Aqui está a reportagem do Jornal de Sintra sobre o Grande Prémio Fim da Europa, realizado no passado Domingo, num trabalho feito por quem gosta muito de atletismo e está sempre presente nos grandes momentos que prestigiam a modalidade e o Concelho de Sintra. Obrigado Ventura Saraiva.
A par dos deveres de cidadania, o intenso gosto pelo desporto pedestre. Sou um gajo que tem a mania do desporto e que desde os tempos do PREC pratica a Corrida, tendo feito uma incursão pelo Triatlo e que tem preferência pelas longas distâncias. Não corro nada de jeito, mas gosto disto, pronto... ...Ah, e escrevo de acordo com a grafia correCta.
A minha Lista de blogues
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
TransOmânia: Dois segundos (ou dois primeiros?)
59.24.46 - Johan Steene
59.24.48 - João Oliveira
Dois míseros segundos não te tiram
Os louros de uma glória desejada;
Quando os olhos do mundo bem te viram
Sempre à frente em tão longa jornada.
Muito poucos humanos conseguiram
Correr o que correste, de enfiada:
Foram sessenta léguas, ou lá perto
Pelas terras de Omã, puro deserto.
Seguimos os teus passos
como nossos,
Sentimos o teu esforço e imaginamos
Que um tal feito, digno de colossos,
Enche de orgulho este País que amamos.
De que massa se fazem os teus ossos?
De que essência o teu querer, que idolatramos?
Spartatlon, Transomânia…, que mais, João?
Que a tua garra fosse a da Nação.Assim foi a Transomânia
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
No Nevoeiro, em Busca do Farol
A tenebrosa subida dos 10Km |
Os primeiros a passar |
O terceiro |
...e o meu amigo João Lopes |
"Tive a sorte de ter sido contactado por alguém que se dispôs a aguardar (nas inóspitas condições que a Serra nos proporcionou na manhã de Domingo) pela passagem dos dois mil participantes no Grande Prémio Fim da Europa, que, entre o verde do arvoredo e o branco esbatido do nevoeiro, iam surgindo alegres, em cores garridas, diante da sua objectiva. Obteve um álbum, de grande qualidade que, simpaticamente disponibiliza a todos aqueles que desejem boas recordações desta grande Prova.
Deixo-vos alguns exemplos e convido-vos a observarem este excelente trabalho. Pena tenho eu de não ter ficado registada a minha passagem. Vejam se a vossa teve melhor sorte. Basta pedir para jorge.teixeira300@gmail.com / portugalsports300@gmail.com
Fica aqui um agradecimento sincero ao fotógrafo, Jorge Teixeira, pela amabilidade da sua proposta."
Os interessados, deverão…no canto superior direito…clicar em Browse…depois em Folders escolherem Sports...e depois escolherem a Galeria que quiserem…
...e deliciem os vossos olhos.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Dose Dupla e Piriquita
Já tem 7 anos esta "estória" que era um fadinho daqueles com música de cordel e remonta-se aos primórdios das loucuras dos treinos em dose dupla. Avizinhava-se mais uma edição do Grande Prémio Fim da Europa e estávamos em Janeiro de 2007 , altura em que se travavam interessantes diálogos no Forum do Mundo da Corrida que, infelizmente, sofreu um "apagão" que lhe retirou os conteúdos arquivados.
O Tigre lançou o barro à parede para ver se alguém o acompanhava e logo se mobilizaram 2 dezenas de "corajosos", incluindo um alentejano que se tornou nosso amigo, o Amílcar, que logo se alistou, mas que ficou surpreendido com o "prémio prometido".
Como ontem, foram bastantes aqueles que fizeram a versão dupla da Prova, lembrei-me de ir ao baú, para sacudir o mofo do tal "fadinho".
Vamos e ele?
Por estar já farto da monotonia
Comunicou à plebe a sua ideia:
-Que tal, malta, arranjarmos um dia
P´ra fazermos de um treino uma tareia ?
