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sábado, 26 de abril de 2008

Bom tempo


Eu gosto é da Primavera ! De aproveitar estes dias bonitos, sair de casa com uns calções e uma t-shirt, relógio ao pulso para não me “perder no tempo” e ... ele aí vai, por caminhos velhos, campos fora, calmamente e a desfrutar daquilo que a natureza nos pode dar nesta altura privilegiada do ano.

Já o disse antes, mas, pela importância que lhe atribuo, repito : aquele cheirinho das maias faz-me sentir que vale a pena andar por ali e “dar razão” às abelhas que sabem bem o que querem.

Fui até à Praia da Samarra (28 minutos) “inalei” água do mar ( 12 ) e regressei caminhando nas subidas (da Praia e da Cabreira), chegando a casa ao cabo de 1h 20m.

Esta foi a minha voltinha de ontem à tarde, de que gostei muito, mas aquilo que eu queria mesmo era estar em Madrid, conforme estava nos planos, para correr aquela excelente Maratona !

Haja saúde !

sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril




Quando chegou a “madrugada”, o meu País tinha mais de 20% de analfabetos e, na minha região, quase chegava aos 30.

De então para cá, mais por força da natureza do que pelo trabalho de alfabetização (se bem que, em muitos casos, se tivessem operado notáveis acções para levar a instrução ao povo) os índices de analfabetismo caíram bastante.

Lembro-me bem das várias sessões de esclarecimento do MFA, nas colectividades, com as salas apinhadas de gente ávida de informação sobre a nova realidade em tudo tão diferente daquilo a que se estava habituado. Todos acreditavam que estava a nascer um País novo e esse sentimento era potenciado pela música e pelos poemas que, amiúde, passavam na rádio e na televisão. Os responsáveis por tudo quanto era mau tinham sido depostos. Tudo se encaminhava no sentido das novas oportunidades. Era a gaivota que voava, voava .

Surgem, então, os primeiros sinais de intervenção de rua (que pegou moda e tornou-se praga) com inscrições nas paredes, com o “diagnóstico” dos entraves ao desenvolvimento.

No autocarro para Sintra, a caminho da escola, encarava, diariamente, com uma dessas primeiras mensagens, escritas a tinta vermelha na casota da electricidade de uma horta.

A frase era esta :

“ASA BESDE RAPI
NA NÃO ESTAM
COM O 25 DE ABRIL “

Bastante me custou a “decifrá-la” o que só consegui, depois de descobrir que, para além da ortografia, não tinham sido respeitados os espaços nem a translineação. Talvez por isso tenha havido maior eficácia na memorização a que me obrigou (um pouco ao jeito daqueles anúncios que, de tão estúpidos, são fixados por toda a gente).

Nunca cheguei a saber quem foi o autor desta frase marcante, escrita por quem não era letrado mas que teve um efeito ao nível das citações dos grandes pensadores.

Passados estes anos, da frase, as letras estão quase extintas, mas ASA BESDE RAPI-NA, essas...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Maratona de Madrid

Carlos Neto a juntar-se aos bons
Modelo do diploma de 2007


Vai ser neste domingo, dia 27, que vai realizar-se a 31ª Edição da Maratona Popular de Madrid.
Não vou poder lá estar, mas relembro aqui, com alguma nostalgia, o meu relato de 2007 . Sempre é uma forma de reviver uma das melhores maratonas que conheço.

