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sexta-feira, 30 de março de 2012

22ª Meia Maratona de Lisboa

A Minha chegada (Foto AMMA-Zé Gaspar)
Considero que a Meia Maratona de Lisboa, com quase 7000 a concluí-la e mais 30 mil a dar-lhe figuração humana , transformam este acontecimento no maior evento desportivo alguma vez realizado no País. E sendo a nossa modalidade a que é contemplada com tamanha expressão, é motivo para que todos os que gostam de correr se sintam honrados por ver que a Corrida atingiu um patamar de excelência num País de gente que custou a “convencer”.

Eu sei que há muitos corredores, que praticam regularmente durante todo o ano, preferem não se meter na confusão, onde falta, à esmagadora maioria, uma cultura desportiva onde todos teriam o seu lugar : os que correm depressa, os que correm devagar, os que caminham, os que simplesmente passeiam. Tudo sem causar embaraços e atropelos. Mas esse dia ainda vem longe.

Há também a confusão para ir até ao lado de lá, com os comboios a abarrotar. Mas também se sabe que, indo mais cedo, se pode trocar a confusão pelo sacrifício simples da espera .

Esta prova é o corolário do que qualquer organizador idealizaria, mas muito poucos o conseguirão.

Parabéns a toda a Organização pelo excelente trabalho realizado, que subiu mais uns degraus a caminho da perfeição. A partida pareceu-me mais controlada, com uma separação efectiva da Meia e da Mini ( o número de sanitários é que me pareceu insuficiente, na zona da Meia); o avanço progressivo do cordão de segurança, à medida que se aproximava a hora, funcionou bastante bem. Excelente animação, abastecimentos perfeitos com água em cada 2,5Km e água+ isotónico em cada 5Km; gel aos 15; bananas aos 18Km, chegada sem problemas.

Gosto sempre desta Prova, mas este ano, talvez tenha sido aquele em que tudo me pareceu perfeito.

Demorei 1,46,30 (1,47,00).

Agora o que não me parece bem é que, para obter um certificado, sejam os corredores a preencher todos os campos do formulário. E o sistema “aceita tudo”. Posso dizer que cheguei em 1º com o tempo de 59’ e fico com um “certificado” para emoldurar em lugar de honra, assinado pelo Director Carlos Móia!!! E esta hein???? Sinceramente, foi este o ponto menos bom que encontrei, pois abandalha a magnanimidade de todo o evento.

Pausa sem causa

O mês de Março até foi rico em acontecimentos. Não me posso queixar de falta de assunto para ter vindo aqui, nem que fosse pela atenção que me merecem os simpáticos leitores que regular ou esporadicamente visitam o “cidadão”. Mas uma coisa é haver assunto, outra é dar conta dele, escrevendo; uma coisa é estar atento ao que se passa à nossa volta, outra é dispormo-nos a fazer o seu registo.


O verdadeiro “blogger” de Corrida faria questão de não deixar escapar aquilo que interessa à modalidade (ou que lhe interessa a si pela intensidade com que viveu e sentiu determinado evento).

Mas nem sempre a mente –falo da minha- ajuda a cumprir o compromisso assumido. Por isso peço desculpa a todos por um mês de Março tão… silencioso.

O último apontamento que vos deixei falava numa lesão do joelho, após um jogo de ping-pong, mas isso, felizmente, passou após 3 ou 4 dias de descanso. Depois disso, já treinei, já voltei a interromper os treinos por me ter constipado, já recomecei, já fiz uma prova. A 22ª Meia Maratona de Lisboa. É dela que vos falo a seguir.

domingo, 4 de março de 2012

Ping Pong...ai,ui


Há muitos anos que não jogava ping pong, mas na passada 6ª feira, depois do Benfica-Porto, desafiaram-me e eu não resisti.


Reparei, com alguma satisfação, que as minhas performances de jogador, se mantém sensivelmente ao nível de outros tempos. Estávamos a jogar de 4 e jogámos, jogámos, durante quase 2 horas ininterruptas. Claro que transpirei que me fartei. À parte isso, não dei conta que algo de anormal se passasse comigo. Chegado a casa, banhoca, xi-xi e cama.

No dia seguinte, ao levantar, noto uma dor esquisita no joelho direito, na sua parte interna, que era incapacitante por não me deixar fazer apoio na perna. Lá me fui mexendo e, aos poucos, a coisa foi passando e, durante o dia, até me esqueci desse episódio. Tanto que me esqueci que, ontem, à hora habitual, lá fui fazer a minha corridinha de 15 Km, em que gastei 1,15.

