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domingo, 29 de junho de 2008

29ª Corrida das Fogueiras -Peniche

Os meus amigos Carlos Neto e Carlos Rocha (Os "abstémios" das sardinhas)

Este ano, a Corrida das Fogueiras, calhou mesmo no Dia da Fogueirinha de S. Pedro, a última das que se faziam pelos Santos Populares, numa tradição que se perdeu.

Mais uma vez, estive em Peniche, pois este Corrida é uma das minhas clássicas. Não sou totalista nas 29 edições realizadas, mas já devo ter feito umas 25. É só questão de ir contar os troféus ali conquistados.

Chegados a Peniche, encaminhámo-nos para o levantamento dos dorsais (não do meu, que o meu amigo Francisco, ao tratar dos da equipa do Banif-Açoreana – a minha equipa - já tinha estado a trabalhar para mim) dos dois amigos que me deram boleia). Para ser sincero, não gostei da forma como foram entregues os dorsais. Por muita que seja a experiência adquirida ao longo de tantos anos, nunca deveria ter-se negligenciado um aspecto que é de grande importância para a avaliação de uma Prova. Costuma ser bem melhor. O local de entrega já mudou muitas vezes, mas este ano foi, talvez, o que ficou mais distante da partida. Mas isso ainda seria o menos. A fila única para a Corrida das Fogueiras e para a das Fogueirinhas não funcionou de modo célere e a forma algo atabalhoada com que entregavam as lembranças e as senhas para a sardinhada (a uns davam-nas espontaneamente, a outros só se pedissem, a outros ainda, nem pedindo porque “tinham ido buscar mais” e isso obrigaria a uma espera que, já tendo sido longa até ali, não deveria prolongar-se mais) deixou muito a desejar. Cá fora, a fila ia crescendo. Contra todas as expectativas, neste particular, a Organização não esteve bem.

Quanto à Corrida em si, é sempre um grande prazer participar. Ao cair da noite, pela “fresquinha” e com foguetório e tudo, iniciámos a Prova, ante os aplausos entusiastas de uma multidão que enchia as ruas principais. Estimulantes estes aplausos! Entre os 2 e os 3 km, cruzámo-nos com os que já vinham e com os que ainda iam, num sempre esperado momento em que possamos fazer uma saudação momentânea à malta amiga, o que se tornava mais difícil com o escurecer. Porém ainda deu para dizer um “ói!” três ou quatro vezes.

Fiz a prova de trás para a frente, mas receando estar a imprimir um ritmo demasiado elevado para o meu estado de forma (aos 5km, levava 23m) ; aos 10 Km não consegui ler o cronómetro, mas acabei por me aguentar bem, terminando com 1.09. Menos 5 minutos que no Porto !

No final, uma chegada sem qualquer tipo de problemas na saída, onde já só se recebia uma (ou mais) garrafinha de água.

Havia, depois, a sardinhada. Desta vez até me apetecia ir para lá, esquecido que já estou da confusão da última vez. Mas, éramos três e o meu voto foi o vencido! A boleia é bom mas tem destas coisas.

Para o ano é a 30ª Edição! Amigos de Peniche (é um trocadilho, apenas!) se puserem em prática aquilo que todos sabemos que são capazes de fazer, os erros deste ano –apenas na entrega dos dorsais - não irão repetir-se e a Festa será de arromba ! Eu conto lá estar . Mas não quero terminar sem deixar aqui os meus Parabéns pela vossa persistência e por por mais ume edição da Corrida das Fogueiras.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Corrida das Festas da Cidade do Porto - 2008

Com Jorge Teixeira, o Director da Prova (foto de J.Margarido)