Foi assim :

30ª Maratona de Madrid

Desfrutar do contacto próximo com uma organização 5 estrelas, estar entre milhares de pessoas com a mesma “pancada”, ouvir um público que sabe apoiar com entusiasmo o gesto simples da corrida, foi o que me levou a Madrid, mesmo sabendo que não estava suficientemente preparado para correr, pela 4ª vez, esta Maratona.O Sábado foi “stressante”. E começou logo às 4 da matina, mas às 9h ainda estava a 30 Km de casa! A pé teria demorado menos. É que uma avaria no carro quando estavam percorridos 200 Km, obrigou-nos a regressar (de táxi,claro) e fazer um “restart” da viagem. Chegámos, assim, com 4 horas de atraso a Madrid. Éramos 4 : Eu, o Carlos Neto, o Luís Miguel e a Yolanda, sua mulher.Chegados a Madrid, parecia que tudo estava “enguiçado” : Primeiro não atinávamos com a Casa de Campo onde decorria a entrega dos dorsais, a Feira e a Pasta Party; depois, como entrámos naquele enorme parque, por um sítio diferente do habitual, fartámo-nos de andar até dar com aquilo; depois de levantarmos os dorsais, fomos rapidamente para a Pasta, pois devia estar a fechar. E estava. Vieram logo ao nosso encontro a gesticular e a “espanholar” como que a dizer que já não podíamos entrar. Mas entrámos, pois vimos muito bem que ainda havia por ali muita massa e nós, depois do que passámos, só queríamos “um pratinho de comida”, quais sem-abrigo à porta da “Sopa do Sidónio”. Mas lá comemos – e bem- e também bebemos uma agradável cervejinha, enquanto ouvíamos uma bem disposta e movimentada banda fardada de verde vivo que tocava umas músicas alegres, conforme nós estávamos a precisar para que o nosso moral subisse um bocadinho. Entre a meia dúzia de pessoas que por ali estavam, avisto e cumprimento o José Valentim (C. Ferroviário) e o Mayer Raposo (Lebres do Sado). Estes são dos que vão mesmo a todas (tinham estado na Maratona do Lopes e já estavam prontos para outra)!Com mais calma, fomos visitar a Feira. Uma feira que, apesar da hora tardia, ainda estava a funcionar quase a 100%, com bastantes stands promocionais, de marcas e de eventos. Toca o telefone. Era o Jorge Teixeira, que já tinha abandonado o local (onde tinha estado a promover a Maratona do Porto) e, logo a seguir, o João Hébil. Era preciso combinarmos o local do encontro para o jantar, à semelhança do que fizemos em 2006. Encaminhámo-nos para o Hotel, o que teria sido rápido se o trânsito fluísse, mas, ao invés, estava mesmo engarrafadinho de todo! Chegámos ao Hotel, mas estacionamento… é mentira! Demos voltas e mais voltas até conseguirmos entrar no parque. Carrinho arrumado (… e não mexe mais!...) e lá fomos fazer o check in, pois o pessoal já estava à espera para irmos até ao restaurante preferido do João Hébil, que ainda ficava um bocadinho longe dali. Foi um jantar muito agradável que teve um único senão :- tinha que ser rápido, pois era preciso dormir bem e levantar cedinho. Combinámos, então um local para nos juntarmos na partida da Prova .
