
Faço da palavras do Joaquim as minhas. Concordo plenamente.
Um abraço
Sandra
Érro todos os dias! Mal me levanto e já estou a errar! Mas existem erros de boa fé que fazemos inconscientemente e existem os outros, que fazemos no intuito, o qual eu costumo denominar de "chique espertice", ou seja que é feito por um Chico-Esperto.
Sei que o Mundo os proteje e os desculpa, como tal aqui foi dito, até poderemos dar uma hipótese a "este" Chico mas, ele tem de ser confrontado com esta situação e com a revolta dos intervenientes. Pois gostaria então de saber, o que faremos com as pessoas que "perderam" o dinheiro o do ano passado e o deste ano que foram aqui desmascarados e provados (refiro-me a 2008 e 2009 e secalhar até noutros anos ele fez o mesmo e noutras provas mas, isso já sou eu a especular e deixar-me levar).
Deve-mos então desculpar os chicos...sim...por uma vez...não faz mal, pois não? Mas, e podemos esconde-los? Uma pessoa que corre com dois chips de certeza que não está a agir de boa fé. Ou terá uma boa desculpa para o fazer?
Sinto que estas situações só desgastam o atletismo e o tornam pobre, e mais isto só foi possivel de descortinar porque aconteceu numa prova de grande impacto, onde tanto o meio fotográfico e de video assim o permitiram, noutras há que é completamente impossivel encontrar qualquer prova válida.
O Mundo só é dos Chicos-Espertos se nós deixar-mos.
Boas corridas sempre com fair-play. Abraço
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