A princípio pensei que fosse apenas, meia dúzia de árvores que estivessem doentes ou em risco de cair com o vento. Até aí, tudo bem. Mas comecei a ver que, estava a ser exagerado o abate. Aquelas árvores seculares que, pelo aspecto da secção do corte, eram sadias, não tinham de ser cruelmente abatidas. Essa acção, que obedeceu a duvidosos critérios, nada tinha a ver com a suposta eliminação de espécies infestantes, ou com uma poda selectiva para libertar as bermas.
Continuei a minha corrida até a Cabo da Roca, mas fiquei com a ideia que aquela “ferida” na Serra não estava a ser tratada da forma mais competente. A madeira, vim a saber, ia ser vendida ao quilo!!! Logo, havia que rentabilizar a deslocação da maquinaria. Digo eu!
De uma coisa tenho a certeza: Não será nas próximas gerações que tais árvores, ainda que repostas, se apresentarão com aquele porte majestático e inspirador dos grandes talentos que, em boa hora passaram por Sintra e a descreveram de forma sublime.