Para concluir os meus
apontamentos sobre o VII UTNLO, falta-me falar no que teria feito de diferente,
caso
pertencesse à Organização. Mas que fique claro, desde já, que reconheço
muito mais saber e competência aos experimentados elementos da Organização, do
que o saber e competência com que eu me possa sentir capaz.
Sendo a data da Prova, a da Feira
Medieval, seria importante ajustar o horário para que um público não
interferisse com o outro. Mas faz todo o sentido que o interior da Vila esteja
incluído no percurso. Arrisco até, a dizer que os atletas poderiam entrar e
sair da Vila em plena prova ( com meia dúzia de km já feitos) e com menos
pessoas a circular.
Para a Partida, talvez o largo da
Igreja de Santa Maria (onde foi da 1ª vez) ou mesmo cá fora, junto ao Senhor da
Pedra. Poderia haver algumas implicações com estrada e policiamento, mas nada
de muito complicado. A chegada, lá em cima, no Jogo da Bola, parece-me bem.
Distância da Prova – Fiquei com
curiosidade pelo facto de não se ter declarado, com exactidão, a distância da
Prova. Estava regulamentado 55 Km, mas já se sabia que andaria pelos 58 ou 59
Km.
O sistema de marcação com
reflectores é o ideal, mas numa prova tão longa, os últimos 10Km deverão ser
assinalados com fitas como reforço, pois a luz do dia, retira a possibilidade
de se vislumbrarem as marcas nocturnas.
Segurança – Bem sei que será
difícil mobilizar alguém que se disponha a passar umas boas horas, na
madrugada, junto às arribas, mas os perigos que ali espreitam, justificam
alguns cuidados preventivos e que mostrem ao atleta que alguém está atento.
Tempo limite (intermédio e final)
– Acho que não se justifica. Justifica-se, sim, quando numa prova, se vai
entrar numa zona mais perigosa, com a visibilidade a diminuir. Ora, não é o
caso, pois a zona perigosa já tinha sido passada e, a partir do abastecimento
da Praia (onde se fez barramento) havia
20Km sem qualquer perigo, num percurso plano e para os mais atrasados, o dia
iria começar a clarear. Ora, se, por um lado, os atletas mais atrasados levam a
que se adie a “desmontagem” da prova, por outro, fazer estes 4 km em mais de
uma hora, agravará, ainda mais a situação. Ou seja, o atleta é responsável
porque é lento e a organização é responsável porque tornou mais moroso o
percurso e a duração da prova.
Assim, de repente, parece-me que
estes seriam os pontos que merecem
alguma reflexão. Mas de uma coisa tenho a certeza: a Organização, certamente,
será a primeira a desejar que todos os atletas saiam satisfeitos da Prova e
também não tenho dúvidas de que fez os possíveis por isso. Pode errar. Mas quem
se propõe a realizar uma prova destas merece os nossos aplausos e
agradecimentos. E àqueles que se sentiram injustiçados, peço que não julguem o
todo pela parte e que não deixem de vir a Óbidos por causa disso. O que esta Organização
nos proporcionou é muito, muito difícil de fazer e teve sempre a humildade de
nos pedir as críticas que ajudem a melhorar o seu trabalho. E sei que está
atenta.
Parabéns, Serrazina, Nunes,
Miranda e todos os voluntários envolvidos. É verdade que também andei chateado,
perdido lá pelos descampados e pelos penhascos e disse “cobras e lagartos” do
percurso escolhido. Mas já estou com saudades. Venha o VIII UTNLO.
Sem comentários:
Enviar um comentário