Assim falou Luís, de aberto peito,
Num dia em que se achou mais inspirado
E quem q’ria porrada pôs-se a jeito
E pôs-se à espera do comunicado.
- Que tal correr na Serra verdejante,
Respirando o ar puro que provoca
Numa paisagem linda, deslumbrante,
Desde o Paço Real até à Roca ?
- E depois de corrermos até lá
Indo sempre nas calmas e com sorte
Teremos todos que voltar p’ra cá
E já ninguém precisa de transporte!
Então não é que a malta concordou?!
Surgiram “bebe-chás” e “machadinhas”
E bem depressa um grupo se formou,
Já eram bem perto de vinte alminhas.
Contente vem o Luís, todo lampeiro,
E quis tornar a coisa mais bonita:
-Quando chegarmos, vai um travesseiro;
É que ninguém resiste à Piriquita!
Um alentejano que já estava inscrito,
Ficou surpreso com tal desempenho:
E disse :- agora é que vai ser bonito!
Onde é que eu me meti? P’ra onde venho?!
E disse, então na net, à sua “tropa”
Lá do seu Alentejo tão profundo:
- Se de Sintra p’ra lá é o Fim da Europa
Para lá e para cá é o Fim do Mundo!
E sem o menor sinal de cansaço
Põem a cerejinha na desdita
E digam lá, senhores, o que é que eu faço
Se ainda falam em ir à piriquita?!
Talvez seja o meu fim, estou desgraçado;
Talvez tal aventura não repita;
Talvez logo a seguir caia p’ro lado
Mas nunca disse não à piriquita
Talvez logo a seguir caia p’ro lado
Mas nunca disse não à piriquita.
Comunicou à plebe a sua ideia:
-Que tal, malta, arranjarmos um dia
P´ra fazermos de um treino uma tareia ?
Assim falou Luís, de aberto peito,
Num dia em que se achou mais inspirado
E quem q’ria porrada pôs-se a jeito
E pôs-se à espera do comunicado.
- Que tal correr na Serra verdejante,
Respirando o ar puro que provoca
Numa paisagem linda, deslumbrante,
Desde o Paço Real até à Roca ?
- E depois de corrermos até lá
Indo sempre nas calmas e com sorte
Teremos todos que voltar p’ra cá
E já ninguém precisa de transporte!
Então não é que a malta concordou?!
Surgiram “bebe-chás” e “machadinhas”
E bem depressa um grupo se formou,
Já eram bem perto de vinte alminhas.
Contente vem o Luís, todo lampeiro,
E quis tornar a coisa mais bonita:
-Quando chegarmos, vai um travesseiro;
É que ninguém resiste à Piriquita!
Um alentejano que já estava inscrito,
Ficou surpreso com tal desempenho:
E disse :- agora é que vai ser bonito!
Onde é que eu me meti? P’ra onde venho?!
E disse, então na net, à sua “tropa”
Lá do seu Alentejo tão profundo:
- Se de Sintra p’ra lá é o Fim da Europa
Para lá e para cá é o Fim do Mundo!
E sem o menor sinal de cansaço
Põem a cerejinha na desdita
E digam lá, senhores, o que é que eu faço
Se ainda falam em ir à piriquita?!
Talvez seja o meu fim, estou desgraçado;
Talvez tal aventura não repita;
Talvez logo a seguir caia p’ro lado
Mas nunca disse não à piriquita
Talvez logo a seguir caia p’ro lado
Mas nunca disse não à piriquita.
domingo, 26 de janeiro de 2014
XXIV GP Fim da Europa
Apanhado na partida pelo meu amigo Luis Parro |
Há, pois, que felicitar a Organização pelo sucesso alcançado.