Este homem, de que muito me honro ser seu amigo, com as suas virtudes e defeitos, é merecedor de toda a minha admiração e respeito. Nos seus ombros está a responsabilidade de se rodear das pessoas certas que lhe permitam concretizar tão grandes eventos. E a Corrida, na Cidade do Porto, ganhou um outro estatuto desde que ele assumiu o seu comando na RunPorto. Várias são as ocasiões em que isto se pode comprovar, mas, pelo S. João, a Corrida das Festas da Cidade, talvez porque a alegria paira no ar, tem qualquer coisa de especial, testemunhada por todos os participantes.
Chega-se e sente-se o ambiente de uma recepção acolhedora; visita-se a cidade e é contagiante a simpatia das pessoas; participa-se na corrida e vivemos a Festa. Não importa se estamos entre os primeiros ou entre os “últimos”, que somos tratados com igual simpatia e consideração.
E depois, encontramos sempre gente amiga, com quem podemos partilhar umas “voltas ao bilhar grande” para chegar ao hotel; uma “francesinha” saborosa em sã confraternização enquanto a noite vai caindo sobre a Cidade e sobre o Rio e enquanto a Rússia vai, surpreendentemente, pondo a Holanda de fora no Europeu de Futebol.
Com o Cláudio, a Ana e a Rosa (foto do Pai da Ana)

Quanto à Corrida, se as anteriores edições já mereciam a nota máxima, esta ainda saiu reforçada, tendo-se feito um ajustamento do percurso (passagem pela meta aos 5Km, retorno aos 10km e finalização aos 15km!) que permite um melhor controlo dos caminheiros.
Demorei 1h14m a fazer a Prova, o que não considero mau de todo dada a fraquíssima preparação que tenho feito.
No final, recebemos aqueles “miminhos” com que a Organização nos brinda e que tão bem sabem.
É da maior justiça deixar uma palavra de agradecimento a esta brilhante Organização pelo carinho recebido, felicitando-a por este trabalho que, no mínimo, é exemplar.
Sentimo-nos de tal forma que, logo que o dia acaba, ficamos com saudades.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Aqui, não! xô, xô...


Quero pedir mil perdões à minha gente das corridas! A indignação com outras questões começou a transformar este espaço num muro de lamentações. Não era nada disso que eu queria. A Corrida, praticamente, fora remetida para as calendas e estava a ser o “poderoso homem do galo” o alvo das minhas atenções. Como quero “restituir-me” à minha modalidade de eleição, remeti as outras questões para um outro blogue, deixando em paz e sossego, os meus amigos que esperam que eu fale de Desporto.
Esse novo blogue, com um nome inspirado na lamentável situação, está no seguinte endereço :
http://outrogalocanta.blogspot.com/
Quanto às Corridas, já lá iremos. Digo apenas que no último fim de semana estive na Corrida das Festas da Cidade do Porto que, como sempre, adorei e no próximo sábado, será a vez da Corrida das Fogueiras, em Peniche, onde também gosto muito de participar.
Já volto.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

À procura da rolha

O correio electrónico é, de facto, um grande invento. Fácil, barato, rápido e, espero eu, eficaz.

Já contactei diversas entidades que entendo poderem fazer alguma coisa por esta causa.

Mas a minha luta, de igual para igual (dizem os livros, que assim apresentam os cidadãos perante a Lei) mais parece a de uma lagartixa com um jacaré.

Da minha parte, a força sai-me de das entranhas, do sentir que tenho razão e da raiva de me sentir abandonado, procurando a “rolha da garrafa que me salve do naufrágio”. Da outra parte a força sai da alta finança, da bajulação, da pusilanimidade.

Oh políticos deste País, porque vacilais nos deveres que vos assistem, para dar segurança a quem não precisa dela ?

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sabia que :

Se estiver a fazer uma obra e essa obra fôr embargada pela Câmara Municipal, pode entrar com uma providência cautelar que vai suspender a eficácia do auto de embargo e pode continuar? Ou, pelo menos, ganhar tempo ?

Porém, a Câmara, se se mantiver firme e criteriosa nos actos que pratica, poderá, através de uma deliberação fundamentada, indeferir as suas pretensões e manter o embargo, pois os regulamentos são para se cumprir.

Isto é o que aconteceria ao cidadão comum.

Mas há aqueles que, movendo-se acima da Lei, ainda se arrogam o direito de achar que deveriam ter sido tratados com mais respeito por parte da edilidade, fazendo-a voltar atrás na sua “ousadia” de embargar uma obra, por mais aberrante que fosse. E aí, a providência cautelar é, surpreendentemente, de “uma eficácia definitiva” !

