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domingo, 19 de março de 2017

Prova nº 6 - Meia Maratona de Lisboa





Há quem não goste de “confusões” e fuja da Meia Maratona de Lisboa para correr em ambientes mais maneirinhos, mais calmos, mais aconchegados em vez de se transformar apenas numa infinitésima porção daquele mar de gente que, saída do tabuleiro da ponte, varreu a capital, numa torrente humana que expressa bem a dimensão que a Corrida assumiu na nossa sociedade.
Respeitando quem é mais pelo sossego de outras provas –e eu também gosto muito de sossego – vejo na Meia Maratona de Lisboa uma espécie de Celebração da Corrida.
Os que correm, de uma ou de outra forma, tendem a considerar que esta prática será mais útil à sociedade se cada vez mais gente a seguir. Quantos mais formos a correr, mais enraizada estará a Corrida e mais expressão ela terá na vida das pessoas.
Atingir-se esse ideal e não o comemorarmos porque “é muita confusão” é como se recusássemos o resultado óbvio do reconhecimento das massas, dos benefícios da Corrida.
Reconheço que, quanto maior a multidão, maior número de “intrusões” de pessoas que não sabem estar na Corrida, que adoptam práticas desrespeitosas que repudiamos. Mas não devemos valorizar esses actos a pontos de recusarmos festejar a Corrida só para não corrermos o risco de assistir a atitudes lastimáveis. Por cada um que atira a casca da banana para o chão, há mil que sabem onde pô-la; por cada batoteiro que aparece há mil que o condenam; por cada um que não compreende o que retirar da Corrida, haverá mil que ficam rendidos à sua magia.
Por isso, faço questão de estar na Festa da Corrida.

O meu desempenho não foi mau. 1,45, menos 7 minutos que em 2015. Resultados completos aqui.

domingo, 12 de março de 2017

Prova nº 5 - 3º Trail da Costa Saloia














Não estava previsto, mas lá fui até ao Mucifal na esperança de poder participar em mais um trilho da minha região: o 3º Trail da Costa Saloia, organizado pela União Mucifalense, com o apoio técnico dos Trilhos Perdidos, na distância de 23 Km. E participei mesmo. Aqui vai um agradecimento especial aos meus amigos da Caixa Geral de Depósitos, André Noronha e Pedro Lopes).
Gostei. Percurso bem sinalizado, avisos nos locais de maior perigo, Km marcados de 2 em 2, bons abastecimentos,  paisagens bonitas, piso bastante diversificado, entre areia, terra batida, estradões, carreiros em terrenos particulares, riachos para atravessar. Fiz muitas paragens, tentando arranjar umas fotos para recordar.
A saída e a chegada deram-se junto à sede do clube organizador, que dispõe de excelentes e modernas instalações. O tempo ajudou e aí, caros amigos da organização, devem sentir-se muito satisfeitos, pois não sei como seria se, no troço denominado  “Trilho das Ovelhas”, o piso estivesse molhado !  É certo que estava lá o aviso muito bem visível, mas, na falta de alternativa, mesmo que se redobrassem os cuidados, a queda seria inevitável para muitos corredores. Mas não choveu e falar sobre como seria se tivesse chovido é estar a entrar no campo da especulação. Prossigamos: muito agradável percorrer todo aquele enorme vale que vai do Mato Grande à Praia de Magoito, onde aparece o primeiro obstáculo a sério, que foi a subida de uma enorme duna (onde estava um controlo de passagem, animado com música)até à rampa asfaltada que desce para a praia. Depois, o passadiço de madeira, de fácil transposição e a ponte da praia. Passa-se o “Trilho da Raposa” e segue-se, depois, um outro “petisco” , a enorme “Rampa da Mimosa” ao cimo da qual lá estava a vaquinha a pastar (fazendo jus ao nome) perto do abastecimento, de onde se continuava a subir até ao mirante. Fabulosa paisagem da costa e do mar. Cem metros de descida ate à linha das arribas, ao longo das quais seguimos até à Praia das Maçãs, passando pela Aguda e Azenhas do Mar. O vento forte a dar-nos nas costas, facilitava o andamento.
Da Praia das Maçãs ao Mucifal, foram 6km já sem dificuldades, num piso muito mais favorável ao pessoal da corrida do que do trilho, que gosta mais dos chamados “percursos técnicos”.