Em tudo aquilo que tive oportunidade de ver, não encontrei falhas: nova imagem,
novos pórticos de partida e chegada, novas placas de marcação de km bem
visíveis, grande mobilização de voluntários nos abastecimentos e na chegada, a
grande tenda/abrigo, o farnel e chazinho quente, a distribuição das mochilas-a
que não assisti, rápida entrega dos prémios, autocarros de regresso à Azoia e a
Sintra em quantidade satisfatória, rápida disponibilização dos resultados
provisórios e diplomas.
O tempo é que não se quis juntar à festa, "vestindo" a Serra com um manto de nevoeiro e chuva miudinha que, se nos retirava a possibilidade
de contemplarmos as paisagens, envolvia-nos num cenário também belo, do misticismo a que os “mistérios das estradas
de Sintra” nos habituaram.
Portanto, meus amigos, fico contente por se terem dissipado
as reservas que tinha e podermos continuar a contar com o GPFE em todo o seu esplendor.
Repare-se, porém, que mantenho o que disse em relação às
questões suscitadas pelo critério de agravamento das taxas de inscrição e a
falta de transparência envolvida no processo e continuo a achar que se trata de
matéria a rever e à qual a Câmara certamente irá estar atenta na próxima edição.
Renovo os meus votos de Parabéns à Organização e a toda a
gente envolvida na Prova.
Quanto à minha participação, foi modesta, como sempre achei
que iria ser: 897º com 1,31,48, a par do meu amigo Nelson Alegre e depois de
termos feito o percurso inverso desde a Azoia, “a meter kms para Sevilha”.
Obs. Não foi preciso acender a vela.
sábado, 25 de janeiro de 2014
Amanhã, vou acender uma vela na Muchima
Ponha aqui o seu pezinho,
Depressa ou devagarinho
Nesta Serra que é tão grande
Que eu tenho uma carta escrita
Para a Prova mais Bonita…
Amanhã, talvez a mande!
Já foi tanta a “judiaria”
Ao invés do que se queria
Em matéria de inscrições,
Mas isso é assunto morto
Se isto não correr p’ro torto
Chovam felicitações.
Mas há coisas sem perdão
Por não ter em atenção
Que a Corrida é popular,
Correram com a malta tesa
Que sem ganhar para a despesa
Já não podem alinhar.
Mas a Serra que é de todos
Não sei se gostou dos modos
Que neste ano introduziram,
Amanhã, se saberá
Seis mil olhos haverá
P’ra nos contar o que viram.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Um dorsal com direito a... Heráldica
A nobreza tem destas coisas :
Foram escolhidos os símbolos claramente identificadores do
percurso, tendo em fundo a Serra de Sintra em silhueta azul e o Palácio da Vila
em silhueta negra, ponto de partida de três milhares de corredores.
Em chefe, no cantão direito, o palácio com as suas
imponentes chaminés sobressaindo de um círculo amarelo representando a Lua, em
alusão à antiga denominação de serra “Monte da Lua”; ao centro a inscrição
Sintra-Câmara Municipal, entidade organizadora do evento e no cantão esquerdo
do chefe, sobre rectângulo roxo, o horário da partida a amarelo. Em flanco à direita
em extensão, inscrição de leitura ascendente com o nome e idade do portador; a
negro, número árabe com quatro algarismos representando a ordem de inscrição. No
flanco esquerdo em extensão, o esboço a cinza do Farol da Roca, local “onde a terra acaba e o mar começa”, destino dos
corredores também aí representados em silhueta policromática.
Em ponta, a inscrição a branco sobre fundo negro: XXIV G.P.
FIM DA EUROPA associado a um elemento destacável e personalizado.
Longe vão os tempos da plebe.
sábado, 18 de janeiro de 2014
É política...
Um dos princípios que, desde muito cedo, interiorizei para
nortear o meu comportamento ao longo da vida foi o de não fazer aos outros
aquilo que não gostaria que os outros me fizessem.
Ora, tendo sempre por base que sou pessoa que cometo erros,
se eu tiver sido tolerante com os outros, poderei esperar deles alguma
tolerância quando falho.