Durante a noite é que foram elas!... Ao precisar de movimentar a perna, eram terríveis as dores no joelho, até que conseguisse posição confortável. E ao levantar, então, nem vos digo. Conclusão: só apoiado é que conseguia deslocar-me e, de novo, com o passar do tempo, a articulação passou a apresentar apenas uma ligeira moinha, bem localizada, mas que me permite andar normalmente e, se quisesse, até daria para ir correr. Mas é claro que não fui. Noto, porém, que sempre que estou sentado mais tempo, ao levantar, sinto o agravamento da dor.

O ideal seria passar a noite em movimento, para amanhã, ao acordar, não ter de recorrer às canadianas, eheh.

Ah pois é! Os movimentos do ping pong, de que estou destreinado, fizeram ressurgir uma lesão antiga, mal curada, que p’ràqui houve ( e até estou e lembrar-me quando e como é que ela aconteceu : há coisa de 4 anos, com o pé esquerdo pisei uma pedra que me provocou uma leve entorse no tornozelo, mas ao “compensar” com a perna direita, para não cair, forcei o joelho de tal forma que, nos dias seguintes, se andou a “queixar”.)

Está-me a chatear, mas acho que tenho que ir ver isto. Uma coisa é certa: enquanto acordar com o joelho a doer estou na situação de “alerta laranja” no que à Corrida diz respeito.

sábado, 3 de março de 2012

Pronto, perdemos. E daí?

Perdemos um jogo. Provavelmente o jogo do título, a menos que deslizes do adversário, refaçam as contas e nos voltem a colocar na corrida. Mas o que aconteceu foi apenas perdermos um jogo. Gostava de ter ganho? Pergunta parva. Mas não é pelo facto de ter perdido que vou deixar de ir fazer a minha corridinha.


Enerva-me que adeptos do meu Benfica fiquem “fora de si”, recusando-se a aceitar o resultado por erros de arbitragem, ainda que os houvesse. Mas também não me sinto bem ao ver que adeptos do FCP, por terem ganho, se sintam com o rei na barriga e se vangloriem, esquecendo-se do respeito que é devido ao adversário.

“GLÓRIA AOS VENCEDORES E HONRA AOS VENCIDOS” uma velha máxima que é tantas vezes esquecida.

Não contem comigo para alimentar guerras inúteis Porto-Lisboa. Nem em “futebóis” nem noutras coisas.

Vou correr! Não como quem bebe para esquecer a derrota, mas como quem brindaria se tivesse ganho. Viva a Corrida, que serve para ambas as situações.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Revista Spiridon

Os meus amigos Jorge Branco e João Lima têm vindo a fazer um trabalho notável nos respectivos blogues (Último Km e JoãoLima.net) no que respeita à comemoração da publicação do nº 200 da Revista Spiridon.

Eu, que desde o primeiro número – o tal que foi distribuído gratuitamente na 4ª Edição da Meia Maratona da Nazaré – me tornei assinante (acho que e tinha o nº cento e tal), lembro-me bem do entusiasmo com que lia cada número e da “intolerância” àqueles “enormes” dois meses que tinha de esperar para voltar a ter a Revista. Todos os assuntos eram escalpelizados, pois nenhuma outra publicação abordava a temática da Corrida cuja “explosão” se deu exactamente na segunda parte anos setenta. (Revivo os tempos envergonhados dos meus primeiros treinos, em que marcava o ritmo da passada com a música da “Gaivota que voava, voava…” ). E eu, corria, corria…!

Nessa altura, contactei, sem sucesso, a Direcção da Revista, na tentativa de que a sua publicação passasse a ser mensal, mas compreendi as dificuldades apresentadas.

Fiquei triste por, a dada altura, ter sido excluído de assinante. Com justiça, diga-se, pois não paguei a assinatura e não tomei nota do aviso que me terá sido enviado. Um esquecimento que não devia ter acontecido, mas por um capricho parvo, entendi que, uma vez perdido o estatuto de assinante “original”, perdia-se também o entusiasmo com que acompanhava a Spiridon.

Até que um dia, na feira da Meia de Lisboa, no espaço Spiridon, achei que a Revista me fazia mais falta a mim do que eu à Revista e não valia a pena continuar com a “birra”.Voltei a assiná-la, pois a sua função pioneira nos ensinamentos básicos para que a Corrida estivesse ao alcance de todos, mereceria o meu reconhecimento e, afinal, também eu, apesar de correr há muitos anos, continuava a ter muito para aprender.

Quero saudar o Prof. Mário Machado pela sua persistência, por não se ter deixado levar por projectos editoriais mais atraentes, mas de sustentabilidade duvidosa e ter conseguido atingir o bonito número de 200, mantendo as temáticas que continuam a prender a atenção dos corredores. Pela minha parte quero agradecer à Spiridon todo o saber que nos foi transmitindo e que tanto contribuiu para o desenvolvimento da Corrida Popular no nosso País. Obrigado.