Não era uma ribeira, era um caminho |
A ponte, na Praia da Samarra |
Este foi o mote para que tivéssemos posto mãos à obra, com a
organização do 1º Trilho das Lampas, em 4 de Maio de 2013, dando a conhecer uma
parte do Parque Natural Sintra-Cascais, ao longo da Ribeira da Samarra.
Escolhido e ensaiado o percurso, pareceu-nos que estavam reunidos
todos os elementos que lhe estavam na génese e, para satisfazer a curiosidade de muitos,
agendámos um reconhecimento aberto a quem quisesse aderir. O dia aprazado era o
de hoje, Domingo de Páscoa, pela “fresquinha”.
Apesar da chuva diluviana na noite da véspera, dos 32 que disseram que vinham, apareceram 36
( e ainda faltaram alguns, eheh), indiferentes aos efeitos que a meteorologia
provocava no caminho, pois as fotos e filmes até aqui revelados, despertava o
gosto de querer ver ,ao vivo, toda aquela realidade do Trilho.
8 da manhã! A chuva vem com força. Estava na hora da partida
e todos estariam mais ou menos conscientes do que os esperava: os caminhos davam
lugar a ribeiras, a terra firme passava a lama, a chuva escondia a paisagem, as águas cristalinas vinham barrentas e em vez
de nos darem pelos tornozelos (ou vá que fosse
pelos joelhos) dava-nos pela cintura e a corrente era forte...
“…Que mortes, que perigos, que tormentas / que crueldades
nele experimentas! “ Assim nos diria o Velho do Restelo, se nos visse partir
para enfrentar tais condições.
Mas fomos. Usámos o
engenho de transformar a ansiedade em diversão e os perigos em aventuras que,
uma vez passadas, elevaram o ego de cada um ao estatuto de “quase herói”. De “Extreme”
.
Cada um terá o seu ponto de vista do que se passou, um relato diferente para fazer. Algumas imagens captadas poderão dizer muito,
os relatos também. Mas só quem
participou e viveu estas emoções, tem na devida
conta o que foi esta manhã pascal. No dia 4 de Maio, esperamos que as condições
sejam mais suaves, mas se não forem (e muitos assim o desejam!) apenas
precisamos de ”limar umas arestas” e o
evento será ainda mais apetecível.
Da nossa parte, queremos agradecer, do fundo do coração, a todos os que nos visitaram (e também aos que,
por qualquer razão, não puderam vir) e nos acompanharam na grande aventura, em
que se transformou este reconhecimento do Trilho das Lampas. Bem hajam.