Seminário
para Directores de Provas de Atletismo Fora do Estádio
COMUNICADO
Como tem sido largamente difundido, a FPA agendou
para os dias 19 e 20 de Julho de 2014, um “Seminário para Directores de Provas de Atletismo Fora do Estádio” sendo que a partir de 1 de Janeiro de 2015 (!),
não serão homologadas quaisquer provas que não tenham um director certificado
com a frequência deste seminário.
Sendo bem recebida toda a notícia que vise
aproximar a FPA das organizações, dotando-as de conhecimentos técnicos que
aumentem a qualidade dos eventos, apontem soluções para se ultrapassar
problemas e se harmonize os procedimentos com que as organizações são
confrontadas, vemos com algumas reservas o carácter tão taxativo que aqui se
revela, impedindo a realização legal das provas que, por qualquer razão, não
consigam estar representadas neste seminário. (Soubemos, entretanto, que haverá
um segundo ainda no 1º trimestre de 2015).
A questão que se coloca prende-se com o elevado
número provas, nos vários pontos do País, que não têm a possibilidade de
responder a este “ultimato” e enviar o seu director a Lisboa para ser
devidamente credenciado. (Ainda que tenha uma segunda oportunidade em Março de
2015).
Estamos em crer que a FPA, com este seminário, vai
ao encontro daquilo que é desejável para todos os agentes desportivos
envolvidos na Corrida Popular, mas passarmos do oito para o oitenta em termos
de inflexibilidade na norma criada, não será a melhor forma de “chegar ao
terreno”. A nosso ver, este seminário deveria dar início a um período
transitório em que, se passaria primeiro, pela advertência e só depois, pela
proibição (mas só depois da FPA ter dado a possibilidade - quer em termos de
calendário, quer em termos de distribuição geográfica das acções - dos muitos directores
frequentarem o dito seminário).
Se não houver essa condescendência e se a FPA for
rigorosa em manter esta norma, muitas provas de qualidade deixarão de se poder
realizar ou passarão à clandestinidade. E se a FPA não conseguir assegurar os
mecanismos que garantam o cumprimento de uma regra que ela própria determinou
ficará, de certa forma, descredibilizada.
Como em tudo na vida, quer da parte dos
organizadores, quer da parte da FPA, deverá haver bom senso na implementação de
uma nova medida que, voltamos a sublinhar, é da maior importância para que a
Corrida fora dos Estádios ganhe referências que lhe assegurem a qualidade que
todos desejamos.
Pelas razões expostas, e recomendando embora a
participação das provas neste seminário, tentaremos sensibilizar a FPA para que
a entrada em vigor da nova medida se faça com a justiça devida.
Lisboa,26 de Junho de 2014.
Pela APOPA,
Fernando Andrade