Na ExpoMaratona com o Director Jorge Teixeira, Cristina Caldeira e Nuno Marques |
Na partida com o Nuno Marques e Cláudio Gaspar |
Na partida com alguns totalistas |
Adicionar legenda |
À Meia Maratona (Foto João Meixedo) |
Aos 24km (Foto Helder Marques)
Aos 37 Km |
No Cais da Ribeira (20Km) |
Chegada (Foto Mafalda Lima) |
et...voilà |
Estava a ver que não!!! Mas
impõem-se sempre umas palavrinhas acerca da Maratona do Porto, a Maratona do
meu encantamento.
16ª Edição, 16ª participação cá
do rapaz. A 1ª, em 2005, lembro-me como se fosse ontem, fi-la na perspectiva de
“observador “ para que visse com os meus próprios olhos, as eventuais falhas
que alguns cépticos alvitravam, pondo em causa a capacidade de uma Organização
que se lançou ao desafio de realizar uma maratona na cidade invicta, ou
testemunhar, com um enorme prazer, que essa capacidade existia e que o evento
viria a coroar-se de sucesso. Sem conhecer a Organização de lado nenhum, acreditei e fui verificando, ano após ano, que a
Maratona do Porto se transformou não só na melhor de Portugal, como ombreia com
o que de melhor se faz lá por fora (dito por quem conhece as maratonas do Mundo,
que eu, infelizmente, conheço poucas).
O segredo? O segredo está no “quadrado”:
Gosto - Trabalho – Competência - Empenho.
É essencial gostar-se da Maratona
para se poder oferecer a quem nela participa, todo o tipo de serviços que lhe
estão ligados e os “mimos” necessários para que todos se sintam num ambiente
familiar, antes, durante e após a prova;
É essencial a força do trabalho
de uma equipa que foi adquirindo experiência e enfrenta com a maior das
naturalidades as adversidades que as condições atmosféricas não raras vezes
apresentam, apelando ao melhor de cada um, para se conseguir montar,
atempadamente, todo o cenário e estruturas que o evento necessita; e, depois,
desmontar e arrumar tudo;
É essencial a competência para
saber o que faz falta e como resolver as imprevisibilidades e para saber
estabelecer as prioridades dos vários factores e se algum tiver de falhar, que
seja um dos acessórios e não um essencial;
competência para saber apresentar às diversas entidades, a marca “Maratona
do Porto” como um produto em que vale a
pena investir; competência para reunir à sua volta o staff necessário a que tudo corra como desejado;
É essencial o empenho da
Organização, que se desdobra em contactos visando a obtenção dos avultados meios que sustentam o evento, o que
só é possível pela credibilidade conquistada ao longo de anos de bem fazer; o
empenho na promoção da Maratona do Porto, ao longo do ano, nas grandes
Maratonas da Europa, conseguindo intercâmbios de grande valia, de que é reflexo
o crescente número de estrangeiros presentes.
Este “quadrado do sucesso”,
obviamente, poderá ser um “polígono com mais lados”, como é o caso do respeito
pelos atletas, pelo modo amigo como são tratados, tanto os da frente como os de
trás do pelotão; humildade, para corrigir o que possa ter corrido mal na última edição.
Dito isto, a que acrescento já as
maiores felicitações à Runporto.com por mais este enorme sucesso, deixem-me que
vos diga como foi a minha prova.
A “desculpa da Maratona de Lisboa”
não é para aqui chamada, pois penso que se ela me afectou foi positivamente,
pois estando ainda fresca em termos mentais, deveria ter em conta a forma como
ela se foi desenrolando, evitando os mesmos erros. Mas já lá vamos.
Na véspera, as notícias falavam
de uma tempestade, a Amélia, que viria a complicar as coisas aos atletas. Mas
complicou foi à organização, que teve de lidar contra o temporal para montar
todas as estruturas. À hora da partida, o tempo estava calmo e sereno.
