Com o Ricardinho, habituado a "pára-quedas", deu jeito. |
Entrou Dezembro, o mês doze de um ano que, para mim, foi parco
em corridas. Houve muitas, é certo, mas não para mim, que reduzi a minha
participação a umas quantas clássicas que têm feito parte do meu calendário
habitual.
A Meia Maratona dos Descobrimentos é uma dessas provas, a
que só faltei em 2015.
Apesar do temporal que convidava mais a ficar em casa do que
a expor-me ao incómodo de enfrentar os elementos, lá fui, com o Ricardinho, até
ao Restelo. Equipados com guarda-chuva, ainda deu para irmos tomar um cafezinho
e um chá (que o café “inerva” o Ricardinho) ao mesmo tempo que esperávamos pelo
dorsal que, gente amiga havia levantado de véspera.
As coisas pareciam estar cronometradas para que fosse mínimo
o tempo de espera na partida, debaixo da chuva tão intensa e desagradável. Só
fomos para lá, mesmo em cima da hora.
Parti mesmo de trás, pois nem tinha reparado que o meu
dorsal só me dava acesso ao lugar reservado aos pouco dotados. E era isso mesmo
que eu queria. Ainda encontro por ali alguns amigos, João Lima, Isa, Vitor,
Catita e, ao sinal, arrancámos no sentido de Algés, onde havia um primeiro
retorno, por volta dos 2,5Km.
Partir de trás é bom. Tudo parece que é mais fácil, sem
pressas. Mas mesmo assim, quando dei por
isso, até estava a andar muito abaixo dos 5m/Km. Calma aí! Calma que a coisa
tem de dar até aos 21, sem que precise de me arrastar. Mas sentia-me bem a levar com a chuva na cara
(e no corpo todo) e pisando as inúmeras poças de água que se iam formando, a
direito, sem estar cá com desvios, pois nada havia a poupar, que os ténis já
estavam ensopados.
Cais do Sodré, Praça do Comércio, retorno em Santa Apolónia
e vejo que vou ganhando algum terreno a atletas meus conhecidos. Pára de chover
enquanto dava a volta ao Rossio, por volta dos 13,5Km. O andamento continuava
em alta, abaixo dos 5m/km, o que me começava a causar alguma admiração, tendo
em conta a experiência recente da Meia da Nazaré ( a última prova que fiz ).
Vai um gel. Aos 15, passa-me o António Belo e aguentei-me perto de dele, sem
esforçar muito, sabendo que era uma boa oportunidade para seguir uma passada
experiente e de boa qualidade. Reparo, afinal, que estava a abrandar e resolvi
ir para a frente. Olha o Fernando Celestino (!),
impensável chegar-me a ele, a menos que ele viesse com algum problema.
Passei-o. Ele veio comigo por cerca de 200 metros. Ficou para trás. Mau! E eu a
andar a 4,45. Aos 20, aparece-me, de novo, o Fernando, que já tinha recuperado
do mau bocado que atravessou. Mas não reagi, pois ele apenas foi para o lugar
dele. Praça do Império, Museu da
Marinha. Lá estava a meta : O cronómetro indicava 1,46,10, mas o meu tempo de
chip foi de 1,43,49 ! Menos 12 minutos que na Nazaré !
Tendo em conta que, no final, não apresentei grandes sinais de
grande cansaço, fiquei muito satisfeito com o meu desempenho. E nada de ter pena
de poder ter feito melhor e não o fazer. Mas um sessentão fica vaidoso por ter
chegado à meta em boas condições e com uma marca que me permite figurar na 1ª metade da tabela (1036º ;15º do Escalão). Chegaram ao fim 2612 corredores. Todos os resultados aqui.
1 comentário:
Muitos parabéns pela marca e pela condição no final! :)
Um abraço
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