Chego à Meta na casa das 2,50H, (em 216º entre 359 classificados), com boas sensações.

terça-feira, 7 de março de 2017

domingo, 5 de março de 2017

Prova nº 4 - I Terrugem Trail


Na Aldeia de Broas


A caminho dos Moinhos do Lima

Apenas na 6ª Feira, com a especial deferência da Organização, me decidi a participar nesta 1ª Edição do Terrugem Trail, afinal, uma organização vizinha do Trilho das Lampas, que põe a descoberto uma grande fatia do território a sudeste  do TL. Optei pelos 25 Km (que afinal viriam a ser 27), pois havia também um trilho curto de 10 Km.
Partida dada, às 9h e rapidamente nos embrenhámos nos caminhos cheios de poças de água da intensa chuva das vésperas. Mas isso já seria de esperar, mas tinha como contrapartida, as ribeiras cheias, e o som agradável da água a correr, enquanto também nós corríamos nas margens. Volta e meia, atravessávamos em pontes de madeira, de cimento e até, a vau,  com a água acima do joelho e com corrente forte, beneficiando nós da ajuda de uma corda para melhor garantir o equilíbrio. (Video aqui, com a minha travessia aos 4 minutos).
Para "chatear" havia subidas íngremes que, mesmo a passo, custavam a fazer. A 1ª delas conduzia-nos à afamada aldeia em ruínas de Broas (aqui para nós, só la vi as ruínas de uma casa com os respectivos anexos. Mas se dizem que é aldeia, é porque haverá por lá outras casas mais escondidas e que não vi). Adiante. Descida para Almorquim, entrada na localidade pelo asfalto e saída, novamente por caminhos velhos, até às imediações dos Moinhos do Lima, que contornámos, na direcção de Carvalhal. Vinha um colega em sentido contrário. Não tinha visto a divisão dos 10 Km (colocada por volta dos 5Km e só agora, com perto de 14, é que se apercebeu. Ainda o tentámos convencer a seguir em frente, pois teria de percorrer muito menos, mas o rapaz estava decidido. Não lhe gabo a sorte de fazer mais do que 25, quando apenas queria fazer 10. Mas ele ia bem disposto e isso é que interessava.
A atmosfera por volta desta altura, começava a vir impregnada de umas "fragrâncias" bovinas e vi logo que deveríamos andar perto da vacaria do Carvalhal. (Aí estamos quites, amigos da Terrugem, que no Trilho das Lampas, também temos de passar perto de uma suinicultura, cujo "smell" não fica nada atrás deste).
Aldeia do Funchal onde havia o 2º abastecimento. Novamente planalto dos Moinhos, passagem à Quinta dos Bons Cheiros (turismo Rural), entrada no asfalto e viragem para a zona de Faião. Placa a dizer que faltavam 10Km. Entrámos numa zona "remexida" de fresco, com as obras de saneamento dos SMAS, que deixou a passagem numa espécie de mousse. Novamente, descida em serpentina, até ao rio e agora, contra a corrente. Esperava-nos  uma subida tramada, até Alcolombal. Não me pareceu tão grande quanto a outra, mas para quem já estava com mais de 23Km, era obra. Chegado à aldeia pensei: "estou em casa. Agora falta pouco para a meta e é tudo asfalto". Afinal não. Tínhamos ainda de fazer um arco em caminho velho. Desmoralizei quando vejo uma placa a dizer que faltava 1km ! Ainda 1Km ? Mais um bocadinho a passo e ...lá recuperei a corrida, para chegar à meta a correr.
3,20,01 . Fiquei em 70º dos 100 e qualquer coisa que terminaram. Resultados completos aqui.
Agora, o que dizer sobre a Prova?
-Preço de inscrição acessível;
-Percurso bem sinalizado com fita e placas amarelas cravadas no chão, informando da aproximação de estrada ou de perigo e com setas para indicar o sentido da prova. (Pena faltar uma seta destas por volta dos 17Km, quando se deixava o estradão para entrar num terreno privado, mas temos de reconhecer a falta de atenção, que nos levou a fazer uns metros a mais, mas isso também faz parte, basta lembrar o João Oliveira que, na Transpirineia (860Km) fez 30 Km enganado, eheh);
-Bons abastecimentos;
-Sistema de apresentação dos resultados bom, mas, a menos que eu ainda não tenha visto bem, não permite a obtenção do diploma;
- Mecanismo "anti-batota" - Vale o facto do pessoal dos trilhos não ter tradição de enganar as organizações, porque locais havia em que seria muito fácil atalhar, encurtando uns km, principalmente para os da zona. Caso a próxima edição repita o percurso, seria prudente evitar o "chico-espertismo" que anda sempre "de nariz no ar" à espera de oportunidade.
Em suma, estamos perante uma 1ª edição que se pode considerar, de sucesso, estando a Organização da ABIT, de parabéns, demonstrando que a malta das bicicletas está perfeitamente apta a lidar com os pedestres. Venha a 2ª Edição.




quarta-feira, 1 de março de 2017