Porém, chego à conclusão que
pensar assim é coisa de ingénuos. É que surgem outros valores a interferir
naquilo que parecia inquestionável e que assim fica relegado para segundo
plano. São os interesses políticos. De outro modo, como é que se consegue
compreender que aqueles que, enquanto poder, pretendiam que os seus adversários tivessem
uma atitude cooperante no essencial, desvalorizando algumas falhas de pormenor,
trocando de lugar, considerem graves e muito graves as erros de idêntica
importância, só porque agora estão do outro lado!?
E quando eu sabia que os erros eram meus, custou-me que eles
estivessem a servir de arma de arremesso. Por isso, legítima ou ilegitimamente,
“saltou-me a tampa”.
É que “…serei tudo o que quiserem, mas “assistente” castrado
NÃO!” Faz hoje 30 anos que morreu Ary dos Santos .
De acordo com a frase que celebrizou Octávio Machado, "vocês sabem do que falo"! Mas quero pedir desculpa aos que não sabem.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
“Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dele”
Se me tivessem pedido
para fazer uma lista de pessoas amigas que escrevem regularmente e que nunca
iriam aderir ao malfadado AO90, há um que eu colocaria no topo: JM, um amigo
que tive o prazer de conhecer na net, onde contemplei os seus belíssimos e sábios
escritos com quem tanto aprendi, que me incentivou a escrever os meus próprios apontamentos
e que tive e tenho o grato privilégio de conhecer pessoalmente.
Fazia tempo que não
visitava o seu blogue, que se transformou numa referência nacional na divulgação
de uma modalidade desportiva e cultural na Natureza, em crescente expansão. Hoje
fiz-lhe uma visita e fiquei “engasgado”, quando dei por mim a “tropeçar” em
palavras “amputadas”, palavras com que ele trabalha de forma encantadora!
Meu querido amigo JM,
tu que sempre deste provas de saber resistir à agressão, de lutar por causas
justas, de não te deixares influenciar por interesses obscuros, tu que sempre
foste mais fiel aos teus princípios do que àqueles que te impõem… que fizeste às
palavras que tanto respeitas e que são delicadas ferramentas com que tão bem
trabalhas?
Querido Amigo, sei que
as tuas responsabilidades editoriais são bem diferentes das minhas e pelas “Duas
ou Três Coisas que Sei de Ti”, nunca eu teria a ousadia de censurar as tuas opções,
mas não resisto a fazer um reparo sincero, mesmo que inconsequente.
Um grande e forte abraço,
meu Amigo.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
E vão duas
Vai com a cabeça onde
nem com a mão
O guarda redes consegue chegar;
Coloca a bola com tal precisão
Que só nas redes ela vai parar.
Em cada golo salta a multidão
E ergue os braços
para festejar
E grita forte :-Cristiano, Cristiano
Tu és o novo orgulho Lusitano.
P'lo mundo inteiro , onde tens brilhado
Conquistaste o respeito de um colosso
Fazes lembrar as glórias do passado
Quando outros heróis de carne e osso
Outros mundos ao Mundo tinham dado.
Teu talento, surgido ainda moço
Deu-te arte e engenho que sobeja
E um Mundo que tanto te deseja.
E no palco onde foste
premiado
E exibiste o troféu
de um Campeão
Vimos teu lado humano associado
Sem conseguires conter a emoção.
E no bom Português por ti falado
Exaltaste o brio de uma Nação
Que contigo chorou, mas de alegria
Pois o que tu sentiste ela sentia.
sábado, 11 de janeiro de 2014
Ludovico e a Bela Moira
Um ano após esta história, houve festança e foguetes nos arrabaldes do castelo. Os propósitos
tinham sido conseguidos.