Como vem sendo da praxe, os
totalistas, uma vintena, reuniram-se lá na frente, para a fotografia com o
director da Prova, Jorge Teixeira, e pouco depois, começa a ecoar aquela música
bonita e encorajadora, que nos faz sentir capazes de grandes feitos. Na parte
de trás do pórtico da partida, lia-se uma frase motivadora, como: “ FAZ DAS
DIFICULDADES OBSTÁCULOS QUE VAIS ULTRAPASSAR”.
Aponto-a ao meu amigo Nuno Marques, para que esta mensagem também lhe
valesse de alguma coisa.
Soa o tiro da partida e saímos
disparados, sabendo que tínhamos de encostar rapidamente, para não estarmos a
servir de rolha, nem sermos esmagados. Perguntarão vocês:”-então porque é que
não partiram da box das 4h? “- Boa pergunta, mas nós somos corredores
conscientes e não estorvámos ninguém e foi sabendo disso, que a Organização nos
deu esse privilégio. Em Lisboa também partimos na box das 5,30. Assim, ficou
equilibrado, eheh.
1º km em 4,48 ! Vá, toca a encostar à esquerda e reduzir
o andamento. Procurei um passo
confortável e volto a olhar para o relógio: 5/km. Abranda mais, penso cá para
comigo. Dali a bocado, volto a ver: 5,10. “Ehpá, então? Sentes-te folgado e
passas aos 10 Km com 50m? lembra-te que na Corrida do Sporting, anteontem,
fizeste 53 e eram só 10 Km!” E fui
andando assim, sempre a sentir-me bem, passando à Meia Maratona com 1,47,45 ! “O
que é isto?”
Afurada e volta. À chegada à
Ponte D. Luis,lá pelos 29 km, é que
comecei a achar qualquer coisa : “mau,mau!”. Abrando, com abastecimento dos 30
Km em mira para fazer uma breve paragem . Parei sim, senhor, fiz umas flexões
dos joelhos, hidrato-me e retomo a corrida. Mas a corrida não queria nada comigo. Passei o
túnel da Ribeira num ritmo aceitável, mas aos 34 km passa o marca passo das
3,45 e eu sem conseguir reagir. Depois foi ir aguentando até ao Queimódromo, onde estaria a festa da
chegada. 3,54,20 (1542º e 48º no Escalão) e o enorme prazer de ter defendido com sucesso, a minha vaidosa
condição de TOTALISTA. Resultados completos aqui.
Sentei-me um bocadinho e, poucos
minutos depois chega o Nuno Marques. Medalhas ao peito, fomos descomprimir, sentadinhos, a saborear uma bruta SuperBock (O Nuno bebeu leitinho com proteínas, da Mimosa). Cumprimentámos o Director Jorge Teixeira e brindámos a mais este grande sucesso.
Muitas estórias se poderiam
contar neste apontamento, mas o mais importante de tudo é deixar expresso um
enorme bem haja a esta equipa-maravilha da Runporto, por ter atingido tão
elevado nível organizativo num trabalho destinado aos corredores quer sejam atletas
de elite, quer sejam simples amantes da corrida, como eu.
3 comentários:
Até pode parecer parvo o que vou dizer,pois essa maratona foi a minha única desestência das minhas corridinhas,mas mesmo não tendo cortado a meta por opção pois não deixei de fazer 37km acabei irritado comigo claro,mesmo assim adorei ter estado lá pois foram dois dias onde senti tudo isso um respeito por todos mas mesmo todos,uma simpatia enorme um apoio único por isso mesmo sendo maçarico em maratonas digo em Portugal é única,espero voltar a fazer mais uma e vai ser a do Porto.
Oh Armando, aos 37 Km desistir ????Eh pá, isso nem que seja a passo, é para ser concluído. O que é que são 5Km em 42 ? Faltou ali um pequeno estímulo. Para a próxima há que conquistar o gostinho bom da Meta. Abraço e boa recuperação.
Muitos parabéns por mais uma fantástica prova! Podes dizer que não foi bem gerida mas 3.54 é excelente! :)
Concordo em absoluto, 100%, com tudo o que dizes da RunPorto. Enorme exemplo!
Grande abraço
ps - Para o ano será a Maratona 70?
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