…/…O Dia da Prova (22 de Abril) amanheceu com boa cara. Pensámos, até, que iria fazer um bocadinho de calor.Tomado o “desajuno” no Hotel ( desta vez estava “à defesa”...) fomo-nos encaminhando para o local da partida. Mais uma vez, o desencontro total com os nossos companheiros, no local designado (ponto a rever em futuras edições). Pior ainda : éramos 3 (mais a “claque” – olá, Yolanda! ) e passámos a ser 2, pois o Carlos Neto que foi a um WC, “desapareceu “.Os paraquedistas lá vinham caindo dos céus, para dar início ao espectáculo, como, aliás, tem acontecido em anos anteriores . E, já agora, porque é que acham que em S. João das Lampas também houve paraquedistas ?Enquanto esperávamos pela hora, fomos observando o que nos rodeava : a crescente “compactação” dos atletas ; o “aldrabão” que, por sua iniciativa fez uma placa que dizia “sub 4,30” e gozava com a uma primeira “triagem” que tinha proporcionado, pois os balões verdadeiros só apareceram depois e eram todos azuis. O das 3,30, ainda antes do tiro da partida, “escapou” e houve risos porque ninguém foi capaz de o seguir, pois o “danado” subia depressa demais. Mas havia mais dois para a mesma marca. Ouvimos um estoiro (Boa Prova, Luis) e toda aquela mancha humana começou a movimentar-se Passeo de la Castellana acima. A subida parecia-me suave mas, como sabia que a preparação para esta maratona tinha sido fracota, achei que os 5 minutos/Km era o andamento mais acertado. E isso dar-me-ia uma marca na casa das 3,30 . Era só “estar a pau” com o balão. Só que, o desfasamento entre o tempo do tiro e a minha passagem pela linha de partida, deu uma tal vantagem ao balão que eu, a correr a 4,45 só o via ... lá longe... e não notava aproximação. Pensei : Ná... isto tem que ser recuperado em 40 km e não em 4 ou 5. Aos 13 Km apanho um, mas esse era o das 3,45!O outro só me aproximei aos 19Km e foi por pouco tempo. Tive de o deixar ir (para a frente, bem entendido!) . Meia Maratona : 1,44 ! Era mais ou menos o que estava nos planos mas vi logo que a condição não estava como noutras situações idênticas. Vai um power gel ! Passados 3 ou 4 km achei que aquilo fez algum efeito, pois senti-me recuperado. Nos abastecimentos, ia-me sempre hidratando ( e os abastecimentos eram abundantes, com apenas 2,5 km de intervalo ). Mas aquele terrível sobe-e-desce levou-me, novamente, abaixo . Os incentivos do público, que tão importantes se revelavam, eram insuficientes para suprir a minha falta de preparação. A partir dos 30Km deixei de olhar para o relógio, não para deixar de sentir a pressão do tempo previsto, mas para não me confrontar com o andamento “triste” que estava a fazer. Já só pensava chegar ao fim . Aos 40km parei no abastecimento. Andei durante uns 30 metros mas tive de voltar a correr senão ficava “pregado”. Passa o balão das 3,45 ! Apetecia-me chamar-lhe nomes, mas era sobre mim que esses nomes iriam cair! Lá entrei no Jardim do Retiro onde estava instalada a meta e faço os últimos metros, procurando uma pose o menos sofrida possível, pois sabia que as máquinas fotográficas procuravam expressões felizes. 3,44 (tempo real) o meu 2º pior tempo das 27 Maratonas que fiz . É bem feito! Não porque lá fui, mas porque não me preparei convenientemente.Depois vêm os apetecidos momentos de descontracção: -a cervejinha (experimentei, soube-me bem mas dei-me mal : gregório) as coca-colas e os aquários, as águas, mas... para mim, o melhor de tudo eram aquelas fatias de suculentas melancias : mmmmmmaraviha ! E vai outra ... e outra.... e outra.... Ahhhhh.Apesar da marca, gostei muito desta prova, que, este ano, apresentou um traçado ainda mais difícil, a dar indicações claras que é preciso prepará-la com alguns cuidados.É o que eu vou fazer para o ano. A análise desta prova resume-se a duas ou três expressões : A Maior Maratona Ibérica, durinha, mas com uma Organização excelente e por isso RECOMENDADA !Vão por mim .Fernando Andrade