Outro ano se passou e
verificaram-se grandes mudanças : mudou o alcaide, que trazia muitas
propostas novas para a plebe; mudaram os guardiões da bela moira. Desta não havia
notícias e começava a pairar idêntico quadro ao que ocorrera dois anos antes. Iam-se verificando movimentações populares em redor do castelo. Queriam saber dela,
e aqueles que lhe juraram fidelidade e protecção eterna, já se preparavam para entrar em acção.
A multidão foi crescendo e surge então o desejado anúncio de
que tudo estava bem e a bela moira, saudável e encantadora como sempre.
Porém, Ludovico, que nunca se tivera juntado ao grupo dos fiéis (para não
prejudicar, dizia ele, pois tratava-se de uma figura nem sempre bem aceite)mas
que à distância sempre dera algum apoio, desta vez, sozinho e pela calada,
conseguiu seduzir os guardiões da desejada moira, pega-a ao colo e, sem que a
multidão se apercebesse, levou-a consigo.
Faz-se depois anunciar que finalmente, ela poderia receber
visitas. Todos esfregam as mãos de contentamento e acorrem ao local. Era uma enorme tenda de circo e Ludovico
pôs-se à porta:
- São 12 dinheiros para os primeiros a chegar e, quando eu
entender passará a ser 15 e quando eu voltar a entender, serão 18… e 20!
Não adiantava
reclamar.
O pote, onde se iam deitando as moedas, encheu rapidamente e
a tenda já abarrotava de gente. Mas Ludovico tinha mais potes para encher e o espaço na
tenda havia de se arranjar logo que saísse de lá um primeiro grupo.
Fora da tenda era grande a celeuma: uns vociferavam, outros
exibiam cartazes de indignação. Dentro da tenda, a multidão ia beijando a mão
da donzela de olhar doce, mas aqueles que estavam verdadeiramente apaixonados
por ela, estavam incrédulos por vê-la convertida
num produto de venda. Ela, que era de todos! E choraram. Outros nem tiveram
coragem para entrar.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"A que propósito vos trago este soneto ? Ah, já sei. Depois falamos.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Eis que um velho...
Eis que um velho de aspeito venerando
Que comandara mal a nossa gente
Vendo este povo em
lágrimas, chorando
A perda do seu “ Rei” tão duramente,
Tomou o microfone . Eis se não quando,
Num estilo bem pior que antigamente
Ao “Rei” se referindo, mas sem jeito,
Tais palavras tirou de experto peito :
“-Era um bom jogador, mas sem cultura;
E era um homem bom, mas que bebia”…!
O povo ouvindo esta criatura
Já nem acreditava no que ouvia.
Perde então um pouco a compostura
Perante o desrespeito que sentia
Pelo ídolo que agora se finara
E que em grande homenagem recordara.
Alevanta-se, então um admirador
Que, sem se aguentar, ergueu a fala:
“-O "Rei" fez tudo bem sem ser doutor,
É esta multidão que o assinala;
Se é o que sabe dizer em seu louvor…
Maior a gratidão p’r a quem se cala,
E apetece-me
dizer-lhe, sem que o peça:
-Vá lá, Sr. Doutor, DESAPAREÇA !"
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
O Iconoclasta
Já poucos suportam a tua constante interferência no panorâmica político, tenhas ou não razão naquilo que dizes. Já tiveste o teu tempo, - e não foi nada pouco – para mostrares o que valias, fazendo o que este Povo te incumbiu de fazer. E fizeste? Lá terás feito alguma coisa boa, concerteza, mas de algumas asneiras que cometeste, muitos nunca tas perdoarão. Outros ainda te darão o benefício da dúvida.
“-Oh Senhor guarda, desapareça!” – lembras-te desta frase a que achaste muita graça e que mostra bem o teu lado “humanista” e o respeito pela profissão de quem te protegia? Talvez conseguisse enumerar uns quantos “tesourinhos” deste quilate, que põem a nú o teu verdadeiro pensamento, mas isso poderá ficar para outra altura. Mas esta, a de hoje, foi forte!
