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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A primeira MMSJL

O último texto do Jorge Branco no seu Último Kilómetro : Corrida e Simplicidade, ilustrado com um “rabisco”, fez-me recuar a 1977, ao fim de tarde de uma 3ª Feira de Setembro. 22 “malucos” tinham aceitado o repto, inusitado para a época, de percorrer 21Km com partida e chegada a S. João das Lampas, passando por várias aldeias da Freguesia.


Na meta, tinha deixado um amigo (pois eu ia correr) a tomar nota dos dorsais e outro a registar os tempos. Quando cheguei, em 14º lugar, e enquanto ainda havia outros em prova, iniciei a passagem para aquela folha de papel, dos resultados apurados e fui fazer a entrega dos prémios.

Serem poucos tem destas vantagens, mas mesmo assim, a preguiça nunca me deixou passar a folha a limpo, na máquina de escrever (sim, porque máquina de escrever já havia,eheh). Já tinha cumprido a sua função e, como tal, assim ficou, arrumada no dossier que, ano após ano, foi engrossando com os resultados das edições seguintes. E ali ficou até há poucos dias, quando o João Lima me pediu para digitalizar os resultados de todas as edições da MMSJL, para figurarem no seu excelente trabalho estatístico, de enorme valia para a história da Corrida Popular no nosso País.

Em Novembro desse mesmo ano, fui ver como é que era (e correr) na Nazaré e fiquei deslumbrado ! Davam a cada atleta, o nº 1 de uma revista dedicada à Corrida, que tinha um nome estranho : SPIRIDON.

5 comentários:

Jorge Branco disse...

Uma delicia este texto!
Velhos tempos, quando tudo começou!
Eu só cheguei ao mundo da corrida em 1980 mas ainda assisti a muito pioneirismo e dei alguma colaboração (modesta) em várias prova.

JoaoLima disse...

Grandes recordações, amigo Fernando!

Uma curiosidade, o tempo do último de 1977 dava para ficar no início da 2ª metade da classificação em 2011

Mário Machado disse...

Pois é Fernando o que apreda na Alemanha, Suiça e França principalmente a parti de 1971 é que sendo a corrida uma coisa simples também se podem organizar provas numa base das coisas simples e verdadeiramete efcazes. Esse modelo numa grande base teorica de CORREDORES AO SERVIÇO DE CORREDORES serviu de mola para que a SPIRIDON fosse a grande impulsionadora, digamos de 1974 em diante das PROVAS ABERTAS E TODOS. S. João da Lampas é um excelente exemplo disso. Na decada de setenta e oitenta quando as nossas provas eram sempre consideradas piratas (mas com uma adesão, domingo após domingo, de milhares de corredores de todas as idades) o objectivo foi sempre, da nossa parte, lançar sementes para que outros também conseguissem organizar provas simples e eficazes. Não uma Nazaré mas centenas delas por todo o país e A Meia de S. João das Lampas, com o Fernando Andrade, foi dos primeiros a compreender e aplicar tudo isto. Simples e direto, tal como cada um conseguir correr... pé ante pé...
Mário Machado

Anónimo disse...

Excelente.
Conto nunca faltar à Meia Maratona de São João das Lampas enquanto conseguir correr!
Hugo
:D

A Marona Beja disse...

O que prova que o conta é correr!
Grande testemunho Fernando, ainda bem que não apagam a memória de quem não desiste.

Um abraço
Artur