Daí o dilema : conformemo-nos com a fraqueza das instituições que temos, ou continuamos a reclamar uma igualdade de direitos comprovadamente teórica ?

segunda-feira, 16 de junho de 2008

É o País que temos!

“É o País que temos!” Esta expressão, usada depressiativamente e tantas vezes ouvida, sempre me causou uma certa arrelia, por entender, na minha ingenuidade, que o País somos nós que o fazemos. Se é bom ou mau, temos a nossa quota-parte de responsabilidade nisso.

Pensava eu que o ser-se condecorado pelo mais alto magistrado da Nação era um sinal de mérito, de respeitabilidade, de reconhecimento de um País a quem, pelos seus feitos ou empreendimentos, se destaca da vulgaridade.

Se em muitos casos isto continua a ser verdade, neste enganei-me!

Digo isto, entristecido por ver que, um desses “condecorados”, que devia dar o exemplo de respeito pelas instituições e pelas leis deste País que o agraciou, da forma mais prepotente e arrogante que é possível imaginar, se coloca acima do poder das autoridades, achando que tudo pode. E a verdade é que aquilo a que assistimos, com as obras de ampliação da Galucho, em S. João das Lampas, só confirma esta “apagada e vil tristeza” que reina nesta terra onde nasci e sempre vivi

As instituições, que deveriam assegurar o princípio de igualdade de todos os cidadãos perante a Lei, vergam-se e humilham-se perante o “todo-poderoso”.

Em Fevereiro, disse que, se nada se fizesse perante a afronta urbanística que se estava a levar por diante, estava a admitir que um “intocável fora-da-lei” tinha mais poderes que a Câmara Municipal de Sintra.

Foi considerado que usei “termos desprimorosos”. A desobediência ao embargo era “correctíssima” e eu é que passei a ser o “malcriadão”!

Gostava de continuar a acreditar no meu País, apesar de ver que quem prevarica é “comendador” e quem vai “comendo a dor” somos nós, aqueles que têm os direitos consagrados no papel e que, tantas vezes, são invocados solenemente, em ocasiões especiais, por quem deve zelar por eles.

Mas na prática, temos de admitir que são as más práticas de alguns e a subserviência de outros, que “têm do confuso mundo o regimento”.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Praia para todos

O único acesso à Praia da Aguda-Fontanelas



Há muitas coisas que nos passam ao lado e, sobre essas, por mais aberrantes que sejam, não podemos pronunciar-nos.

Porém, outras há que se passam "nas nossas barbas" e que, por não conseguirmos "digeri-las", sentimos que não devemos ficar calados.

As cheias de Fevereiro, deixaram em vários locais do Concelho, rastos de destruição e o acesso à Praia da Aguda, em Fontanelas, não escapou à força destruidora da água e da lama, retirando-lhe a segurança.

Segue-se Março, Abril, Maio, quando a Autoridade Marítima Nacional (Capitania do Porto de Cascais), faz sair o seu Edital nº 1, informando a população que, "por solicitação do Parque Natural Sintra-Cascais, fosse interditada a utilização da escadaria de acesso à praia da Aguda, por motivo de grave situação de degradação em que esta se encontra, não oferecendo condições mínimas de segurança para a sua utilização"!

Quer dizer: - ninguém (leia-se nenhuma das entidades com "voto na matéria") pensou em arranjar o acesso, pois entendeu-se que interditando-o, estava garantida, de uma forma muito mais fácil, a sua função de protecção dos utentes.

Quem entender esta posição das autoridades, que a comente, mas o que me parece certo é que, por inoperância, na época balnear de 2008, a população não vai poder usufruir desta "pérola" do nosso património costeiro que é a Praia da Aguda.

Curiosamente, está em marcha um Projecto da Câmara Municipal de Sintra que se chama " Praia Acessível a Todos" 2008. Na Praia das Maçãs! Como é ?!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A Corrida


Como tenho treinado poucochinho não tenho estado tão atento às Provas.

Por acaso, ontem, ao fim do dia, até corri 36 minutinhos. Por isso, não se pode dizer que vou em branco para as Festas da Cidade e a seguir, para as Fogueiras, pois estas duas corridas já há muito que estão na minha agenda de Junho.

