A par dos deveres de cidadania, o intenso gosto pelo desporto pedestre. Sou um gajo que tem a mania do desporto e que desde os tempos do PREC pratica a Corrida, tendo feito uma incursão pelo Triatlo e que tem preferência pelas longas distâncias. Não corro nada de jeito, mas gosto disto, pronto... ...Ah, e escrevo de acordo com a grafia correCta.
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quinta-feira, 1 de julho de 2010
UTSF-Memorial Sálvio Nora...a brincar!
Num acesso de desatino
Fui com o Joaquim Adelino
Até à Serra da Freita
Mas, sem estarmos preparados
Íamos desconfiados
Que o diabo estava à espreita.
Essa noite ia ser breve
Sem dormir o que se deve
No Parque do Merujal
E às 4 da matina
Acabámos com a espertina
Ficámos a bater mal.
Vestido o equipamento
Com todo o descaramento
Alinhámos à partida
Triste era a nossa figura
Mas como era noite escura
Passou por despercebida.
E foi então que o Moutinho
Nos lembrou do mau caminho
Que estaria à nossa espera
Lá fomos com a luz na testa
Começar com aquela “festa”
Que eu nunca dantes fizera.
Tudo bem até ao rio
Sem entrar em desvario
Na Descida do Carteiro
E p’ra chegar ao Covelo
Tive que molhar o pelo
Mas até que foi porreiro.
Agora a subida é suave
Mas até chegar a Drave
Velha aldeia abandonada
Lá fomos em marcha lenta
Que vinha aí a tormenta
De começar a escalada.
Ao chegar a um planalto
Sem entrar em sobressalto
Contemplámos a paisagem
Descansámos um bocado
Numas manilhas sentados
Para ganharmos coragem.
E enquanto se descansava
Ela nos ultrapassava
Com saudável maluquice
E quem era esta mulher?
Que responda quem souber,
Claro que era a Analice.
Depois de passada a Aldeia
Viria a maior tareia
Desde que ando no desporto
Descansei vezes sem conta
A cabeça estava tonta
E os pés em desconforto
Enfim lá cheguei ao cume
E nos pés sentia lume
E o moral a arrefecer
Com cansaço em abundância
Mas recusei a ambulância
Pois agora era a descer
Num estradão serpenteado
Agora vinha embalado
Até chegar a Goudim
Aliviou a canseira
Vou-me à água da torneira
E fiz ali um festim.
Ao sentar-me novamente
Pus os olhos lá p’ra frente
No monte que se seguia.
Caem-me os “ditos” ao chão
Pois a Garra era um Garrão
Que até medo nos metia.
Ah, Moutinho, meu maroto
Eu já estava todo roto
E a conta tinha que dar
Mas subir aquilo tudo
Era um caso bicudo
Mas ninguém me ia buscar
Nem vale fazer apostas
Volto a pôr a tralha às costas
E andar por ali acima
Porém, ao passar o rio
Sinto um novo desafio
P’ra ver se isto reanima.
.../...(amanhã há mais)
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6 comentários:
muito legal!!!!
além de ultra, é trovador!
quer dizer que a prova, no fim das contas, não foi tão dura assim, já que sobrou energia pra rimas, né;)
parabéns!!!
adorei os versinhos! bem divertidos!
Está visto que se te dá melhor a prosa que subir "as rampas empinadas" da freita, e não confundir com S. João ...
Abraço
João
Interessante forma de relatar uma prova. Bem ao seu estilo mesmo. Parabéns
Espectacular!
Esta prova primeiro estranha-se... depois entranha-se :)
abraço
Amigo
mais um relato à "Andrade", parabéns, igualmente pela participação.
Abraço,
António Almeida
Olá Elis
Obrigado pelas suas gentis palavras.
Volte sempre.
Caro João
Sabes que as grandes aventuras fazem-me "destrincar" e tenho de brincar com as coisas, nem que seja com o meu próprio insucesso.
Amigo Ricardo
Que bom vê-lo por aqui.Obrigadão. É sempre muito bem vindo ao meu quintal.
Obrigado L.Leite (Calvin?)
Apesar de tudo, gostei e estou cheio de saudades da Freita. Aquilo entranha-se mesmo.
Grande Almeida
Esta é daqueles que também lhe "enchiam o papo" mas para quem tem filhos para criar,eheheh....
Obrigado pelas palavras
A todos um grande abraço.
FA
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