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ao meu amigo Margarido


















Todo o que ama a corrida é corredor,
Mas poucos fazem dela profissão,
Todo o que ama o ensino é professor,
O principal pilar da educação;
Mas quem à escrita tem intenso amor
Reserva-lhe o destino outra missão.
Olhai o Guido amigo, o bom vareiro
Que amando tanto a escrita… é enfermeiro!

Já sei que nos dirá que também ama
Trabalhar na saúde, sem problema !
Mas com essa conversa, ele me trama
E assim me vai dar cabo do poema!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

toma-toma-toma-toma-toma (5-3)

Se se diz “glorioso” o da desdita
Quem entenda do mundo que nos conte:
Ao intervalo, a “glória” tão bonita,
Mas depois vê-se negro, no horizonte!
Acorda o rei da selva, ruge, grita;
A águia se atordoa e põe-se a monte
E ela, que tinha o pássaro na mão
Deixa-o fugir p’ra boca do leão!

sábado, 12 de abril de 2008

Linhas de...nada

Sento-me, com o teclado e monitor à frente, para escrever uma “estória”. Sem assunto, mas, assim mesmo, um “registo” de um momento daqueles iguais aos de grande parte do tempo das nossas vidas. Em que nada acontece, em que nada pensamos e em que também não estamos à espera de que algo aconteça ou que surja uma ideia brilhante, para deixar testemunho. Um pouco à semelhança do falar do tempo que faz, quando queremos combater o silêncio. Como se a conversa fosse o “bom” e o silêncio o “mau”.
Mas a verdade é que com ambos se comunica. E este é um dos momentos em que, mesmo com silêncio, quero comunicar, mas... para dizer o quê ?
-“Meus amigos, quero dizer-vos que não tenho nada para vos contar!”
É ou não é ridículo ?
Porém, o que não nos falta, ao longo da nossa existência, são momentos destes. Dos que não têm qualquer interesse !
Ora aí está : “interesse”! Mesmo sem querer, falamos de “interesse”. Tudo tem que ter “interesse”. Como se fosse em torno dele que o mundo girasse! E não será ?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ai treinos p'los verdes campos...


Na semana passada, estava eu a fazer umas arrumações na cave quando, no meio de tralha da mais diversa natureza, encontrei os meus asics, já velhinhos mas que, apesar de tudo, conseguem ser melhores e mais confortáveis que os últimos que comprei e que me fizeram uma bolha do tamanho de uma moeda de um euro, durante a última maratona de Lisboa.

Sacudi-lhes as teias de aranha (para lhes dar um ar digno) e achei que não podia continuar a tratar com aquela indiferença, quem tão bem me tinha tratado ao longo de umas boas centenas (se calhar, milhares) de quilómetros. A crise faz-nos aumentar o “afecto” pelos nossos objectos.

Vêm-me à cabeça conselhos amigos de “motivação” e pensei que era chegada a hora de ir correr um bocadinho.

Escolho um percurso campestre, de piso pedregoso e inclinado (esta moda do trail anda a dar a volta ao miolo da gente) e lá vou eu aproveitar um final de tarde soalheira, para dar um “pontapé” na preguiça e ir – mais a passear do que a correr – até à Samarra.

Sabia bem cheirar as maias, que despontavam por cima das velhas paredes. Fiquei a pensar que, com o aquecimento global e com a antecipação da primavera, as maias poderão vir a chamar-se "márcias" eheheh.

40 minutos para lá e outros 40 para cá, com 10 minutos de paragem.

É que a Corrida dos Sinos estava à porta e tinha de “fazer os mínimos” para lá estar. E estive lá, sim senhor. Mas o tempo que fiz é que é “segredo”.

domingo, 6 de abril de 2008

26ª Corrida dos Sinos - Mafra


A "Procissão"


Calam-se os sinos da torre da igreja
Sem que tivessem dito da razão
Nesta corrida de fazer inveja
Já não se ouve o carrilhão.

Às dez e meia soou a partida
São aos milhares a pisar alcatrão
Direito à Vila que foi preferida
Pelo magnânimo quinto João.

Frente ao convento a coluna se inverte
P’ra novo rumo, nova direcção
Quem tiver força e quiser, que aperte
Que eu vou andando no calmo pelotão.

Passa-se a Paz, os Salgados, Sobreiro
Onde se via muita animação
Na frente vinha um grupo lampeiro
Onde, por certo, estava o campeão.

E quando surge o abastecimento
Vai uma aguinha p’ra hidratação
Muitos tossiam por engasgamento
E, descuidado, eu não fui excepção.

Uma senhora aplaudia, aplaudia,
Tanto os da frente como os do pelotão
Ela gritava, incitava e sorria
A todos dava mais motivação.