Mas hoje, fui surpreendido por uma outra "corrida: “às bombas de combustível” cá do sítio. Vim a saber que, num movimento sem precedentes, pelo País inteiro, se disputaram “corridas” idênticas, esgotando os stocks. Isto, porque a paralisação dos camionistas começou a fazer moça.

Porém, não alinhei nesta “corrida”que, para ser franco, me afectou pouco (!) e sabem porquê? Porque como estava sem dinheiro para gasóleo, que me importa se a bomba tem ou não reservas?

Haja saúde.



terça-feira, 10 de junho de 2008

10 de Junho




Para ti, Luis Vaz


O dia em que partiste, amargurado,
Consagrou-to a pátria que foi tua!
E ao seres da lei da morte libertado
Pões a Nação em festa, pela rua.
O teu espólio é o mais rico legado
Com que o resto do mundo se habitua
A ver tão estranha gente com o respeito
Com que a cantou teu sábio e experto peito.

.
Mas hoje, bom Luis, se aqui estivesses
Neste aflitivo tempo, que é moderno
Talvez outros poemas tu fizesses
A tão confuso mundo e seu governo.
Mesmo q'rendo teu fado que sofresses
Em vida o vil degredo, no inferno,
A brava gente que tão bem cantaste
São hoje, os bimbos, por cruel contraste.

.

"Os Bimbíadas"

.
Os bimbos deste canto, desmandados
Por quem lhes merecera a confiança,
Já c’os bolsos vazios, endividados,
(A grande maioria sem fiança)
Sem emprego, conforto e esfomeados,
Tudo tão diferente da esperança,
Já só querem que os astros, seus amigos
Não venham infligir-lhes mais castigos.

Procuram pôr de lado a coisa triste
Saboreando, enfim, a côdea dura
Dando valor ao pouco a que se assiste
Que tão distante está do que se augura.
Como é que tanta gente assim resiste
Passando a felicidade a amargura
Sabendo que a riqueza produzida
Está cada vez mais mal distribuída?


.
...E por aí fora, por aí fora...


quinta-feira, 5 de junho de 2008

www.cidadaodecorrida.blogspot.com


Comecei este blogue tendo como único objectivo “experimentar” ! Aproveitá-lo-ia para reunir uma série de textos que tenho dispersados pelos foruns em que a Corrida é o tema central do confronto das ideias com outros “internautas” que fui conhecendo. Contudo, entendi que este espaço poderia servir para intervenções na área da cidadania, opinando livremente – mas sempre com respeito – sobre o que vai mal ou bem na sociedade em que vivemos e na terra onde vivo. Deste propósito nasceu o nome “Cidadão de Corrida”, sem saber ao certo se esta”toponímia” é mais apelativa para o comum dos “cidadãos” se para aqueles que gostam da “corrida”. Alguém virá, certamente, ao engano, principalmente se contava encontrar nestas linhas sábias dissertações. Aqui caberão (caberão?... – sem ofensa!) os mais variados temas esperando, com eles, fazer uma saborosa sopa de pedra e não uma intragável mixórdia.

Estava eu ainda a pensar nestas coisas, sem saber caracterizar este blogue e sem saber, também, como colocar aqui os tais textos dispersos, quando vejo, na Revista Atletismo deste mês, na rubrica “Ao Correr da Net”, do Zé Duarte, uma elogiosa referência ao Cidadão de Corrida, que me deixou todo "inchado" mas com uma responsabilidade acrescida, que é procurar não decepcionar aqueles e aquelas que destinam algum do seu tempo a ler as coisas que escrevo e a quem me sinto verdadeiramente agradecido.

Depois, lá vem

Navegando por esta imensidão
Em reles nau, pois outra não possuo,
Tentando sempre erguer ao leme a mão,
Lá vou cortando a escuma… e não recuo.
Eis que o “gajeiro” de outra embarcação
De longe, avista aquela em que flutuo
E me diz : -“ mantém-te firme, não te afogues!”
Quem era? O Zé Duarte, o“caça-blogues”!


Um grande abraço ao Zé Duarte e à Revista Atletismo por esta distinção.