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sexta-feira, 23 de maio de 2014

"Desacordismo ou desactualização"?

Ia eu levar o meu cão a passear, quando vejo no chão, um folheto de propaganda eleitoral: num fundo azul, bem iluminadas, destacavam-se, lado a lado, duas conhecidas figuras da Aliança Portugal, que têm estado no P.E. a “representar-nos”.

Apanhei o papel, mais na esperança de que me viesse a fazer falta para apanhar eventuais “presentes” do cachorro, do que com a ideia de o ler. Mas, de soslaio, leio que, e cito : aquele grupo de candidatos era uma excelente “selecção”. Mais à frente, leio “projectos” duas vezes, assim. E pus-me a ler a mensagem e… mais uma: “directa”!

Fiquei admirado, pois todo o texto estava em Português correCto!

De tanta coisa que se propõem fazer, a melhor seria convencerem os seus pares do governo a deixar o País escrever como eles.

Ou então… foi sem querer, pois ao estarem há 5 anos no PE e por usarem menos o Português, ainda não se aperceberam do que os seus amigos da governação fizeram à nossa Língua.


Ou então, ainda… por lhes “cheirar” que haveria eleitores que escolheriam aqueles que repudiassem o acordês, apresentaram-se assim, candidamente, escrevendo daquela forma que dá gosto ler. Quanto ao conteúdo, isso já é outra conversa.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A imagem e a ética


A foto de meia página que é revelada na Spiridon, a propósito do "Fair Play e Vigarice" na  Meia Maratona de Lisboa (e que já o fora na Revista Atletismo de Abril) ou teve a anuência do casal visado ou estamos perante uma séria violação dos seus direitos.

Apesar de ter tido um comportamento incorrecto, com o qual não concordo de todo, a repetida exposição pública de que está a ser objecto, não tem nada de pedagógico ou moralizador. Por força das fotos, este casal está a ser mostrado como o paradigma do chico-espertismo, quando foram centenas aqueles que prevaricaram.

Sou a favor de que o prevaricador deva ser punido. Porém, que o seja na proporção da gravidade da infracção.

Quem dirige revistas, sabe melhor que ninguém que a publicação de imagens desta natureza, seja a que título for, constitui uma violação quiçá bem maior do que a que foi cometida por este casal. Não é com falta de ética que se combate a falta de ética.


Que atire a primeira pedra, aquele que nunca falhou, mas apesar da grande consideração que tenho pelos directores de ambas as revistas, tenho que manifestar a minha discordância pela forma como trataram o assunto. A pedagogia vale muito mais que a exposição na praça pública, como se fossem criminosos, de pessoas de bem que apenas se queriam divertir. 

Repito: considero reprovável o comportamento destes atletas, mas não menos reprovável - por desproporcionada - a exposição pública que deles foi feita, sem que eles tivessem sido ouvidos.



quarta-feira, 21 de maio de 2014

Cidadania Desconsertante


O cidadão tirou umas “blogoférias”, pois tinha uns assuntos para tratar e, quando deu por isso, tinha passado mais de um mês e meio! Volta e meia, acontece-lhe disto. Mas, para além dos “assuntos a tratar” e muitos continuam por resolver, viu-se confrontado com uma inquietante “desinspiração”.
E quando vinha para comunicar, triunfante, o regresso do “cidadão”, vê-se a contas com… a justiça: - está a chegar o momento do cumprimento da pena a que foi condenado pelo facto de ter cometido um acto de cidadania “criminosa”, há seis anos atrás.
A justiça tarda mas chega. E ensinou-lhe que a verdade perde importância, quando há gente que se sente ofendido com ela; quando há gente que tem uma “verdade” muito própria e não se importa de gastar o que for preciso para que o “sistema” se vire contra quem lhe apontou o dedo.
Para começar, há as custas processuais (204€), pois, ao ser considerado culpado, terá que suportar as taxas de justiça de uma justiça que não se fez.
Aguarda, ainda, entrevista no Instituto de Reinserção Social, a fim de acertar detalhes sobre a prestação de 250h de trabalho comunitário, certamente como forma de ressarcir a sociedade pelos prejuízos causados e para reabilitação da “conduta perigosa” que representa.
Fica ,depois, a faltar a indemnização por danos morais ao “ofendido”.
E viva a liberdade de expressão! Viva a liberdade de imprensa! Viva a igualdade de todos perante a Lei.  - É o que ele ouve; é o que ele diz.

Viva a censura! Viva a lei da rolha! Viva uma justiça que se verga perante os ricos. - É o que ele vê.