Já no regresso e arrastando o passo
Algum alívio de satisfação
E, mesmo lento, revelo cansaço
Pois é pouquinha a preparação.

Já no final, a surpresa do dia
E a entrar no estádio, para conclusão
Alguém tocava a sineta e se ria
Por estar ali de badalo na mão(!?)

E no tartan, finalmente a chegada
Esboço um sorriso ( ou simulação )
P’ra que depois no foto tirada
Não desse em susto essa recordação.

Entrego o chip e entro no funil
Recebo um saco da Organização
Lá dentro um polo, bonito, baril,
E mais um sino p’ro meu carrilhão.

Dlim
Dlão
Dlim
Dlão

terça-feira, 1 de abril de 2008

A "agonia" do velho moinho



Fazia tempo, talvez seis meses, que o velho moinho não dava sinais de querer medir forças com o vento, no planalto de S. João das Lampas, o que me fez concluir que o Victor Hugo, o moleiro, deveria estar doente, pois ele, apesar de estar na casa dos oitenta, nunca deixava de ir pôr o moinho a trabalhar. Gostava e entendia bem daquela arte de fazer a farinha - e caprichava - pois sabia que era um dos últimos moleiros de um País rendido ao comodismo das energias fáceis. Só mesmo quando não podia é que não ia até ao moinho herdado do seu tio, Ti Toino Estêvão, que ainda conheci e vi trabalhar, nos meus tempos de criança. Passava horas a ajudá-lo e a conversar com ele, enquanto as minhas ovelhas pastavam nas imediações e ele ia limpando o trigo ou ensacando a farinha.

Todos os moinhos das redondezas – e eram muitos – pararam, pois, com a electrificação da zona, criaram-se as moagens, que lhes tomaram o lugar. O Victor Hugo sabia que, com a evolução, a sua subsistência não poderia ficar dependente do rendimento de moleiro (que, nos meios rurais, foi uma das profissões mais rentáveis - e nem sempre considerada das mais honestas: “muda de moleiro mas não mudas de ladrão”, dizia-se). Ainda chegou a utilizar uma “engenhoca” ligada ao tractor, que fazia girar as mós sem precisar do vento e sempre lhe rendia mais alguma coisa. Mas aquilo descaracterizava o moinho e ele entendeu voltar ao velho sistema.

Em boa hora o fez pois o Parque Natural Sintra-Cascais concedeu-lhe uma ajuda financeira para o fazer, reconhecendo o elevado interesse paisagístico do moinho. Pena foi que, passados uns anos e precisamente quando a ajuda se revestia de maior importância, tivesse resolvido cancelar essa mesma ajuda, continuando, no entanto, a considerar o moinho nos roteiros e esperando que o Victor Hugo, continuasse a aceitar visitas a e dar todas as explicações sobre o seu funcionamento. Sabia que não ganhava nada com isso, mas, por brio e por estar ciente de que era um dos últimos veículos de um conhecimento com os dias contados, continuou, com a mesma disposição e disponibilidade a aceitar inúmeras visitas de grupos de alunos das escolas ou de simples visitantes.

Fui encontrá-lo à porta do moinho, sentado na “tripeça”, cabisbaixo, desanimado. Com a saúde e com as partidas da vida. Mas bom conversador como é, deu para estar ali, algum tempo a ouvir as suas recordações boas e más. Tinha desfraldado as velas mas não tinha posto o moinho a trabalhar. Tinha estado internado e sentia-se fraco. A função implica muito mais habilidade do que força física, mas, mesmo pouca, sempre é preciso alguma e essa faltava-lhe. Disse-me, com mágoa, que não iria voltar a pôr o moinho a girar !

Muito resistiu ele e, por muito que nos custe, ninguém tem a obrigação de, por si só e sem qualquer contrapartida, manter viva a história da comunidade. E ele fê-lo ... até poder.

Obrigado, Victor Hugo !