Todas as manhãs, ( e mais cedo se a janta da véspera teve menos “substância” ou foi servida antes do tempo) tenho um “freguês” certo no parapeito da janela do meu quarto, pronto para dar os Bons Dias. Um não, três : Tarik - o “mano velho”, o Ursinho e o Mancini.
O Tarik já gastou pelo menos uma das suas “sete” vidas, ao escapar de um atropelamento que o deixou bastante combalido. É meigo, gosta de companhia, mas é autoritário. Sempre que encontra uma porta encostada, entra em casa e fica ali sentado, sossegadinho, em cima de um tapete; O Ursinho, que é também muito dado a festinhas, é mais doidivanas. Chama, chama, a pontos de ser chato, só para que alguém chegue ao pé dele. Depois deita-se e rebola até que uma mão amiga lhe afague o pelo. O Mancini é também divertido e ousado… e pedinchão.
Mas há mais: os outros (Rocky, Tigrinho, Minimini, Pantera, Ramsés e Ramelita, Gata-Mãe e o Piano)que são mais tímidos (ou mais respeitadores, vá-se lá saber) e se contentam com o quintal, na esperança de apanharem um pássaro mais distraído.
Se alguém disser que estou “entregue à bicharada” não falha por muito.