Tu, que o dirigiste, devias vergar-te perante quem o teu Povo se verga. Ao contrário, o que fizeste foi aviltar a memória de um Ídolo que o teu Povo adorou. Um ídolo que tu, se calhar, também pensaste que eras - e houve, certamente, quem tivesse fé em ti. Mas foste desiludindo e continuando a tapar o sol com a peneira para que, continuassem a acreditar em ti. E que vemos hoje, da tua herança no comando dos nossos destinos? Achas que cumpriste? Falemos agora do “Rei”. Trasformou-se num Ídolo não por uma questão de fé, mas porque deu provas. O que ele sabia fazer, fê-lo com a mestria que o Mundo inteiro lhe reconheceu. O Povo contava com ele e ele correspondia. O Povo contava contigo e tu…desiludiste. Ao contrário, ele nunca desiludiu.
Sabes, Mário? Se a tua popularidade já andava pelas ruas da amargura, com esta afronta ao teu Povo, penso que fizeste um verdadeiro harakiri. É verdade que não tens ambições políticas nem precisas de demonstrar nada a ninguém, pois já demonstraste o que eras capaz de fazer. Mas tinhas uma respeitabilidade a manter e não pugnaste por ela.
Entraste no templo e profanaste um ídolo só porque não eras tu. Nem os fiéis que já tiveste, te perdoarão.
domingo, 5 de janeiro de 2014
O Mistério do Trapinho
Lembro-me que era eu um puto e recebia do meu tio, as primeiras lições de hegemonia benfiquista, nos primórdios dos anos 60, nos saudosos tempos em que o SLB conquistava Taças dos Campeões.
Certa noite, ele apareceu em casa com uma pequena tira
de um tecido encarnado e mostrava-nos aquilo com o entusiasmo de quem mostra uma jóia valiosíssima, querendo fazer-nos adivinhar o que seria aquele trapinho.
Como não “íamos lá”, ele acabou por revelar a resposta : era
um pedacinho da camisola do Eusébio, seu grande ídolo, numa das muitas noites
de glória no Estádio da Luz.
Rei Eusébio, os ídolos não morrem.
sábado, 4 de janeiro de 2014
E a palavra vencedora é… “BOMBEIRO”
Amigos meus, orgulhosamente Bombeiros ( em cima: O pequeno Gonçalo e o pai babado, Rui; em baixo C.Cravo) -Não lhes pedi autorização, mas sei que eles não se chateiam- |
A competição está intrinsecamente ligada à condição do ser
humano. Tudo serve para competir. Até o vocabulário. Existem palavras mais
ricas ou menos ricas, palavras mais usadas ou menos usadas, tudo em função das
circunstâncias verificadas num determinado período de tempo. Foi-nos dado um
lote de uma dezena de palavras para que, de entre essas, pudéssemos eleger a
que nos parecia mais adequada ao ano de 2013.
Ganhou, por larga margem a respeitosa, heróica e altruísta palavra “BOMBEIRO” !!!
Eu, que sempre achei meio tonto este concurso, curvo-me perante a palavra
escolhida, sinal claríssimo de que os votantes (e eu não votei, pois não sabia
quais as palavras a concurso, nem como votar) têm um enorme respeito por
aqueles que têm por lema “Vida por Vida”. Isto diz tudo.
O bom senso ditou a escolha óbvia, pois “BOMBEIRO” figurava
numa lista, ao lado do hilariante “irrevogável”, do surpreendente “papa”, do oportunista “swapp”, do despautérico “inconstitucional”,
da despreconceituosa “co-adopção”, do
inconsequente “piropo”, da ancestral e, ao mesmo tempo, ultramoderníssima “corrida”…
Já o disse, “BOMBEIRO” ganhou destacada e
merecidíssimamente. Mas fica-me de certa forma “atravessado” que “corrida”
tenha ficado nos últimos lugares, ao lado de “piropo”. Olhem que porra! Ainda acredito que é por ter sido escrito com
letra minúscula, eheh.
