Um dos princípios que, desde muito cedo, interiorizei para
nortear o meu comportamento ao longo da vida foi o de não fazer aos outros
aquilo que não gostaria que os outros me fizessem.
Ora, tendo sempre por base que sou pessoa que cometo erros,
se eu tiver sido tolerante com os outros, poderei esperar deles alguma
tolerância quando falho.
Porém, chego à conclusão que
pensar assim é coisa de ingénuos. É que surgem outros valores a interferir
naquilo que parecia inquestionável e que assim fica relegado para segundo
plano. São os interesses políticos. De outro modo, como é que se consegue
compreender que aqueles que, enquanto poder, pretendiam que os seus adversários tivessem
uma atitude cooperante no essencial, desvalorizando algumas falhas de pormenor,
trocando de lugar, considerem graves e muito graves as erros de idêntica
importância, só porque agora estão do outro lado!?
E quando eu sabia que os erros eram meus, custou-me que eles
estivessem a servir de arma de arremesso. Por isso, legítima ou ilegitimamente,
“saltou-me a tampa”.
É que “…serei tudo o que quiserem, mas “assistente” castrado
NÃO!” Faz hoje 30 anos que morreu Ary dos Santos .
De acordo com a frase que celebrizou Octávio Machado, "vocês sabem do que falo"! Mas quero pedir desculpa aos que não sabem.
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