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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Viagem" à 21ª Maratona de Lisboa (2006)

Depois da Foto de Família da minha grande equipa que é a Açoreana Seguros, posiciono-me no local destinado aos atletas da Maratona (havia outro para o da mini). Ao que me pareceu, havia atletas de uma e de outra prova em ambos os lados. Mas a mim, ninguém, me estorvou, pois parti calmamente lá no fim do pelotão. Pretendia marcar um ritmo entre 4,50/km e 5,00/km, pelo que fui fazendo a minha corrida atento ao cronómetro e aos entusiasmos. É que ao fazer uma prova de trás para a frente, as ultrapassagens que fazemos, poderão iludir-nos e pregar-nos partidas. Havia que refrear, pois por volta dos 15Km estava a 4,35/km ! Meia Maratona :1,40,30 (um tempo dentro das minhas previsões) e não tinha sinais de cansaço. Até deu para acelerar até Xabregas. Para cá, vim nas calmas num grupo que estava a ser controlado pelo Gilberto Fernandes (que estava a apoiar uma atleta) e todo aquele vento contra passou-se sem grande dificuldade. Até pensei que, na viragem em Belém, com o vento pelas costas ainda seria melhor. Enganei-me. Armei-me em campeão e descolei do grupo. Aguentei-me aí 1 km (eheheh) e comecei a acusar um certo desgaste. Ia no 38º. O tal grupo foi-se embora e eu…”pregado” ao chão, lá ia correndo como podia. Nota negativa para o responsável pelo abastecimento dos 35Km (por onde passávamos aos39), em Alcântara. Então não é que o gajo proibiu a miudinha a quem eu tinha implorado uma garrafa de água, de ma dar !?! Recusar dar uma garrafa de água naquela altura é um acto impiedoso que registei. Ter de correr mais 1 km para a conseguir, foi uma maldade desnecessária. Um excesso de zelo de quem não tem sensibilidade para estar naquela função. A água era pouca? Então deveria ter sido melhor distribuída para as alturas mais críticas. Enfim…


De facto, entre os 38 e os 40km, foi o meu período negro. Passagem no Cais Sodré, vejo Álvaro que, vendo a minha expressão carregada, me lança uma gracinha “:- agora é que eu te queria ver a fazer um poema!.” E eu só queria …respirar!.

Praça do Comércio. 3,27.45. Estava feita mais uma maratona. Repetia assim, o ciclo das maratonas que fiz em 2005.

Em termos de organização, gostei da Prova, mas não sei se a saída da Meia Maratona 1,15h depois será benéfica. Bem… sempre deu para distrair entre a Praça do Comércio e Xabregas, quando eles vinham em sentido contrário. Não nego que é importante ouvir palavras de estímulo de atletas da meia conhecidos. Nesse aspecto, concordo. Mas quanto ao ajudar o andamento…só “apanhei” os que iriam fazer mais de 2,15H ! Nem eu os ajudava a eles nem eles me ajudavam a mim.

Para concluir, numa escala de 0 a 20, acho que esta Maratona merecerá um 15 (tiro 1 valor na falta de ambiente festivo e sinalização do local da feira ; 1 valor pela distância enorme entre a feira e a pasta party; 1 valor pela pasta ser fraquinha; 1 valor pela inexistência de animação ao longo do percurso; 1 valor pelo excesso de rigor do gajo do abastecimento 35Km –sei que a organização não tem culpa mas isto deve ser acautelado-.)

Com o que disse atrás não pretendo tirar o mérito a uma Organização experiente que sabe como fazer uma maratona. Só pretendo chamar a atenção – se calhar desnecessariamente – para o que me pareceu estar menos bem, numa opinião humilde que não passa disso mesmo. Mas sentir-me-ia um ingrato se não enviasse um abraço de parabéns a todos (até para o gajo do abastecimento dos 35Km) quantos estiveram envolvidos num evento gigantesco como este.

Em Dezembro de 2007, lá estarei .

Abraço.

2 comentários:

José Alberto disse...

Amigo Fernando,

Como diz o homem do carrossel, "mais uma corrida, mais uma viagem".

Que a prova lhe corra pelo melhor e que ganhe uma medalha dourada com prazer.

Um abraço

José Alberto

Fernando Andrade. disse...

Obrigado, Amigo Zé Alberto.
E continuo a desejar com muita força que essa maldita lesão faça tréguas, para nos voltarmos a encontrar por aí, numa maratona qualquer.
Grande Abraço.
FA