Mas o facto de “corrida” ter sido sugerida no lote dos
vocábulos mais utilizados, significa que no ano de 2013, a força da Corrida foi
notada. É verdade que pode ter sido “moda”, mas custa-me a crer que não tenha
vindo para ficar. E fica ainda demonstrado que, também nesta competição, “
Corrida” existe para além da pretensão de querer chegar em primeiro. Estar lá,
já é muito bom.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Balanço de 2013
a 1ª : Subindo a Serra de Sintra no GPFE |
e a última de 2013: SS Olivais (foto de Manuel António AMMA) |
Do Cabo da Roca aos Olivais, foram 22 as provas que fiz em 2013, e como está na altura de fazer um balanço do meu ano desportivo, aqui fica uma resenha . Devo dizer que, comparado com muitos "cavalões" que andam aí no pelotão, foi muito fraquito, conforme se pode ver a seguir:
- 27,Jan.(17K-1,26,40) Grande Prémio Fim da Europa
- 10.Fev.(20K - 1,36,40) - 20 Km de Cascais
- 23.Fev. (?K 1,27,02-) Trilhos de Sintra à Noite
- 24.Mar. (21K-1,46,32) Meia Maratona de Lisboa
- 7.Abr. (15K-1.10.10) Corrida dos Sinos -Mafra
- 14.Abr.(10K-45,30) Corrida do Benfica -António Leitão
- 1.Mai. (15K- 1,12,03) Corrida do 1º de Maio
- 18.Mai.(10K-51,18) Corrida BES Run-Sintra
- 26.Mai. (21K -1.51.20) Meia Maratona da Areia -Caparica
- 8.Jun.(10K -45.34) Corrida Stº António -BES Run Lisboa
- 8.Jun. (7,2K-32.21) Corrida do Ambiente-Sintra
- 16.Jun (15K -1.07.46) Corrida de S. João -Porto
- 29Jun. (15K -1,08,16) Corrida das Fogueiras –Peniche
- 28.Jul.(43K -5.44.45) UMA -Melides - Tróia
- 3.Ago.(50K - 7.06.30) 5º UTNLO -Óbidos
- 6.Out. (42K – 3,52,22) Maratona de Lisboa
- 19.Out.(10K – 48.32) Lisboa Night Run
- 3.Nov. (42K – 3.42.21) 10ª Maratona do Porto
- 10.Nov. ( 21K – 1,45,25) Meia Maratona da Nazaré
- 8.Dez, (21K -1.40.30) Meia Maratona dos Descobrimentos
- 28.Dez (10K – 49,48) S. Silvestre de Lisboa
- 30.Dez (10K – 48,50) S. Silvestre dos Olivais
Ou seja, se fizer um resumo destas 22 Provas, dá muitas curtas e poucas longas. Assim:
10K – 6 (Benfica – BES Sintra-BES Lisboa- NightRun Lisboa –S.Silv.
Lisboa –S.Silv. Olivais)
15K – 4 (Sinos – 1º Maio – Fogueiras – S.João Porto)
20K - 1 (20Km de Cascais)
20K - 1 (20Km de Cascais)
21K – 4 (Meia Lisboa – Meia da Areia – Meia Nazaré –Meia Descobrimentos)
42K – 2 (Lisboa –Porto)
43 K– 1 (UMA)
50 K – 1 (TNLO)
17K – 1 (GP Fim da Europa)
7K – 1 (Sintra Corrida Ambiente)
? K – 1 (Sintra Night Trail)
Portanto, quantas provas houve por aí, onde eu não marquei presença...??? Mas que 2014 não seja pior. Já devo dar-me por muito satisfeito por continuar com o privilégio de CORRER . Um Bom 2014 para todos, ou melhor, que em 2014 todos sejamos melhores.
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